segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O clima urbano do município de Belo Horizonte

No reinício das atividades do BIOCLIMA, inauguramos nossas atividades do ano de 2011 com a realização da entrevista como Professor Wellington Lopes Assis. Leia um pequeno trecho de sua entrevista, que pode ser lida na íntega na página conversando sobre climatologia nesse mesmo blog.

Boa leitura e não esqueça de comentar.

No estudo desenvolvido em seu doutorado, você abordou o clima urbano de Belo Horizonte e procuraram correlacionar as dinâmicas naturais e humanas, a fim de compreender o campo térmico do município. Nesse contexto, pode-se dizer que a dinâmica espaço-temporal da temperatura do ar e da umidade do ar é semelhante a outros grandes centros, que também realizaram esse tipo de estudo, como Rio de Janeiro (Brandão, 1996), Londrina (Mendonça, 1994), Florianópolis (Mendonça, 2006) e Tarifa e Armani (2001)?

De acordo com as respostas obtidas em meu doutorado, e em outras pesquisas realizadas em Belo Horizonte, diria que a configuração do campo térmico e hígrico da capital mineira é semelhante em determinados aspectos e diferente em outros às localidades citadas. Semelhante pelo fato das áreas mais verticalizadas e impermeabilizadas, como em qualquer grande centro urbano, possuírem elevada capacidade de retenção de energia térmica durante o dia e lenta capacidade de dissipá-la no período noturno. Este processo faz com que sejam observados núcleos de aquecimentos, ou ilhas de calor, no período noturno nas partes mais adensadas e edificadas da cidade, tanto no hipercentro como na periferia. Também é semelhante à importância que os parques e praças públicas têm no arrefecimento da atmosfera local, seja em função da evapotranspiração e evaporação dos espelhos d’água ou pelo simples sombreamento proporcionado pelas copas das árvores. As menores temperaturas e os maiores valores de umidade relativa do ar são observados nestes locais. Entretanto, existem determinadas especificidades no campo térmico e hígrico em Belo Horizonte que nem sempre são observadas nas localidades acima. Por exemplo, os maiores gradientes horizontais de temperatura e umidade relativa do ar entre as áreas urbanizadas e arborizadas são observadas nos bairros periféricos e não no hipercentro da cidade, como geralmente é descrito na literatura. Ao georeferenciar os dados da temperatura média foi possível observar, pelo comportamento das isotermas, núcleos mais quentes na periferia do hipercentro, notadamente na porção noroeste do polígono, e um núcleo mais “frio” na parte central (Figura 1) – correspondendo a uma área entre o Parque Municipal e a Praça Floriano Peixoto, abarcando a Praça da Liberdade e o bairro Funcionários. Os pontos localizados nas imediações da Av. do Contorno e na “periferia” do hipercentro apresentaram os maiores valores de aquecimento entre 06h e 15h e elevadas taxas de resfriamento das 16h às 06h.

Leia o restante da entrevista na postagem - Conversando sobre climatologia.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os número de vítimas no Estado do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou um novo balanço das mortes provocadas pelas chuvas na região serrana. O número subiu para 872, sendo 421 em Nova Friburgo, 354 em Teresópolis, 71 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, quatro em São José do Vale do Rio Preto e uma em Bom Jardim. O balanço anterior apontava a morte de 869 pessoas nas mesmas cidades. O número de mortos não para de subir desde o dia 11 de janeiro, quando uma grande chuva causou uma enorme destruição nas cidades da serra fluminense. Por outro lado, o número de desaparecidos caiu bruscamente. Até agora, ainda não foram localizadas 294 pessoas, sendo 156 em Teresópolis, 70 em Nova Friburgo, 38 em Petrópolis e três em Sumidouro. Em outros 27 casos, não há informações sobre a cidade de origem.

O governo dos Estados Unidos anunciou a liberação de mais US$ 135 mil para ajudar as vítimas das enchentes e dos deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro. No total, os norte-americanos enviaram US$ 235 mil para a assistência às vítimas nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou que os recursos vão ajudar os governos federal, estadual e municipal a enfrentar as dificuldades. Na região serrana, mais de 800 pessoas morreram e cerca de 21 mil estão desalojadas em consequência das chuvas.
Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/mundo/conteudo.asp?ID=423028

Chuva no continente africano

Johanesburgo, 3 fev (EFE).- Cento vinte e três pessoas morreram e outras milhares ficaram desabrigadas em consequência das fortes e persistentes chuvas que caíram no sul da África nas últimas semanas, indicou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) em relatório publicado nesta quinta-feira. Segundo o texto, na África do Sul morreram mais de 91 pessoas atingidas por raios ou em tempestades e inundações, enquanto mais de 13 mil casas ficaram deterioradas, assim como inúmeras estradas, pontes, escolas e centros hospitalares.O OCHA estima que a reparação dos danos custará US$ 240 milhões e espera-se que na próxima semana continuem ocorrendo tempestades no noroeste do país.Em Moçambique, segundo o relatório, as inundações na província de Gaza, no sul do país, afetaram mais de 30 mil pessoas e cerca de 18.500 hectares de campos de cultivo nas regiões de Maputo, Gaza e Inhambane.Além disso, o OCHA informa que as chuvas estão gerando um aumento nos casos de cólera por todo o país, que desde 26 de janeiro teve duas mortes registradas e quase 550 contaminações.Lesoto, um pequeno país completamente rodeado pelo território da África do Sul, também sofreu com as intensas chuvas, que causaram a morte de cerca de 30 pessoas e de 4 mil cabeças de gado, enquanto 30 casas desabaram e 50% das estradas ficaram completamente destruídas.O OCHA estima que, por não poder ter acesso aos centros educativos e de saúde, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) não pode dar assistência a quase 14 mil estudantes em mais de 100 escolas, nem a mais de 1.100 pacientes de quatro clínicas.Na ilha de Madagascar, mais de 2.200 pessoas foram obrigadas a se deslocar por conta das inundações, especialmente em Mahajanga, no noroeste do país, onde 770 casas foram destruídas.Malauí também sofreu os efeitos das tempestades, onde quase 4.300 casas em 22 distritos e 669 hectares de plantações sofreram danos como consequência dos fortes ventos que acompanham as chuvas.Em Angola, prossegue o relatório do OCHA, mais de 400 famílias tiveram que deixar suas casas após as fortes chuvas em Luakano, na fronteira com a República Democrática do Congo, e em Ganda, no oeste do país.Em Botsuana as inundações afetaram 63 famílias, enquanto no Zimbábue, o rio Gweru já transbordou e vários outros, como o Save e o Musengezi, estão perto de fazê-lo.O OCHA prevê para a próxima semana que as fortes chuvas continuem no norte de Moçambique e em parte de Angola, e que de 8 a 15 de fevereiro, atinjam o litoral de Madagascar, Malauí, o sul da Tanzânia, leste da Zâmbia e sudoeste da Angola.