segunda-feira, 22 de abril de 2013

Concurso de Professor para UFRR na área de Geografia Física e Cartografia

Bom dia galera,  
Favor divulgar os concursos para o Departamento de Geografia da UFRR.


Concurso para Professor Auxiliar/DE - Departamento de Geografia - Universidade Federal de Roraima (UFRR). 

São duas vagas:
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01 vaga - Área de Atuação: Biogeografia, Climatologia, Pedologia e Recursos Hídricos;
01 vaga - Área de Atuação: Cartografia, Sensoriamento Remoto, Geotecnologias e Geoprocessamento.
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Veja o edital no link a seguir:



domingo, 14 de abril de 2013

Geografia e Planejamento Ambiental: Em debate a mineração de ouro.

As imagens a seguir foram obtidas na propriedade da empresa Anglo Gold, no município de Santa Bárbara, durante, a visita técnica realizada pela turma de Geografia e Planejamento Ambiental - GEO 460, no dia 16 de março de 2013. Ao longo dos pontos visitados pode-se constatar o modo de exploração das jazidas de ouro e termo a dimensão das jazidas e das medidas utilizadas para separar o minério do rejeito ou estéril. Uma peculiaridade das jazidas de ouro, é que as mesmas não se esgotam, como as de minério de ferro. A sua utilização decorre do preço do mercado do ouro. Podemos verificar um exemplo disso, onde se pode constatar a reativação por conta do aumento do preço de mercado.



A empresa Anglo gold segundo o site da empresa, adota medidas ambientais que pode ser verificada pelas certificações internacionais alcançadas por nossas empresas no Brasil. Todas as operações possuem a certificação na ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental, e na OHSAS 18001 - Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho. Tanto o laboratório da Planta do Queiroz quanto o da Serra Grande possuem a certificação ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade. O Laboratório da Planta do Queiroz possui a ISO 17025 - Requisitos Gerais para a Competência dos Laboratórios de Ensaio e Calibração, que atestam a competência do laboratório na qualidade técnica das análises realizadas.
As operações brasileiras também seguem os preceitos do Código Internacional de Cianeto (Cyanide Code), do qual a empresa é signatária e que estabelece padrões para transporte e aplicação industrial do cianeto.

A AngloGold Ashanti em Minas Gerais também conquistou, em 2009, a certificação na norma NBR 16001, que estabelece padrões de Responsabilidade Social. Este foi um reconhecimento de que a empresa amplia, a cada ano, o seu compromisso com as boas práticas empresariais, buscando fortalecer a sustentabilidade na sua forma de fazer negócios.

Porém, segundo o site do Grupo Ambiental de Santa Bárbara, o Ministério Público Estadual (MPE) classificou como “manobra para burlar a legislação” o expediente utilizado pela AngloGold Ashanti Mineração para conseguir as licenças ambientais do projeto Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, a 120 Km de Belo Horizonte. A exploração de ouro no local foi viabilizada por meio de um processo simplificado de licenciamento chamado Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF), que é concedido para empreendimentos considerados como de impacto não significativo. Ao operar mediante AAF, a empresa está liberada do pagamento da compensação ambiental, de 0,5% do valor do empreendimento, e dispensada de realizar estudos prévios de impacto ambiental e de promover audiências públicas.

Esta modalidade de licença limita a extração em até 300 mil toneladas de minério ao ano, volume que não pode ser ultrapassado porque elevaria os impactos ambientais e exigiria o processo clássico de requisição de licenças . No caso da AngloGold, a empresa opera, segundo o MPE, com quatro AAF’s para a mesma área, o que possibilita a extração de 1,2 milhão de toneladas de minério anualmente. Para o MPE, a empresa fracionou o empreendimento no momento de solicitar as licenças como forma de “mascarar” o real impacto ambiental das operações.

O cálculo dos 0,5% do valor do empreendimento também incide sobre investimentos em expansão das operações. A AngloGold investiu no projeto R$ 70 milhões para aquisição de uma das minas e US$ 330 milhões para executar o projeto de ampliação da produção. A empresa não informou o valor investido desde o início das operações. O promotor Domingos Ventura de Miranda Júnior, da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Bárbara, que investiga o caso, vai solicitar uma perícia técnica no empreendimento. Os dados da perícia serão utilizados pela promotoria para negociar junto à empresa um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde será estipulado que a empresa pague a compensação ambiental relativa a todos os investimentos realizados.

Em nota, a Anglo afirmou que “o Ministério Público vem verificando todas as AAFs concedidas às mineradoras do Estado de Minas Gerais, como forma preventiva de regularizar aquelas que não tenham observado a legislação vigente. Neste contexto, esclarecemos que a AngloGold Ashanti sempre pautou seus trabalhos em observância às normas vigentes possuindo, portanto, AAFs e licenças de operação conforme permissões legais. Estamos abertos - como sempre estivemos – a contatos com o Ministério Público para sanar qualquer dúvida por ventura existente, assim como já enviamos ao órgão ambiental os esclarecimentos que nos foram solicitados.

Esse debate colocado foi iniciado em 2010 pelo Jornal Hoje em Dia. Depois de 3 anos o debate continua.


Países onde a Anglo gold atua.




sábado, 13 de abril de 2013

Gerenciamento de Desastres Naturais


Além de desmentir a lenda de que o Brasil é um país livre de tragédias naturais, estudos do Banco Mundial lançados na última semana, durante o evento Entendendo o Risco Brasil, mostram quão devastadores foram os últimos desastres no País para as economias locais. De acordo com uma recente avaliação, a primeira do tipo feita depois dessas catástrofes, as perdas foram de aproximadamente 15 bilhões de reais.

Os estudos se referem às enchentes em Santa Catarina em 2008, às chuvas em Alagoas e Pernambuco em 2010 e às inundações e deslizamentos de terra na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011. Elaborados pelo Banco Mundial em parceria com governos estaduais e a Secretaria Nacional de Defesa Civil mostram que o setor de habitação foi o mais afetado, com perdas de pelo menos 7 bilhões de reais. O impacto mais forte foi sentido pela população de baixa renda, que vivia em encostas, margens de rios e outras áreas vulneráveis. Quando os desastres ocorreram, os governos locais liberaram verbas para ajudar as vítimas e financiaram a reconstrução de casas, o que pesa nos cofres públicos.


“Em Santa Catarina, por exemplo, perdas e danos públicos devido às enchentes foram equivalentes a quase metade das despesas de pessoal no estado em 2008″, comenta a economista Fernanda Senra de Moura, uma das autoras. Os trabalhos também avaliaram as consequências para a infraestrutura, a educação, a saúde, a agricultura e o comércio. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a reconstrução de estradas consumiu 620 milhões de reais. Tais danos à infraestrutura de transportes interromperam uma série de atividades econômicas, causando prejuízos difíceis de medir. “O gerenciamento do risco de desastres é um tema que só recentemente ganhou visibilidade no Brasil. Criar medidas preventivas exige planejamento urbano e financeiro, além de um compromisso de longo prazo”, avalia Frederico Pedroso, consultor do Banco Mundial para esse tema.

O primeiro passo rumo à implementação de políticas sólidas nesse setor foi tomado em agosto, quando o Governo brasileiro lançou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais (2012-2014). Dos 18,8 bilhões de reais a serem investidos, 83% vão financiar obras capazes de prevenir e/ou diminuir os efeitos das catástrofes.

Em Santa Catarina, 2008: enchentes matam 110 pessoas e causam danos ao gasoduto Brasil-Bolívia. Alagoas e Pernambuco, 2010: a pior estação chuvosa em 20 anos afeta cerca de 1 milhão de pessoas em dois dos estados mais pobres do Brasil. Rio de Janeiro, 2011: aproximadamente mil pessoas morrem devido a inundações e deslizamentos de terra em sete cidades da Região Serrana.

Além de desmentir a lenda de que o Brasil é um país livre de tragédias naturais, os quatro acontecimentos mostram quão devastadores esses desastres podem ser para as economias locais. De acordo com uma recente avaliação, a primeira do tipo feita depois dessas catástrofes, as perdas foram de aproximadamente R$ 15 bilhões. Elaborados pelo Banco Mundial em parceria com governos estaduais e a Secretaria Nacional de Defesa Civil, os estudos – lançados na última semana, durante o evento Understanding Risk Brazil – mostram que o setor de habitação foi o mais afetado, com perdas de pelo menos R$ 7 bilhões.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Recife de coral 'ressuscita' na Austrália após mais de 10 anos

Recife Scott pode ter se recuperado com ajuda de peixes, diz estudo. Cobertura de corais passou de 9% para 44% em 12 anos.
Corais na barreira de recifes Scott, na Austráli (Foto: Divulgação/Charlie Veron/Instituto Australiano de Ciência Marinha)
Corais na barreira Scott, na Austrália (Foto: Divulgação/Charlie Veron/Instituto Australiano de Ciência Marinha)

        Cientistas constataram que um sistema de corais próximo ao litoral da Austrália "ressuscitou" na última década, após haver perdido de 70% a 90% de sua biodiversidade segundo medições realizadas em 1998.
       O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade James Cook e do Instituto Australiano de Ciência Marinha da Universidade Western Austrália, e foi divulgado nesta quinta-feira (4).
        O sistema de recifes Scott, situado no litoral da região oeste do país, foi atingido pelo branqueamento, uma "doença" de corais que ocorreu devido a mudanças climáticas, segundo o estudo. No entanto, nos últimos 12 anos, a cobertura dos corais na barreira passou de 9%, em 1998, para 44% em 2010, de acordo com os cientistas.
      A pesquisa, publicada nesta semana pela revista "Science", tem resultados surpreendentes porque os pesquisadores acreditavam que a recuperação do branqueamento dependia de larvas vindas de outros corais próximos. Mas o recife Scott está situado a cerca de 250 km de outros corais, em uma posição isolada.
    Os pesquisadores sugerem que peixes herbívoros, que continuaram abundantes no sistema Scott, carregaram em seus corpos algas microscópicas necessárias para o ressurgimento dos corais. "Estas condições podem ter providenciado um ambiente adequado, no qual corais jovens se estabeleceram e cresceram", dizem os cientistas em nota divulgada pela "Science".
       O estudo ressalta que a recuperação foi favorecida pela ausência de humanos na barreira de corais, que fica numa posição isolada. É possível que sistemas de recife se recuperem com recursos da natureza, especialmente quando os peixes são abundantes e as atividades humanas estão limitadas, apontam os cientistas.

Reprodução do G1, São Paulo, 05 de Abril de 2013.