sábado, 9 de fevereiro de 2013

Atlas Brasileiro de Desastres Naturais


O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais é um produto de pesquisa resultado do acordo de cooperação entre a Secretaria Nacional de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina. O levantamento dos registros históricos, derivando na elaboração dos mapas temáticos e na produção do Atlas, é relevante na medida em que viabiliza construir um panorama geral das ocorrências e recorrências de desastres no país e suas especificidades por Estados e Regiões. Possibilita, assim, subsidiar o planejamento adequado em gestão de risco e redução de desastres, a partir da análise ampliada abrangendo o território nacional, dos padrões de frequência observados, dos períodos de maior ocorrência,das relações destes eventos com outros fenômenos globais e da análise sobre os processos relacionados aos desastres no país.


No último trimestre do ano passado, cerca de 30 desastres naturais afetaram 7,3 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe. Os dados são do Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha. 
Na comparação com 2011, o total de desastres naturais na região foi 90% maior. Entre outubro, novembro e dezembro, a temporada de furacões teve 19 tormentas, sete a mais que a média histórica.

O Ocha lembra que o furacão mais devastador foi o Sandy, que deixou 70 mortos e afetou mais de 3 milhões de pessoas nas Bahamas, Cuba, Haiti, Jamaica e República Dominicana. O Sandy atingiu os países caribenhos antes de chegar à costa leste dos Estados Unidos, onde as perdas econômicas superam os US$30 bilhões, ou quase R$ 60 bilhões, destaca o Ocha. O escritório das Nações Unidas lembra que o fenômeno El Niño provocou desastres nos últimos três meses do ano em países da América do Sul. A Bolívia foi a nação mais atingida, onde as secas, inundações e tempestades de granizo afetaram mais de 115 mil pessoas.

Previsões

A expectativa para o começo de 2013 é que o El Niño se comporte de forma neutra. As secas também ocorreram na Guatemala e Honduras; já as inundações afetaram vários países, como Colômbia, Paraguai e Peru. O Ocha destaca também que a América Latina presenciou frio extremo, tormentas e epidemias, gerando alertas de dengue no Peru e Paraguai e de cólera no Haiti e na República Dominicana. Para 2013, o escritório estima que haja crescimento econômico na região, impulsionado pela recuperação da Argentina e do Brasil. Mas o Ocha lembra que apesar disso, problemas sociais, como desigualdade, pobreza, violência e falta de planejamento urbano, são fatores altamente relacionados às crises humanitárias na América Latina.



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