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Já na capital paulista, que também sofreu com alagamentos depois de chuva forte na segunda-feira. A maior cidade do Brasil, São Paulo, mais uma vez, demonstrou o seu enorme passivo ambiental, ao cair das chuvas do final da primavera e início de verão. A cidade ainda não está preparada para enfrentar as chuvas de verão. De acordo com o presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp), Daniel Amor, as obras previstas pela prefeitura, como a construção de piscinões para armazenar o excesso de água da chuva, estão aquém da necessidade. A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras informou que 27 obras de drenagem estão em andamento e 22 devem ser concluídas ainda este ano. A previsão é que os investimentos em manutenção e expansão do sistema de drenagem totalizem R$ 421 milhões em 2010. Apesar da prefeitura informar que os investimentos em drenagem cresceram cinco vezes de 2004 para 2009, o urbanista do Instituto Polis, Kazuo Nakano, vê uma demora na implementação desses equipamentos. “Desacelerou o processo de implantação do sistema de macrodrenagem metropolitano”, disse em entrevista à Agência Brasil. Nakano disse também que a redução da impermeabilização e desassoreamento dos cursos de água passam pela resolução do problema de moradia na capital. “Tem que equacionar a demanda por moradia, principalmente dessas famílias que estão morando perto de rios, de córregos e represas, que contribuem muito para o assoreamento dos canais”. Segundo a prefeitura, desde 2005, foram transferidas 6 mil famílias de áreas de risco com a urbanização de favelas.
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