Diversas famílias convivem, diariamente, com risco de desabamentos. Nas margens do Igarapé da Cachoeira Grande, no bairro São Jorge, Zona Oeste, parte da casa de uma família desabou. O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), do Governo do Estado, ainda não mapeou toda a área e moradores temem novos acidentes.
O morador do local Luiz Monteiro é natural do estado do Pará. Ele veio para o Amazonas há 18 anos. Sem emprego, ele afirma não ter para onde ir. Na última enchente, parte da casa onde ele mora com a família tombou. "O assoalho está escorado na casa de um vizinho", disse.
Na época de cheia, o igarapé transborda e invade as casas, segundo os moradores. No bairro Presidente Vargas, Zona Sul de Manaus, a previsão é de que o Prosamim chegue na área de risco ainda em fevereiro deste ano.
Casas no bairro correm o risco de desabar a qualquer momento. Em uma delas, o esteio está partido ao meio. Ela fica na mesma área onde uma casa desabou na semana passada. No acidente, três pessoas ficaram feridas após caírem de uma altura de aproximadamente sete metros.
A residência do estivador Francisco Almdeira também corre risco. Segundo ele, a Defesa Civil esteve no local, mas não ajudou na parte do reforço das moradias. "Não temos para onde ir por isso, precisamos ficar", disse.
Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) informou que a área do igarapé Cachoeira Grande será beneficiada com um programa nos mesmos moldes do programa de urbanização do igarapé dos franceses. A Seinfra informou ainda que trabalha no cadastro das moradias na área de abrangência da obra, para que depois sejam definidas as casas que serão removidas.
O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) esclareceu que na bacia do São Raimundo mais de 3.100 famílias serão remanejadas. Na terceira etapa, o programa passará pelos bairros de São Raimundo, Presidente Vargas, Aparecida, Glória e Centro.
A previsão para o início das obras na bacia do São Raimundo é maio de 2012. Até lá, qualquer problema causado por desastre natural deverá ser tratado com a Defesa Civil, segundo informou a secretaria.
Ainda de acordo o Prosamim, o programa só retira casas das áreas cadastradas no momento em que as obras são iniciadas. O programa esclareceu ainda que os moradores não estão impedidos de fazer reformas nas casas que garantam a segurança das residências no período de chuvas.
*imagem: Casas na Cachoeira Grande correm risco de desabar (Foto: Reprodução TV Amazonas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário