As conversas em Durban são a última chance para definir uma nova rodada de metas antes do término da primeira fase do protocolo, em 2012. O tema da conferência deste ano é "Trabalhando juntos. Salvando o amanhã hoje". Apesar de ser considerado crucial para o sucesso da luta contra as mudanças climáticas, o protocolo não foi ratificado por diversos países, entre os quais Estados Unidos, Índia e China. Com isso, apenas 30% das emissões de gases-estufa são efetivamente contidas, o que, segundo estudos, vem diminuindo as defesas naturais do planeta contra as radiações solares.
As principais consequências já sentidas pela população mundial são a elevação dos níveis dos mares, tempestades intensas e secas, além dos impactos causados às safras agrícolas. Mesmo ante esse quadro, os países vêm debatendo há anos e chegam a Durban representando poucas esperanças de qualquer grande avanço, apesar das advertências cada vez mais alarmantes. Os diplomatas deverão manter as negociações, algumas com expectativas de serem bastante duras, até 9 de dezembro.
As nações pobres dizem que os países ricos enriqueceram usando carvão, petróleo e gás e eles agora querem permissão de se desenvolver e sair da pobreza, o que equivale a autorizar o uso indiscriminado das mesmas fontes energéticas. As nações desenvolvidas, por sua vez, argumentam que grandes economias em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, além da própria África do Sul, precisam se submeter às metas de emissões, sob pena de o mundo se tornar um local inabitável nas próximas décadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário