
O Inmet apresentou uma avaliação das precipitações ocorridas desde o início do período chuvoso (outubro de 2011) e as previsões para o trimestre de novembro a janeiro de 2012. Os destaques da previsão climática, por consenso, foram de continuidade de atuação do fenômeno “La Niña”, com persistência de condições de estiagem para a região Sul do Brasil, maior probabilidade de chuvas acima do normal para o norte da região Norte e alta variabilidade espacial e temporal das chuvas sobre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Não está descartada a possibilidade de ocorrência de grandes volumes de chuvas na região Sudeste.
O ONS apresentou a alocação de volumes de espera definida no Plano Anual de Prevenção de Cheias – Ciclo 2011/2012, no âmbito do Sistema Interligado Nacional. Os volumes de espera estabelecidos em diversos reservatórios de aproveitamentos hidroelétricos abrangem as bacias dos rios Parnaíba, São Francisco, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Paraná e afluentes e Jacuí. Os níveis de armazenamento no início deste ciclo estão, em geral, notadamente superiores aos observados no ciclo passado nesta

A ANA contextualizou o quadro hidrológico do País, com base nas normais climatológicas mensais, apontando os períodos críticos de cheias para cada região. A instituição apresentou as suas competências legais na promoção das atividades desenvolvidas no âmbito da rede hidrometeorológica nacional e na questão da prevenção de inundações e na definição e fiscalização das condições de operação de reservatórios. Na sequência, a Agência Nacional de Águas apresentou o andamento do projeto Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, que vem construindo em conjunto com os estados – um esforço inédito de mapeamento de áreas sujeitas a inundações nos rios identificados na escala ao milionésimo, sua frequência e impactos sobre a população. Este trabalho irá subsidiar a construção de políticas públicas de previsão e prevenção de eventos hidrológicos críticos, além das atividades dos órgãos de defesa civil.
Por fim, a ANA destacou a operação e o planejamento da rede telemétrica sob sua responsabilidade, que permite monitoramento em tempo real da situação dos principais rios e bacias brasileiros, disponibilizando o acesso a esta informação pela internet (www.ana.gov.br/telemetria).
O Cemaden apresentou a estrutura e as atribuições do órgão. Explicou que o Centro deverá trabalhar com integração e análise de dados de diferentes fontes, bem como no desenvolvimento de modelos de previsão de desastres naturais, para a emissão de alertas ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), vinculado à Sedec. A Sedec destacou o processo de reestruturação por que passa o tema ”defesa civil” e a modernização do Cenad.
Ao final, as instituições presentes reforçaram a importância das previsões meteorológicas na prevenção dos eventos críticos, em especial de inundações, aliadas à melhoria da sua confiabilidade. Todos reafirmaram a importância e a necessidade de maior articulação entre os órgãos federais e destes com as os governos estaduais e municipais e de se definir responsabilidades e competências de cada um. Uma próxima reunião, a ser realizada no final de janeiro de 2012, avaliará os períodos chuvosos para todo o Brasil, inserindo a previsão de chuvas na região Nordeste e reavaliando as previsões feitas para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Fonte - http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/11/18/nota-a-imprensa-sobre-situacao-dos-reservatorios-e-tendencias-do-periodo-de-chuvas
Nenhum comentário:
Postar um comentário