PETRÓPOLIS E RIO - Pelo menos 16 pessoas morreram devido às fortes chuvas que castigam Petrópolis, na Região Serrana, desde o início da noite deste domingo, segundo a Defesa Civil estadual. De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil do município, há 560 desabrigados e desalojados, sendo 140 familias. No total, são 235 adultos e 325 crianças. Ainda há três ou quatro pessoas desaparecidas. Em Petrópolis, choveu mais de 440mm em 24 horas. O volume esperado em um mês para a cidade é de 270mm. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também está alerta máximo. Só em Xerém, choveu 127mm nas últimas 24 horas. Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff, que está em Roma, e a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, ligaram para o governador Sérgio Cabral para oferecer todo o apoio necessário a Petrópolis e demais áreas atingidas pelas chuvas. Cabral, que expôs a situação do estado para a presidente, foi para Petrópolis.
Não podemos esquecer que em janeiro fez 2 anos da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. E percebe-se que pouco ou nada foi feito. No Vale do Cuiabá, em Petrópolis, haras e sítios já recuperados contrastam com a destruição de casas mais simples, que começam a sumir no meio do mato que cresce. Enquanto só a natureza faz a sua parte, especialistas alertam: basta chover metade do volume de água que caiu em 2011 para que uma nova catástrofe aconteça no distrito de Petrópolis.
Na madrugada daquele dia 12 de janeiro, em pouco mais de nove horas, choveu o equivalente a todo o mês de janeiro. Foi a maior tragédia climática do país: oficialmente, 918 pessoas morreram, 215 desapareceram e milhares ficaram desabrigadas.
O governo estadual rebate as críticas e argumenta que, diante da magnitude da tragédia, teve que, juntamente com a União, prestar assistência imediata às vítimas e implantar ações de restabelecimento dos serviços públicos. O secretário estadual de Obras, Hudson Braga, afirmou que, em parceria com o governo federal, vem trabalhando na recuperação da região. De acordo com o estado, os investimentos — tanto os executados como os em andamento — das duas esferas de governo em obras de contenção de encostas, reconstrução de pontes, dragagem de rios, recuperação de rodovias, pagamento de aluguel social e construção de moradias já somam mais de R$ 2,3 bilhões.
Em contenção de encostas nos municípios mais atingidos (Teresópolis e Nova Friburgo), por exemplo, o governo do estado garante que investiu R$ 147 milhões em 45 intervenções em pontos de alto risco. Outros R$ 81,6 milhões da União serão investidos em obras em encostas. O governo federal destinou R$ 80 milhões para recuperar 62 pontes — desse total, 20 obras estão em andamento e dez serão concluídas este mês. A verba para recuperar os rios é de R$ 1 bilhão, e foram aplicados até o momento R$ 103 milhões de recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
A demora e os problemas de licitação, juntamente com a corrupção, pois não podemos de deixar de citar que o prefeito de Teresópolis foi cassado por cobrar propina nas obras de recuperação do município. tudo isso ajuda no retardo do processo de reconstrução das cidades atingidas.
Porém, mais uma vez, vem a tona o discurso do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que disse hoje (19/3/2013) que a burocracia para liberação de verbas e a dificuldade das prefeituras em encontrar terrenos seguros para construir unidades habitacionais são os maiores desafios para acabar com as casas em áreas de risco no pais. Será? Por que isso não ocorre com as obras da Copa do mundo e das Olimpíadas?
A declaração foi dada por Bezerra após reunião com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, na sede administrativa do município da região serrana. Na ocasião foi formalizado o repasse de R$ 3 milhões anunciado ontem (18) pelo governo estadual.
Mas, digo se não existir projetos bem feritos com planilhas de custos e plantas bem dimensionadas, o processo de liberação vai demorar. E é isso que temos que entender. Não basta o governo dizer que existe o dinheiro, pois o TCU fiscaliza o processo de liberação e não deixa liberar nada que não possa ser comprovado depois. E o TCU está certo, pois é dinheiro público, contudo, nossas prefeituras e governos estaduais é que devem melhor se estruturar, principalmente o Estado do Rio que tem o dinheiro do petróleo.
Após a reunião, o prefeito de Petrópolis informou que apresentará ao ministério, em 15 dias, um levantamento dos custos de obras de reconstrução da cidade, afetada por quedas de barreiras e deslizamentos de terra. Os recursos estaduais, que estarão disponíveis amanhã (20), serão investidos em ações emergenciais, que não podem ser entendidos como obras, mas o recuso que irá viabilizar equipes de resgate, aquisição de comida e colções e roupas para os desabrigados, dentre outras coisas, que não contemplem as obras.
Após a reunião, o prefeito de Petrópolis informou que apresentará ao ministério, em 15 dias, um levantamento dos custos de obras de reconstrução da cidade, afetada por quedas de barreiras e deslizamentos de terra. Os recursos estaduais, que estarão disponíveis amanhã (20), serão investidos em ações emergenciais, que não podem ser entendidos como obras, mas o recuso que irá viabilizar equipes de resgate, aquisição de comida e colções e roupas para os desabrigados, dentre outras coisas, que não contemplem as obras.
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