O clima seco e a baixa umidade relativa do ar fizeram com que incêndios no campo fossem registrados nas seis cidades mais populosas da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Num deles, animais silvestres tiveram de fugir das chamas para não morrerem carbonizados. Há cinco dias, Ribeirão Preto tem umidade relativa do ar abaixo dos 20%, o que caracteriza estado de alerta, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Ontem, o índice chegou a 18% às 15h, situação que afeta a rotina das escolas, dos agentes do Controle de Vetores e dos carteiros. A prevenção à dengue está suspensa das 10h às 16h e os Correios só entregaram correspondências depois das 15h. O clima seco de ontem gerou queimadas principalmente em São Carlos e Sertãozinho, com nove, no total. Em Sertãozinho, três áreas de canavial da Santa Elisa queimaram e animais silvestres fugiram das chamas. Parte da Fazenda Experimental em Sertãozinho e uma área de mata nativa foram queimadas. A LDC, que comanda a usina, disse apenas que os brigadistas atuaram para conter o fogo e que segue a legislação vigente. A Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) deverá investigar as causas do fogo, já que a queima de canaviais está proibida em 278 cidades do Estado devido ao tempo seco, incluindo a maior parte da região de Ribeirão. Em São Carlos, quatro grandes incêndios consumiram terrenos, chácaras e uma lavoura de cana. Já em Ribeirão, Franca, Araraquara e Barretos houve fogo em menores proporções em terrenos e mata. A intensidade do fogo é agravada pela seca, que deixa a vegetação vulnerável. "A população ainda não relaciona uma simples fogueira ao início de um grande incêndio", disse o sargento Michel Georges Amancio, do Corpo de Bombeiros de São Carlos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário