As mudanças climáticas poderão provocar o desaparecimento de três quartos das geleiras alpinas até 2100 e, mais grave ainda, o degelo de parte da Antártida no ano 3000, o que provocará uma elevação de 4 metros no nível do mar, segundo estudos publicados no domingo (9). As duas pesquisas, divulgadas na revista científica "Nature Geoscience", levam em conta dois dos aspectos menos conhecidos das mudanças climáticas: seu efeito nas geleiras e seu impacto no longo prazo.O primeiro estudo mostra que as geleiras de montanha perderão entre 15% e 27% de seu volume em 2100. Isto "pode ter efeitos substanciais para a hidrologia regional e a disponibilidade de água", advertiu o estudo.ertas regiões serão mais afetadas que outras em função da altura de suas geleiras, da composição de seu terreno e da sua localização, mais ou menos sensível ao aquecimento climático. Além disso, a Nova Zelândia poderia perder, em média, 72% (entre 65% e 79%, dependendo da margem de erro) de suas geleiras, e os Alpes, 75% (entre 60% e 90%). No entanto, as geleiras da Groenlândia só diminuirão 8% e os das altas montanhas asiáticas, 10%. Este degelo deve provocar um aumento médio de 12 centímetros no nível do mar até o fim do século, acrescentou o estudo.Estes números, que não levam em conta a dilatação dos oceanos quando se aquecem, correspondem amplamente às estimativas que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU publicou em seu último relatório, de 2007.
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