Um ano apóa a catástrofe ocorrida em Angra dos Reis, o município passa um algumas intervenções públicas, junto a questões estratégicas. Primeiramente, antes da virada do ano, um trecho da BR-101, que liga o Rio a Angra foi duplicada, reduzindo o tempo de viagem de 3 horas. Mas apesar disso, os recurso demandados para a reconstrução de alguns pontos da cidade demoraram quase 11 meses para serem liberados. Dos 110 millhões de reais previstos, apenas 53 foram empregados em obras de contenção de encostas e conjuntos habitacionais. Mas com uma pegadinha, o Governo do Estado e O Governo Federal anunciam um repasse de 30 e 80 milhões, respectivamente, cerca de 12 meses após. Isso é uma brincadeira. E nos obrigada a fazer a pergunta mais óbvia. Porque apenas agora a atitude é anunciada, pouco antes da posse dos respectivos governos, que são de c0ntinuidade.
Nessa brincadeira de mau gosto, as obras prometidas para antes das chuvas de verão de 2011, apenas estarão prontas em abril de 2011. Parece que mais uma vez, que teremos fazer preces as velas bentas e torcer para que os ventos dissipem as nuvens carregadas de umidade provenientes dos sistemas extra-tropicais. Enquanto isso, a atividade turística vive com a desconfiança da população que está disponível para descansar e consumir imagens e paisagens incríveis, mas Angra dos Reis parece que está fora do roteiro de muitos. Para recuperar o espaço perdido, muito trabalho deve ser realizado entre os poderes municipal, estadual e federal.
Dentre as área atingidas 4 ocorreram na Ilha Grande e um no continente (Morro da Carioca), 53 pessoas tiveram suas vidas ceifadas decorrentes dos deslizamentos, enquanto o Estado registou 100 vítimas fatais. De acordo com o INMET na passagem do dia 31/12/2009 até o fim do dia 1/1/2010, já se registrava 275mm de chuva em 24 horas.
Por fim, esperamos que bons ventos possam retornar a região sul fluminense, mas que antes de tudo, o poder público possa assumir sua função e deixar de agir pensado na consolidação de currais eleitorais, alojados nas encontas da serra do mar, que não são fiscalizadas e ocupadas de maneira inapropriada. Espero também, que a pobreza e a miséria não seja mais apresentada como a cusa dos desastres, pois os ricos também os ricos ocupas as encostas. A pergunta tem que ser outra. Como se pode resolver essa questão? A urbanização das comunidades é uma opção? ou a realocação da população residentes nas vertentes? A resposta não é simples. Aindfa temos que avançar e muito na discussão, até por que as medidas tomadas recentemente, no mês de dezembro na cidade do Rio de Janeiro abre a possibilidade de qualificarmos a dicussão sobre as políticas territoriais de ocupação.
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