terça-feira, 31 de agosto de 2010

Umidade e Nevoeiro

Nesse post vamos falar um pouco sobre a relação entre a umidade do ar e a formação de nevoeiros, tema bastante discutido na climatologia urbana, na análise da interferência humana na dinâmica atmosférica.

A atmosfera recebe umidade da superfície terrestre através da evapotranspiração das plantas e da evaporação da água presente no solo e das superfícies aquáticas (rios, lagos, mares, etc.). Essa umidade fica suspensa no ar, agrupadas em partículas higroscópicas, o que chamamos de vapor d’água, mais concentrada nas camadas mais baixas da atmosfera. Quanto mais alto for a altura nas camadas atmosféricas, mais seco será o ambiente. E além da tro

posfera o vapor d’água está completamente ausente. Esse vapor também é considerado um dos mais importantes gases do efeito estufa. Há várias maneiras de se mensurar essa umidade na atmosfera, mas esse é um assunto que veremos em um próximo post aqui no Blog.

Quando ocorre a condensação dessa umidade, ou seja, quando a água da forma gasosa, passa para o estado líquido, ocorrem alguns fenômenos aos quais estamos habituados a presenciar no nosso dia-a-dia. Essa condensação ocorre quando:

· O ar se resfria;

· O volume do ar aumenta sem que haja aumento de calor;

· Ocorrem variações na temperatura e no volume, reduzindo a capacidade do ar de reter a umidade.

Mas o fator mais freqüente de condensação que se observa é o resfriamento do ar que transforma o vapor d’água em água líquida.

São resultados dessa mudança de estado da água: formação de nuvens, precipitação (chuva), orvalho, névoa ou nevoeiro e geada.

Nesse texto vamos tratar mais especificamente da formação de nevoeiros. Nevoeiro é um termo que utilizamos para denominar um obstáculo visual (formado pela alta concentração de partículas de fumaça e/ou gotículas de água em suspensão no ar) nas camadas superficiais da atmosfera. Para ser mais preciso, utilizamos esse termo quando a visibilidade for menor que um quilômetro (1 km). Existe um tipo de nevoeiro típico de áreas urbanizadas, principalmente nas áreas industriais, que chamamos de smog (smoke - fumaça e fog - nevoeiro), que seria a combinação de partículas de poeira e gotículas d’água (podendo ser visualizado na foto abaixo, na cidade de Curitiba). São fruto da ação do homem na natureza. Já os nevoeiros naturais, chamamos de fog, e são compostos basicamente de micro gotas de água que saturam o ar.

Os nevoeiros possuem diversos tipos de formação:

· Nevoeiro de radiação: se forma sobre a terra em noites limpas e calmas (sem nuvens nem ventos), mas que apresentem o ar úmido;

· Nevoeiro advectivo: quando o ar quente e úmido se movimenta sobre uma superfície (terrestre ou aquática) mais fria;

· Nevoeiro de montanha: se forma em vertentes de montanha pela subida do ar úmido que encontra um ar mais frio (resfriamento adiabático por expansão);

· Nevoeiro de evaporação: formado pela evaporação de água quente em ar frio.

O nevoeiro quando ocorre de forma natural (fog, que pode ser visualizado na foto abaixo, do Pico da Bandeira-MG) pode ser benéfico para a saúde, por trazer umidade para o ar, alem de aliviar o calor em dias quentes.

Esse texto foi baseado no livro de J. O. Ayoade, professor da Universidade de Ibadan, na Nigéria, intitulado “Introdução a climatologia para os trópicos”.


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Tainah Ribeiro Reis Godoy – trgodoy@yahoo.com.br


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Molion e o outro lado do aquecimento global

Nos estúdios da Jovem Pan online, o jornalista André Guilherme e a jornalista e meterorologista Aline Ribeiro entrevistam Luiz Carlos Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas. É interessante observar um ponto de vista diferente do que se vê propagado nos meios de comunicação. Confira!