terça-feira, 27 de abril de 2010

Notícias da última reunião!

No dia 23 de abril, nessa última sexta-feira o grupo de estudos Bioclima se encontrou com alguns desfalques dos participantes, mas chegamos a conclusões sobre a pesquisa demandada da última reunião e decidimos estudar mais a fundo o conceito de conforto térmico com experimentos e medições entre os integrantes do grupo.

Primeiro discutimos sobre as mensurações sensíveis que fizemos através de uma metodologia sugerida por Antonio Giacomini Ribeiro em seu artigo entitulado "As observações sensíveis do tempo atmosférico como estratégia para o ensino da Climatologia". O que foi perceptível durante as discussões é como o local de origem do observador influencia em sua sensibilidade ao clima, o que notamos também no nosso dia a dia, e como essa diferenciação pode influenciar na tentativa de estabelecer um intervalo de valores de temperatura e umidade para o conforto térmico. Outros fatores também podem influir nessa percepção de conforto térmico, como local da medição (dentro de casa, na rua, reta da UFV, biblioteca, etc.), alguma atividade feita pelo observador antes da medição (como uma longa caminha sob sombra, um passeio de bicicleta sob o sol, etc), situação sinótica, presença de ventos, umidade relativa do ar.

A partir dessas considerações decidimos estabelecer um intervalo de valores para o que seria o conforto térmico, mesmo esse sendo influenciado por tantos fatores. Discutimos que é possível estabelecer esses valores por meio de uma pesquisa também sensível, mas que envolva uma medição empírica. Por isso, os presentes se comprometeram a continuar a medição sensível proposta por Giacomini, além de incrementarmos essa pesquisa com os mini-termohigrometros que o departamento recentemente adquiriu. A mensuração seria assim: no momento em que nos sentirmos desconfortáveis com a temperatura, ou umidade, faríamos uma observação dos dados do termômetro( tratando esse desconforto como: necessidade de colocar uma blusa de frio, tirar a blusa, ligar o ventilador, fechar a janela). Mas para que possamos padronizar o local de medição para que as variações sejam ao menos equalizadas, as mensurações serão feitas apenas dentro de casa.

Também faremos outro tipo de pesquisa, essa envolvendo os calouros de 2010. Beatriz de 2010 se propôs a entrevistar os alunos, para que eles possam responder um questionário, e assim estabelecermos esse intervalos de valores do conforto térmico através da sensibilidade das pessoas.

Essas pesquisas podem gerar um trabalho mais completo, que analise os dias de conforto e de desconforto térmico para a cidade de Viçosa ao longo de um ano. Mas essa é uma proposta ainda em construção, visto as inúmeras varíaveis que influenciam no tema.

Quem quiser participar das discussões está super convidado, estamos abertos a novas pessoas e idéias!

A próxima reunião será dia 21 de maio, na Mapoteca, para continuarmos com nossas pesquisas e discussões.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

El Ninõ

A muito já se ouve falar dos fenômenos El Niño e La Niña, mas afinal, como estes fenômenos naturais podem afetar a nossa vida?
Em anos normais, sem a presença do El Niño ou La Niña, as águas do Oceano Pacífico Equatorial Oeste são mais quentes do que junto à costa oeste da América do Sul, onde as águas do Pacífico são um pouco mais frias. A circulação do ar que sobe no Pacífico Equatorial Central e que vai para o leste em altos níveis da atmosfera e desce no Pacífico Leste, em conjunto com os ventos alísios em baixos níveis da atmosfera, formam o que os meteorologistas chamam de Célula de Circulação de Walker. Este é o padrão de circulação em todo o Pacífico Equatorial em anos normais.

Como as águas do oceano no Pacífico Oeste são mais quentes, há mais evaporação e formam-se nuvens numa grande área. Em regiões em que o ar vem de altos níveis da troposfera para níveis mais baixos, raramente há formação de nuvens de chuva.

Se o ar sobe numa determinada região da atmosfera, deverá descer em outra. Se próximo à superfície (baixos níveis da atmosfera) os ventos são de oeste para leste, em altos níveis ocorre o contrário, os ventos são de leste para oeste. Assim, o ar sobe no Pacífico Equatorial Central e Oeste e desce no Pacífico Leste (junto à costa oeste da América do Sul).


Em anos de El Niño, os ventos alísios enfraquecem. Com isto, todo o oceano Pacífico Equatorial começa a aquecer gerando evaporação e formando nuvens, com movimento ascendente.
Há um deslocamento da região com maior formação de nuvens e a Célula de Walker fica bipartida. Pode-se observar águas quentes em praticamente toda a extensão do Oceano Pacífico Equatorial. E a termoclina fica mais profunda junto à costa oeste da América do Sul devido ao enfraquecimento dos ventos alísios.

Nos últimos anos, o CPTEC/INPE vêm monitorando as condições atmosféricas e oceânicas para alertar as comunidades meteorológica, climatológica e oceanográfica para a possibilidade da evolução de uma situação de El Niño ou La Niña através de seus boletins. As previsões climáticas são fundamentais para a tomada de decisão por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais e, também, pela iniciativa privada.


Fonte:Inpe-Cptec

sexta-feira, 23 de abril de 2010