quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

El País: O papel da monocultura da soja e do desmatamento nas inundações na América do Sul

O fenômeno do El niño trouxe mais chuvas que o habitual ao sul da América do Sul, mas por si só não explica as enchentes que deixaram mais de 160.000 desabrigados no Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai. A mudança climática torna mais extremo o fenômeno que causou o transbordamento nos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, entre outros, mas há mais razões por trás.

Diversos especialistas atribuem a gravidade das inundações ao desmatamento ocorrido nos últimos anos no Paraguai, sul do Brasil e norte da Argentina para o cultivo de soja transgênica. O ouro verde geneticamente modificado oferecia alta rentabilidade durante os anos de bonança das matérias-primas , entre 2002 e 2014, além de suportar as elevadas temperaturas da região, antes coberta de matas nativas. “O aumento das precipitações e a significativa perda de cobertura florestal na Argentina, Brasil e Paraguai, que figuram entre os 10 países com maior desmatamento no mundo, não permitiu a absorção natural da água”, alertou o Greenpeace em um documento.

O coordenador da campanha de florestas dessa organização ambientalista na Argentina, Hernán Giardini, explica: “Além de concentrar uma biodiversidade considerável, as matas e selvas desempenham um papel fundamental na regulação climática, na preservação das nascentes e cursos d’água e na conservação dos solos. São nossa esponja natural e nosso guarda-chuva protetor. Quando perdemos matas nos tornamos mais vulneráveis às chuvas intensas e corremos sérios riscos de inundações”. Só restam 7% da superfície original de matas da Mata Paranaense ou Missionária, atravessada pelos rios o Uruguai, Paraná e Iguazú, segundo o Greenpeace. “No Paraguai e no Brasil foi praticamente destruída, a maior parte remanescente se encontra na Argentina”, acrescenta a organização ambientalista.

Efeitos do El Niño

“O El Niño é um fenômeno cíclico, faz parte da natureza, mas seus efeitos podem ser agravados pelo desmatamento”, opina Benjamín Grassi, professor de meteorologia da Universidade Nacional de Assunção. “O desmatamento retira a proteção do solo. O tipo de precipitação que temos é torrencial, e muita água em pouco tempo afeta muito um solo nu, porque permite que a água escorra facilmente e danifique estradas, cultivos”, acrescenta Grassi.



Na Argentina, as inundações atingem a região limítrofe com o Paraguai, Brasil e Uruguai, mas também a província central de Córdoba, onde se reiteram as recriminações à soja. “A problemática não está necessariamente vinculada à precipitação pluvial, mas à ascensão dos lençóis freáticos”, afirma o ministro de Água e Ambiente de Córdoba, Fabián López. “Como consequência de diversas políticas agropecuárias, os cultivos de inverno deixaram de ser desenvolvidos, semeou-se menos milho, trigo e alfafa, e mais soja. Isso gerou um desequilíbrio hídrico, nos últimos anos o lençol freático subiu significativamente e está a poucos centímetros do solo”, descreveu o ministro López. Nesses países que produzem metade da soja de todo o mundo, a oleaginosa não trouxe só bonança.


Descrição da imagem de satélite: 30/12/2015 15h29min 

As imagens de satélite mostram nuvens de chuva desde o oeste do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Uruguai, associadas a áreas de baixa pressão e uma frente fria em formação. Esses sistemas e o forte calor favorecem a ocorrência de pancadas de chuva em Santa Catarina, especialmente no oeste e sul do Estado, com rajadas de vento mais intensas. Nas últimas horas, rajadas de vento de 50 km/h no Oeste e Meio-Oeste de SC, e temperatura entre 32 e 34 ºC no Litoral, chegando em 36 ºC em Joinville e Luiz Alves

domingo, 27 de dezembro de 2015

Chuvas no sudeste - 27/12/2015


A semana do Natal foi marcada pelo sol forte e pancadas de chuva pontuais sobre o Estado de São Paulo. Mas essa situação deve mudar bastante na última semana do ano de 2015. Até então o predomínio sobre o Estado era da chuva convectiva pontual, devido o calor e a umidade presente no ar. Não há a presença de grandes sistemas como frentes frias ou baixas pressões atmosféricas para organizar tais instabilidades.

Tudo isso devido ao posicionamento de um sistema de baixa pressão atmosférica na costa paulista que promete já trazer grandes volumes acumulados de chuva para o Vale do Ribeira já no início da semana.





No dia, 27/12/2015, o tempo na cidade do Rio de Janeiro, amanheceu com sol,
 pouca nuvens e sem vento, porém, por volta das 16 horas, foram registradas
chuvas com raios na cidade do Rio.
As nuvens pesadas voltaram a se formar sobre o Rio de Janeiro e agora
estão provocando chuva moderada a forte com raios na cidade do Rio e
região metropolitana. A chuva está vindo da região do Vale do Paraíba
 em direção à Baixada Santista, e está atingindo com mais intensidade
 as regiões de Nova Iguaçu e Belford Roxo.






quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

XVIII Encontro Nacional de Geógrafos – ENG 2016

XVIII Encontro Nacional de Geógrafos
24 a 30 de Julho de 2016 – São Luís/MA
A construção do Brasil: Geografia, ação política e democracia


PRIMEIRA CIRCULAR

LOCAL, DATA E TEMA DO XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
O XVIII ENG será realizado em São Luís – MA, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), de 24 a 30 de Julho de 2016, e terá como tema “A construção do Brasil: geografia, ação política e democracia”.

A construção do Brasil é um tema de extrema relevância para a compreensão da disputa pelo exercício do poder que se dá de forma profundamente desigual entre os mais diversos grupos sociais. Ao mesmo tempo esse processo condiciona as ações sociais presentes e a efetivação de projetos emancipatórios. Tal construção marca o país com profundas disparidades sociais e regionais e, até o presente momento histórico, não permite a realização de uma democracia plena, tampouco possibilita afirmar uma realidade concreta que garanta a reprodução social dos sujeitos. Em decorrência disso, a cidade e o campo são concebidos e projetados para interditar as coexistências. Em uma conjuntura na qual os poucos avanços sociais e territoriais conquistados historicamente são colocados em causa, a AGB objetiva problematizar os nexos entre a ciência geográfica, a ação política transformadora e o exercício democrático e conclama todas(os) as(os) geógrafas(os) a pensar o Brasil que queremos.
Eixos temáticos:
A produção social do Brasil e a construção de suas geografias. 
Ação política, lutas sociais e representação: por um outro projeto de sociedade.
Estado, capital e poder: geografia política do Brasil. 
Questão agrária: conflitos, tensões e projetos 
As transformações no mundo da Educação: educar para que Brasil? 
Disputas cartográficas nas dimensões do poder 
Para transformar o Brasil: raça e gênero nos debates geográficos 
A urbanização brasileira: que cidade queremos? 
Geografia, crise ambiental e desenvolvimento econômico. 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Pós-Doutorado em Geografia - PPGG-Geografia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
EDITAL 03/2015
PROCESSO SELETIVO PARA BOLSA DE PÓS-DOUTORADO 2015

O Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora faz saber a todos quantos virem o presente edital, ou dele tiverem conhecimento, que serão abertas as inscrições para o pleito de 01 (uma) bolsa de estudos em nível de pós-doutorado, do Programa Nacional de Pós-Doutorado – PNPD, instituído e regulado pela Portaria n. 086, de 03 de julho de 2013, da CAPES, para realização de estágio pós-doutoral neste Programa de Pós-Graduação.

1. BOLSA
1.1 - A bolsa para estágio pós-doutoral do Programa Nacional de Pós-Doutorado – PNPD/CAPES, tem duração de até 24 meses, dependendo da modalidade na qual o candidato se inscreverá. O valor mensal da bolsa é de R$ 4,1 mil reais, não havendo recursos adicionais para transporte, instalação, seguro-saúde etc.
1.2 - O candidato pode pleitear uma das seguintes modalidades de bolsa:
a) brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil portador de visto temporário, sem vínculo empregatício (bolsa com duração de 12 meses, renovável anualmente até o máximo de 24 meses);
b) estrangeiro residente no exterior, sem vínculo empregatício (bolsa com duração de 12 meses, renovável anualmente até o máximo de 24 meses);
c) docente ou pesquisador no país com vínculo empregatício em instituições de ensino superior ou instituições públicas de pesquisa (bolsa com duração mínima de 03 meses e máxima de 12 meses, sem possibilidade de renovação).

2. REQUISITOS DO CANDIDATO
Do candidato a bolsista exige-se:
2.1 – possuir o título de doutor, obtido em cursos avaliados pela CAPES e reconhecidos pelo CNE/MEC. Em caso de diploma obtido em instituição estrangeira, este deverá estar legalizado/autenticado pelo consulado brasileiro do país de origem, e será ainda analisado pelo Programa de Pós-Graduação;
2.2 - disponibilizar currículo atualizado na Plataforma Lattes do CNPq ou, se estrangeiro, currículo com histórico de trabalhos científicos;
2.3 - não ser aposentado ou estar em situação equiparada;
2.4 - O candidato estrangeiro residente no exterior deverá comprovar endereço residencial no exterior no momento da submissão da candidatura.
2.5 - Professores substitutos poderão ser aprovados na modalidade “a” de bolsa sem prejuízo de suas atividades de docência, após análise e autorização do Programa de Pós-Graduação.
2.6 - Os candidatos aprovados na modalidade “c” de bolsa deverão apresentar, na ocasião da matrícula no estágio pós-doutoral, comprovação de afastamento da instituição de origem, por período compatível com o prazo de vigência da bolsa, que não pode ser inferior a 3 (três) meses e nem superior a 12 (doze) meses.
2.7 - Os candidatos à modalidade “c” de bolsa não podem possuir vínculo empregatício com a UFJF.
2.8 - O candidato estrangeiro deverá ser proficiente em português ou espanhol.

3. INSCRIÇÕES
As inscrições serão realizadas no período de 09/11/2015 a 18/12/2015,
exclusivamente pelos correios. O envelope contendo a documentação completa deve ser remetido via SEDEX, até 18/12/2015 (carimbo de postagem) para: Universidade Federal de Juiz de Fora – Instituto de Ciências Humanas - Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Geografia (Prédio Novo) - Rua José Lourenço Kelmer, s/n – Campus Universitário - Bairro São Pedro - Juiz de Fora – MG – Brasil - CEP: 36036-900.

4. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA INSCRIÇÃO
4.1 - Formulário próprio, disponível no site do Programa (http://www.ufjf.br/ppgeografia/estagio-pos-doutoral/), devendo ser preenchido e assinado para entrega junto aos outros documentos. O candidato deve indicar no formulário um supervisor pertencente ao quadro de docentes do programa.
4.2 - Carta de apresentação em que o candidato justifique seu interesse no programa e a escolha do supervisor.
4.3 - Cópia impressa do currículo lattes documentado e que evidencie produção acadêmica relevante para a linha de pesquisa da candidatura – “Dinâmicas Sócio-Ambientais ou Dinâmicas Sócio-Espaciais” referente aos últimos 05 (cinco) anos – 2011-2015 (Para cadastrar-se na Plataforma Lattes do CNPQ, consultar o endereço: http://lattes.cnpq.br/index.htm)
4.4 - Cópia dos seguintes documentos:
• diploma de doutorado,
• histórico escolar do doutorado,
• RG e CPF para brasileiros,
• cópia do passaporte para estrangeiros.
4.5 - Plano de trabalho para um ano, que se integre à linha de pesquisa da candidatura. O plano deve ter no mínimo 25.000 e no máximo 35.000 caracteres com espaço.

5. O PROCESSO DE SELEÇÃO
5.1- Primeira etapa: Avaliação do Plano de Trabalho
5.1.1. O plano de trabalho deverá ser elaborado em consonância com os objetos de estudo, enfoques e/ou abordagens teóricas de uma das linhas de pesquisa do programa – “Dinâmicas Sócio-Ambientais e Dinâmicas Sócio-Espaciais”.
5.1.2. O plano de trabalho do candidato será avaliado conforme os seguintes critérios (PPGG-UFJF).
5.2- Segunda etapa: Avaliação de Currículo
5.2.1. O currículo Lattes atualizado do candidato será avaliado conforme documentação
apresentada, referente aos últimos 05 (cinco) anos – 2011/2015 (modelo Lattes
disponível no sítio www.cnpq.br), de acordo com planilha detalhada a seguir. No caso de
estrangeiro a pontuação do currículo será dada conforme histórico de trabalhos
científicos. Itens sem documentação comprobatória não serão pontuados.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Portal da Biodiversidade - PortalBio


Foi lançado em 26/11 o Portal da Biodiversidade - PortalBio 
Ele tem como objetivo disponibilizar à sociedade brasileira dados e informações sobre a biodiversidade brasileira gerados ou recebidos pelo Ministério do Meio Ambiente ou pelas instituições a ele vinculadas. Atualmente, estão disponíveis as bases de dados de alguns dos sistemas mantidos pelo ICMBio, como o SISBIO e aqueles mantidos pelos Centros de Pesquisa e Conservação, e pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

Os dados disponibilizados formam uma ampla visão sobre a distribuição da biodiversidade brasileira. É possível realizar pesquisa, visualização e download de registros disponíveis nos bancos de dados de biodiversidade atualmente disponíveis.

O vídeo produzido sobre o Portal, descrevendo algumas de suas funcionalidades, está disponível em https://youtu.be/cEHqgXcvTdE

Os procedimentos e comandos para utilização do PortalBio e de suas funcionalidades estão detalhadamente descritos no Manual do Usuário, disponível em https://portaldabiodiversidade.icmbio.gov.br/portal/portal/manualPdf

O email dados.biodiversidade@icmbio.gov.br é o canal de comunicação para o envio de dúvidas, sugestões, comentários, etc.

Em relação ao SISBIO, cabe destacar que somente estão disponíveis publicamente os registros de ocorrência que estão fora do período de carência definido por cada pesquisador, conforme regulamentado no capítulo VIII da IN 03/2014 (http://www.icmbio.gov.br/sisbio/images/stories/instrucoes_normativas/INSTRU%C3%87%C3%83O_NORMATIVA_ICMBio_N%C2%BA_3_DE_2014__com_retifica%C3%A7%C3%A3o_do_DOU18062015.pdf).

Esperamos que seja uma ferramenta útil para muitos!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ICUC9 - Clima urbano - Julho de 2015.



A 9ª Conferência Internacional sobre Clima joint Urbano (ICUC9) foi realizada em Toulouse, França, de 20-24 julho de 2015.

Esta reunião é um evento proeminente para a apresentação da pesquisa sobre o efeito do clima urbano em todas as escalas e definiu parâmetros de referência importantes para o desenvolvimento do campo. Os objetivos desta conferência são para fornecer um fórum internacional onde climatologistas urbanos do mundo pode discutir desenvolvimentos modernos na investigação, bem como a aplicação de conhecimentos climáticos para o design de cidades melhores.


No site do evento: http://www.meteo.fr/icuc9/presentations.html. Você pode acessar os trabalhos apresentados. Acesse. 




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Mancha azul no oceano Atlântico deixa cientistas em pânico

Que o oceano esconde diversos mistérios que o ser humano nem imagina, todos sabemos. Mas quando um desses mistérios preocupa cientistas, então é hora de focarmos bem nos mares que cobrem a Terra. E é isso que está acontecendo exatamente nesse momento. Uma enorme e estranha mancha azul no Atlântico Norte está preocupando cientistas em todo o mundo. Trata-se de uma grande porção de água muito fria.

A mancha em questão fica na região da Groenlândia e, apesar do frio da região, apresenta uma temperatura muito abaixo do normal. A culpa disso, dizem cientistas, pode ser do aquecimento global. Segundo os especialistas, o derretimento das calotas polares pode estar causando uma queda absurda na temperatura oceânica. O impacto climático, então, seria o principal responsável por essa mudança que pode simplesmente destruir milhares de formas de vida nos mares.

Embora ainda não estejam previstas alterações drásticas e imediatas, as consequências desse tipo de fenômeno podem simplesmente colocar em risco a vida humana. Isso porque, além dos animais marinhos, o resto da Terra estaria ameaçado com desastres naturais decorrentes desse tipo de fenômeno. Atualmente, a Groenlândia forma, junto da Antártida, 99% do gelo de água doce do planeta inteiro. Ou seja, qualquer alteração climática nesses lugares é decisiva para que todo o ecossistema terrestre esteja ameaçado de uma só vez.



Vejam também o site do NOAA.



domingo, 15 de novembro de 2015

Mineração: E agora José... Quem irá nos ajudar....

A Justiça em Mariana determinou o bloqueio de R$ 300 milhões na conta da Samarco Mineração, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
A quantia deverá ser usada exclusivamente para reparar os danos causados a famílias da cidade com o rompimento de duas barragens da empresa no último dia 5 de novembro, informou nesta sexta-feira (13) o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A decisão liminar [provisória] é assinada pelo juiz Frederico Esteves Duarte Gonçalves, da Comarca de Mariana, em uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, que argumenta que mais de 500 pessoas ficaram desabrigadas na tragédia e estão hospedadas em hotéis e casas de parentes. A ação, segundo o tribunal, relata ainda que cerca de 180 edifícios foram destruídos em Bento Rodrigues, o distrito mais afetado, além de automóveis, plantações e ruas.



Segundo o jornal o Estado de São Paulo, a empresa de mineração Samarco, responsável pelas barragens de rejeitos, causando destruição e vítimas, aumentou em 9,5 milhões de toneladas ao ano, em 2014, a capacidade de produção de minério de ferro em sua unidade industrial na região. O aumento na produção fez crescer também o volume de rejeitos depositados nas barragens rompidas. Cada tonelada de minério processado gera volume quase igual de rejeitos.

A ampliação decorre da construção de um terceiro concentrador de minérios na unidade de Germano, entre Mariana e Ouro Preto. No ano passado, a produção foi de 25 milhões de toneladas, 15% a mais que no ano anterior. O volume maior de rejeitos foi próximo de 3 milhões de toneladas, atingindo no ano um total de 21,9 milhões de toneladas de materiais arenosos e lamas, resultantes do beneficiamento do minério de ferro. Os dados constam do Relatório Anual de Sustentabilidade 2014, divulgado no site da empresa. O relatório não faz menção a aumento na capacidade desses reservatórios.

Os rejeitos estavam armazenados no sistema composto pelas barragens de Germano e de Fundão - este, o barramento que rompeu na quinta-feira. A água usada no processo estava armazenada na barragem de Santarém, que também desmoronou após o rompimento da Fundão. O minério de ferro extraído das minas e processado na unidade de Germano é transportado por minerodutos até a unidade Ubu, em Anchieta, Espírito Santo.

A empresa também aumentou a capacidade do mineroduto. As três linhas de dutos somam 400 km cada e passam por 25 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. O minério viaja a uma velocidade de 6 km por hora. A Samarco possui um terminal marítimo próprio para embarcar as pelotas do minério para o exterior - a empresa é a décima maior exportadora brasileira e teve faturamento bruto de R$ 7,6 bilhões em 2014.

No relatório, a Samarco informa ter investido, no ano passado, R$ 88,3 milhões na gestão de riscos ambientais, além de R$ 80 milhões, nos últimos anos, para aumentar a segurança nas atividades de maior risco, incluindo as barragens de rejeitos. A empresa informa dispor de um Plano de Ações Emergenciais (PAE) das barragens que foi imediatamente acionado após o rompimento da Fundão. Em 2014, aplicou um total de 1.356 horas de treinamentos com os funcionários envolvidos nessas atividades.

Agora pensamos. esse aumento da produção ao não ser acompanhado em investimento de novas represas ou outras alternativas, é no mínimo uma grande irresponsabilidade em um ano de queda dos preços do minério de ferro no mercado mundial. Acidentes acontecem, mas os indícios nos mostram que há uma irresponsabilidade  que vem sendo trabalhada na perspesctiva da imagem do desastre, colocando o acaso como o personagem responsável pelo acidente.

fique com alguns vídeos que mostram o tamanho do problemas, que você pouco acompanha na mídia televisiva.










quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mineração em suspensão

Até o ano de 2009, o trabalho de Alessandro gomes Resende e Hernani Mota de Lima, intitulado: análise das concessões de lavra quanto às suspensões temporárias de operação, relata os resultados da análise das concessões de lavra no Estado de Minas Gerais. O objetivo desse estudo foi analisar as concessões de lavra outorgadas no Estado, tendo como metodologia a classificação dos processos existentes no Cadastro Mineiro em: minas ativas, minas com suspensão de lavra protocolizada no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e minas com suspensão publicada no DOU (Diário Oficial da União). Atualmente, das 1.739 concessões de lavra no Estado, 234 minas encontram-se com suspensão temporária de lavra. Esse estudo apresenta os resultados da análise desenvolvida e enfatiza a ausência e a premência da estruturação e implantação de uma política de fechamento de minas e de controle rígido de minas com suspensão temporária, bem como das abandonadas.

Leia o artigo a partir do link a seguir: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0370-44672009000400019&script=sci_arttext


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mineração Trágica!!!!

No distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, duas barragens — Fundão e Santarém — da mineradora Samarco se romperam na tarde desta quinta-feira (5/11/2015) em Mariana, município localizado a 100 quilômetros de Belo Horizonte, na região central de Minas Gerais. 
Conforme informações da Defesa Civil, há pessoas mortas, soterradas e ilhadas no distrito de Bento Rodrigues — região mais afetada pela enxurrada de lama contaminada com rejeitos de mineração que tomou conta da área com cerca de 600 moradores. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, algumas pessoas estão soterradas e outras ilhadas. A Prefeitura de Mariana informou que o distrito está sendo evacuado e os moradores são orientados a irem até o distrito de Camargos, que é mais alto e mais seguro. O secretário de Defesa Social de Mariana, Brás Azevedo, disse que a situação no local é muito grave e há riscos de mais desmoronamentos. Várias casas foram alagadas.De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos de Mariana (Metabase), entre 15 e 16 pessoas morreram e 45 estão desaparecidas. A Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais afirmou que o acidente é "uma catástrofe" e enviou para o local membros do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais para acompanhar o caso.
A tragédia deve se transformar na mais grave na área ambiental do Estado.
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, disse que há 14 desaparecidos e todos são trabalhadores que estavam na barragem.
Estima-se que cerca de 200 moradores estavam em Bento Ribeiro quando a lama atingiu o distrito. Segundo o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, a situação na região é catastrófica.
— Ainda não há condições de saber o número total de mortos
— A lama desceu como uma grande enxurrada, arrastando tudo, levando porcos, bois, gente e carro. Não tinha nada que resistisse. Teve casa que não sobrou parede.










quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Além de calor no Sudeste e seca na Amazônia, o fenômeno El Niño provoca muita chuva no Sul do país

No Rio Grande do Sul, mais de 50 cidades foram afetadas por fortes chuvas nos últimos meses, que atingiram quase 25 mil pessoas. Muitas estão desalojados, outras viram a água destruir suas casas ou pertences. O cenário se repete também em Santa Catarina e no Paraná. As chuvas resolveram castigar o Sul do Brasil. Por que está chovendo tanto, e tão forte na região? Pode colocar a culpa no El Niño.

Segundo a meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, o El Niño se formou por volta de abril deste ano, e começou a influenciar as chuvas na região Sul a partir de julho. E vamos ter que conviver com ele durante o ano todo. "A tendência é que as chuvas continuem volumosas por toda a primavera".

O El Niño é um fenômeno natural que acontece quando a superfície do mar perto do Chile e do Peru fica mais quente. Nesses países, ele provoca chuvas na época do Natal, e por isso ganhou o nome de "niño", uma referência ao "menino Jesus". Mas esse fenômeno interfere no clima de muitas partes do mundo. No Brasil, significa seca na Amazônia, no Nordeste e calor acima da média no Sudeste. E, na região Sul, chuvas.

Não é pouca chuva. Em julho, por exemplo, a quantidade normal de chuva em Porto Alegre é de 120 mm. Este ano, choveu 309 mm. Em setembro, a faixa leste do Rio Grande do Sul viu um aumento de cerca de 30% nas chuvas e, só nas duas primeiras semanas de outubro, já choveu 50 mm a mais do que a média do mês. "Os modelos indicam que o El Niño segue até abril do próximo ano. Para o Sul, a anomalia de chuva deve durar até dezembro, depois volta o comportamento normal", diz Bianca.

Enquanto dezembro não chega, é bom que a população de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná se prepare. Já a partir desta quinta-feira (15) áreas de instabilidade se formam na região, gerando novas tempestades. A culpa pelas chuvas pode ser do El Niño, mas a responsabilidade é das autoridades, que precisam estar preparadas para atender a população e pensar em políticas de prevenção e adaptação a eventos climáticos extremos.
Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2015/10/chuvas-fortes-no-sul-continuam-ate-dezembro-culpa-e-do-el-nino.html.

Ainda segundo o INPE, o aquecimento do Pacífico é o mais intenso desde 1997. O Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) mensurou a temperatura do oceano Pacífico equatorial central, região chamada de Niño 3.4, no trimestre julho-agosto-setembro. A água está 1,5°C mais elevado que o normal para época do ano. Trata-se de um valor 0,2°C mais baixo que o registrado na mesma época no El Niño de 1997. A atmosfera brasileira responde ao aquecimento. Em setembro de 2015, a chuva acima dos 100 milímetros na Região Sul e nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Por outro lado, praticamente todo o centro e norte do Brasil terminou o mês com precipitação abaixo da média. Já em 1997, a chuva forte foi mais restrita atingindo o Sul e o leste do Sudeste (sul e leste de São Paulo e norte do Rio de Janeiro). Mesmo nesta situação, áreas de Minas Gerais e de Goiás terminaram aquele mês com chuva acima (além do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro). Voltando ao Pacífico, a tendência é de manutenção do aquecimento do Pacífico nos próximos meses com ápice no trimestre outubro-novembro-dezembro (desvio de quase +2,5°C, usando-se a média dos 16 membros da simulação). Na atmosfera brasileira, para o trimestre outubro-novembro-dezembro, isto implicará em chuva acima da média no Sul e no sul dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Já na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste, espera-se chuva próxima da média, embora sua regularização aconteça de forma mais atrasada que o normal. Por fim, no Norte e Nordeste, a chuva ficará abaixo da média. A temperatura ficará acima da média em boa parte do país com maiores desvios entre o Norte e Nordeste. Somente no Rio Grande do Sul, o excesso de chuva e a entrada de eventuais ondas de frio deixarão a temperatura mais baixa que o normal. Novamente retornando ao Pacífico, no decorrer do primeiro trimestre de 2016, espera-se diminuição gradativa da temperatura do Pacífico central equatorial provavelmente culminando no término do fenômeno em meados do próximo ano.



domingo, 18 de outubro de 2015

Paisagens Vão e Voltam... E a família Guiga Continua

Na sexta feira, dia 16 de outubro de 2015, a turma de HIS 820 do Mestrado Profissional de Patrimônio, Paisagem e Cidadania da Universidade Federal de Viçosa , realizou uma visita técnica a casa do Senhor João Guiga, que mantém  a tradição do choro mineiro, que pode ser apreciado em parte no vídeo, na qual a família foi entrevistada no Globo Horizonte. após isso, curtam as fotos que tiramos durante a visita. 

































segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Furacão Joaquin

A Nasa divulgou, na última sexta-feira (2/10/2015), uma foto capturada do espaço que mostra a chegada do furacão Joaquín às Bahamas, na costa do Caribe. A imagem foi feita pelo astronauta Scott Kelly, que está a bordo da ISS (Estação Espacial Internacional, em português).

"O furacão Joaquín é extremamente perigoso. Ele se move lentamente a noroeste enquanto atinge as ilhas do centro das Bahamas, que continuará sofrendo o embate nesta sexta-feira”, advertiu o Centro Nacional de Furacões (NHC) americano em seu boletim das 12h GMT (09h de Brasília).

Joaquín é considerado um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, de máximo 5, o que quer dizer que seus potentes ventos de 215 km por hora e rajadas mais violentas podem provocar grande destruição.

As Bahamas, arquipélago turístico do Atlântico próximo ao estado americano da Flórida, suporta desde quinta-feira os ventos e as chuvas de Joaquín, que se prolonga até novembro.

Algumas ilhas sofreram inundações de magnitude, mas não há registro de vítimas, disse o capital Stephen Russell, da agência de emergências das Bahamas, citado pelo jornal Tribune 242.

Os meteorologistas esperam que nas próximas horas comece um movimento mais rápido ao norte paralelamente à costa leste americana. O NHC advertia para inundações costeiras de até três metros e chuvas de mais de 600 mm em algumas zonas das Bahamas. O governo suspendeu as atividades e as aulas nas escolas.


domingo, 27 de setembro de 2015

Imagens dos sistemas produtores de tempo responsável pelas tempestades no sul do Brasil.

As áreas com chuva na metade final da tarde desta quinta-feira (25 de setembro) aqui na região sul do Brasil. Norte e oeste do Rio Grande do Sul com pancadas de chuva. Grande parte do centro e leste do estado do Paraná e também o centro e norte de Santa Catarina. Geralmente com intensidade fraca, mas em algumas áreas atingia a intensidade moderada. Esta chuva é que se espalha até a noite para várias partes do sul do País. A distribuição desta chuva é irregular.



Com a constante passagem de frentes frias e a formação de muitas instabilidades, associadas tanto a áreas de baixa pressão quanto à circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera, a chuva tem sido frequente sobre quase todo o Sul do Brasil neste mês de setembro. Desde o dia 01 até o dia 26, praticamente toda a Região acumulou pouco menos de 100 milímetros. Nas áreas de serra entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o acumulado já passava de 200 milímetros.

No entanto, a chuva não parou de cair entre o sábado, 26, e o domingo, 27. Muitas cidades entre o norte do Rio Grande do Sul e o Paraná ainda tiveram temporais. Santa Catarina foi o Estado mais atingido.

De acordo com medições das estações automáticas do INMET, entre 07 horas da manhã de sábado e 07 horas da manhã de domingo, o volume acumulado chegou a 117 milímetros em Xanxerê, no oeste de SC, 109 milímetros em Erechim, norte do RS. Muitas outras cidades do centro-oeste catarinense registraram acumulados entre 60 e 90 milímetros. Já segundo informações do Epagri/Ciram, órgão de meteorologia de Santa Catarina, a chuva chegou a acumular incríveis 160 milímetros, nesse mesmo período de 24 horas, em Alfredo Wagner, cidade do leste catarinense localizado a 111 km de Florianópolis. As cidades de Curitibanos, Xanxerê, Campos Novos, Chapecó e Bocaina de Sul acumularam entre 110 e 130 milímetros. A Defesa Civil do Estado já registra alagamentos e alguns transbordamentos de rios. No Paraná a chuva veio menos volumosa. De acordo com o INMET, no período entre 07 horas de sábado e 07 horas de domingo, o maior acumulado foi de 32 milímetros em Dois Vizinhos, sul do Estado.

Trégua da chuva

Até o começo da manhã de segunda-feira essa instabilidade toda enfraquece. Ainda pode chover no leste de SC e no leste e norte do PR, mas com tendência de parar a partir da tarde. A trégua em Santa Catarina vai até terça-feira, porque na quarta-feira volta a chover novamente.

Fonte: climatempo