domingo, 27 de setembro de 2015

Imagens dos sistemas produtores de tempo responsável pelas tempestades no sul do Brasil.

As áreas com chuva na metade final da tarde desta quinta-feira (25 de setembro) aqui na região sul do Brasil. Norte e oeste do Rio Grande do Sul com pancadas de chuva. Grande parte do centro e leste do estado do Paraná e também o centro e norte de Santa Catarina. Geralmente com intensidade fraca, mas em algumas áreas atingia a intensidade moderada. Esta chuva é que se espalha até a noite para várias partes do sul do País. A distribuição desta chuva é irregular.



Com a constante passagem de frentes frias e a formação de muitas instabilidades, associadas tanto a áreas de baixa pressão quanto à circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera, a chuva tem sido frequente sobre quase todo o Sul do Brasil neste mês de setembro. Desde o dia 01 até o dia 26, praticamente toda a Região acumulou pouco menos de 100 milímetros. Nas áreas de serra entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o acumulado já passava de 200 milímetros.

No entanto, a chuva não parou de cair entre o sábado, 26, e o domingo, 27. Muitas cidades entre o norte do Rio Grande do Sul e o Paraná ainda tiveram temporais. Santa Catarina foi o Estado mais atingido.

De acordo com medições das estações automáticas do INMET, entre 07 horas da manhã de sábado e 07 horas da manhã de domingo, o volume acumulado chegou a 117 milímetros em Xanxerê, no oeste de SC, 109 milímetros em Erechim, norte do RS. Muitas outras cidades do centro-oeste catarinense registraram acumulados entre 60 e 90 milímetros. Já segundo informações do Epagri/Ciram, órgão de meteorologia de Santa Catarina, a chuva chegou a acumular incríveis 160 milímetros, nesse mesmo período de 24 horas, em Alfredo Wagner, cidade do leste catarinense localizado a 111 km de Florianópolis. As cidades de Curitibanos, Xanxerê, Campos Novos, Chapecó e Bocaina de Sul acumularam entre 110 e 130 milímetros. A Defesa Civil do Estado já registra alagamentos e alguns transbordamentos de rios. No Paraná a chuva veio menos volumosa. De acordo com o INMET, no período entre 07 horas de sábado e 07 horas de domingo, o maior acumulado foi de 32 milímetros em Dois Vizinhos, sul do Estado.

Trégua da chuva

Até o começo da manhã de segunda-feira essa instabilidade toda enfraquece. Ainda pode chover no leste de SC e no leste e norte do PR, mas com tendência de parar a partir da tarde. A trégua em Santa Catarina vai até terça-feira, porque na quarta-feira volta a chover novamente.

Fonte: climatempo




quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Workshop Internacional debaterá o armazenamento da água da chuva no semiárido brasileiro


Composto por uma área que abrange 969.589,4 km², o semiárido brasileiro compreende a maior parte do território de oito estados do nordeste e o norte de Minas Gerais, regiões com índices de desenvolvimento humano abaixo da média nacional e marcadas pelo déficit hídrico. Entre os anos de 2012 e 2013 o semiárido nordestino sofreu a pior seca dos últimos 50 anos, conforme constatou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência das Nações Unidas especializada em monitorar eventos climáticos.

Diante desse fator, debater o fenômeno natural das secas e buscar alternativas que minimizem a problemática das estiagens e consequências socioambientais são objetivos que serão discutidos durante o II Workshop Internacional Sobre Água no Semiárido Brasileiro, evento que ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2015, na Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), em Campina Grande-PB.

Promovido pelo Centro Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas (CEMEP) com apoio da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas (UACA), o workshop tem por temática “Água das chuvas: captação, armazenamento e distribuição” e foca na promoção de um fórum para debater possíveis soluções para a problemática da captação, armazenamento e distribuição da água.

A programação do II WIASB foi delineada de modo a possibilitar uma ampla participação nas atividades como conferência, mesas redondas, palestras e apresentação de trabalhos na modalidade pôster. Além disso, o evento terá a participação de profissionais renomados.

Podem participar profissionais da grande área geociências, que inclui meteorologia, climatologia e sensoriamento remoto, professores/pesquisadores, estudantes dos três níveis - graduação mestrado e doutorado – defesa civil, autoridades, e demais interessados.

Site:http://www.aguanosemiarido.com.br/

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Biodiversidade é arma para garantir segurança alimentar

Preservar a biodiversidade pode ser uma garantia à segurança alimentar global, hoje concentrada em um pequeno número de cultivos. "O que se come no mundo são poucos alimentos, basicamente trigo, arroz, mandioca, milho. Isso coloca a humanidade em grande risco", alerta o biólogo Bráulio Ferreira de Souza Dias. "Se ocorrer uma doença em uma dessas culturas será um caos", prossegue. "É preciso conservar a biodiversidade para uso futuro e para criar soluções a possíveis problemas." É disso que trata o encontro internacional que ocorre até sexta-feira em Hyderabad, na Índia. O brasileiro Bráulio Dias, ex-secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, é desde janeiro o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU. A CDB, como é conhecida, é o acordo internacional que busca garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo.

A exemplo de sua versão mais famosa, a Convenção sobre Mudança Climática, os países que assinaram a CDB também se reúnem regularmente para tentar estancar a vertiginosa perda de espécies no mundo. Delegados de 193 nações estão neste mês na Índia para, entre outras coisas, encontrar fontes de recursos que financiem a preservação. Em meio à crise financeira global, a pauta vive um impasse.

A conferência procura dar continuidade às decisões tomadas no encontro anterior, em 2010, no Japão. Ali se acertou o Protocolo de Nagoya e um conjunto de 20 metas para 2020 - as chamadas Metas de Aichi. Uma delas, por exemplo, mira a proteção de pelo menos 17% dos ecossistemas terrestres e de água doce, e 10% dos ecossistemas marinhos e costeiros do planeta. A estimativa é que isso custe US$ 600 bilhões se não existirem políticas que incentivem o uso sustentável dos recursos naturais.

O Protocolo de Nagoya dá as regras para o acesso e a repartição de benefícios da utilização de recursos genéticos da biodiversidade. É uma moldura legal básica que garante a quem preservou algum benefício sobre o uso econômico daqueles recursos naturais. Durante anos o debate opôs países ricos, donos das indústrias farmacêuticas e de cosméticos, a países em desenvolvimento donos de grandes florestas, como o Brasil. Para entrar em vigor, Nagoya tem que ser ratificado por 50 nações - somente seis o fizeram até agora. No Brasil, a discussão sequer começou no Congresso, mas já há setores sensíveis ao debate. Um estudo recente do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), um think tank do agronegócio, traçou um cenário hipotético onde o Brasil pode ter forte prejuízo se tiver que pagar um percentual pela produção de cana, soja e carnes aos países de origem desses produtos.

Dias diz que todos os setores econômicos perdem se a biodiversidade continuar a desaparecer no mundo e lembra que o Protocolo de Nagoya não especifica como será feito o pagamento, apenas reconhece que quem preserva merece ser remunerado. Os países decidirão caso a caso, a remuneração pode ocorrer como uma troca de sementes, de tecnologia, de capacitação e, portanto, qualquer estudo de perdas é uma especulação.
 
Veja a entrevista no link a seguir:
 
/local de origem de alguns cultivares


 
 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

As abelhas estão desaparecendo?

Tudo está bem na colmeia. Milhares de abelhas, cada uma com sua função, trabalham numa harmonia perfeita. Até que algo estranho acontece. Sem motivo aparente, as abelhas surtam: simplesmente abandonam a colmeia, deixando para trás suas larvas, para nunca mais voltar. 

Ninguém sabe para onde elas foram, nem se ainda estão vivas - pois não há rastros ou insetos mortos nos arredores da colmeia. É um comportamento muito estranho, eque está se espalhando pelo mundo: as abelhas de 10 países já apresentaram essa síndrome, que foi batizada de colony collapse disorder (“desordem de colapso de colônia”, em inglês). 

Só nos EUA, o lugar mais afetado pela doença, 50 bilhões de abelhas sumiram, esvaziando 40% das colmeias do país. Os primeiros casos da síndrome apareceram em 2006, mas só agora os cientistas descobriram o que está fazendo as abelhas fugir. “É uma infecção por vírus, que danifica o código genético dos insetos”, afirma a entomóloga May Berenbaum, da Universidade de Illinois. 

Esse vírus, que ainda não foi isolado, causa modificações em 65 genes dos insetos – e isso é que estaria provocando o comportamento bizarro das abelhas, cujo desaparecimento pode ter consequências muito mais graves do que a falta de mel. As abelhas são responsáveis pela polinização de mais da metade das 240 mil espécies de plantas floríferas que existem no mundo. Sem as abelhas, essas plantas não teriam como se reproduzir e sobreviver. Se um mundo sem abelhas já seria ruim, imagine sem flores.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Inundações após fortes chuvas no Japão deixam ao menos 5 pessoas mortas

Tóquio - O número de mortos após as fortes chuvas que atingiram nesta semana o Japão chegou neste domingo a cinco, enquanto as equipes de resgate continuam os trabalhos de busca de dezenas de desaparecidos, informaram os meios de comunicação locais. A polícia encontrou na manhã deste domingo o corpo sem vida de um homem em Tochigi, ao norte de Tóquio, segundo os meios de comunicação. O cadáver, que ainda não foi identificado, foi achado dentro de um carro submerso em um campo de arroz inundado. A localidade mais afetada pelas fortes precipitações foi Joso, onde o transbordamento do rio Kunigawa na quinta-feira inundou uma área de 32 quilômetros quadrados desta cidade de 65 mil habitantes. Quatro dias depois, as operações de busca continuavam neste domingo com a participação de 1.800 socorristas, que tentavam encontrar 15 pessoas desaparecidas, segundo a rede pública NHK. Mas o tempo urge para os socorristas, já que as previsões meteorológicas anunciam fortes chuvas durante a noite, que podem agravar a situação. As autoridades disseram que mais de 5 mil pessoas permaneceram no sábado à noite nas instalações para evacuados em Joso, onde 4.000 casas acabaram submersas e a água corrente foi cortada. "Não sabemos quando o sistema de água será restabelecido", indica o site da cidade. O número de desaparecidos em Joso passou no sábado de 22 a 15, depois que a polícia encontrou com vida vários deles, incluindo duas crianças de oito anos.
 
 

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Worldclim: Banco de Dados Climáticos Globais

Worldclim é um conjunto de camadas climáticas globais (grids clima) com uma resolução espacial de aproximadamente 1 quilômetro quadrado. Os dados podem ser utilizados para mapeamento e modelagem espacial num SIG ou com outros programas de computador. Se você não estiver familiarizado com esses programas, você pode tentar DIVA-GIS ou o pacote de R raster.

A versão atual é a Versão 1.4 (versão 3).

Informação sobre os métodos utilizados para gerar as camadas clima, e as unidades e formatos de dados. Você pode encontrar mais informação na citação referida:

Hijmans, R.J., S.E. Cameron, J.L. Parra, P.G. Jones and A. Jarvis, 2005. Very high resolution interpolated climate surfaces for global land areas. International Journal of Climatology 25: 1965-1978.








sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A Terra vista do Espaço

Desde abril desse ano, milhões de internautas de todo o mundo podem conferir como a Terra é vista do espaço pelos astronautas. Trata-se do projeto High Definition Earth Viewing da ISS (Estação Espacial Internacional) para transmitir as imagens do planeta na internet em tempo real.

Os usuários podem conferir como é a Terra vista do espaço em quatro ângulos diferentes, tudo isso graças a câmeras que foram instaladas no módulo da Agência Espacial Europeia Columbus.

As câmeras usadas para fazer a experiência ficam dentro de cápsulas pressurizadas e em temperaturas controladas. Entre a troca de câmeras durante o streaming, a tela pode ficar cinza ou preta por alguns segundos até que novas imagens apareçam.

O projeto busca estudar os efeitos do ambiente do espaço nos equipamentos e na qualidade de vídeos, cujos resultados serão analisados e poderão ajudar os engenheiros na escolha de câmeras para futuras missões.

Até hoje, mais de 37 milhões de pessoas puderam ver o planeta a uma distância de 431 quilômetros da superfície terrestre. Além disso, como a estação orbita pela Terra a cada 90 minutos, é possível ver o nascer ou o pôr do Sol a cada 45 minutos.

Os internautas ainda podem fazer comentários, twittar, e se comunicar por meio da ferramenta de chat e do “Social Stream”, disponíveis em uma pequena tela ao lado do streaming.

A NASA também oferece outra transmissão ao vivo da Estação Espacial Internacional. Diferentemente do HDEV, neste streaming os usuários podem não só ver o planeta em tempo real como também ouvir áudios da tripulação e o Controle de missão durante os contatos com a Terra.



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Voz do clima...

Alterações climáticas ganham concretude na vida cotidiana dos cidadãos, com intensidade não observada anteriormente, trazendo do ponto de vista teórico e metodológico a necessidade de indagar-se sobre um conjunto de novos riscos e ameaças que podem agravar as situações adversas já existentes nos centros urbanos. O movimento de resposta a esse conjunto de riscos e ameaças parece passar por uma série de elementos que configuram os modos de vida no contemporâneo. Na esfera local, onde as populações são afetadas de forma direta e as ações de ajustamentos e adaptação precisam ser pensadas e implantadas com urgência, esse movimento de resposta precisa lidar com questões-chave da governança urbana. É a partir dessa perspectiva, a de promover uma reflexão sobre as complexas relações estabelecidas entre cidades, problemas socioambientais e mudanças ambientais globais e os desafios colocados às agendas política e científica.

Fonte: GABRIELA MARQUES DI GIULIO, 2014



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Atlas Climático da Estação Ecológica do Taim

O Atlas Climático da Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim) é um produto científico de natureza geográfica, compreendendo principalmente as áreas da climatologia e cartografia, com emprego de técnicas de geoprocessamento. Foi concebido através de projetos de pesquisa e parcerias entre o Curso de Geografia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que iniciaram em 2012, e chegam nesta etapa em 2015 com a publicação deste material.
O Atlas da ESEC Taim teve por objetivo principal suprir humildemente uma lacuna nos estudos de climatologia aplicado às Unidades de Conservação, utilizando como espaço de análise uma área protegida do Estado do Rio Grande do Sul, sob condições climáticas subtropicais, com informações climáticas detalhadas orientadas principalmente à formulação de políticas de gestão das unidades protegidas, bem como servir de subsídio aos estudos realizados pelas mais diversas áreas da ciência, como Geografia, Biologia, Meteorologia, Hidrologia, Ecologia, Oceanografia e demais ciências da Terra.