segunda-feira, 26 de abril de 2010

El Ninõ

A muito já se ouve falar dos fenômenos El Niño e La Niña, mas afinal, como estes fenômenos naturais podem afetar a nossa vida?
Em anos normais, sem a presença do El Niño ou La Niña, as águas do Oceano Pacífico Equatorial Oeste são mais quentes do que junto à costa oeste da América do Sul, onde as águas do Pacífico são um pouco mais frias. A circulação do ar que sobe no Pacífico Equatorial Central e que vai para o leste em altos níveis da atmosfera e desce no Pacífico Leste, em conjunto com os ventos alísios em baixos níveis da atmosfera, formam o que os meteorologistas chamam de Célula de Circulação de Walker. Este é o padrão de circulação em todo o Pacífico Equatorial em anos normais.

Como as águas do oceano no Pacífico Oeste são mais quentes, há mais evaporação e formam-se nuvens numa grande área. Em regiões em que o ar vem de altos níveis da troposfera para níveis mais baixos, raramente há formação de nuvens de chuva.

Se o ar sobe numa determinada região da atmosfera, deverá descer em outra. Se próximo à superfície (baixos níveis da atmosfera) os ventos são de oeste para leste, em altos níveis ocorre o contrário, os ventos são de leste para oeste. Assim, o ar sobe no Pacífico Equatorial Central e Oeste e desce no Pacífico Leste (junto à costa oeste da América do Sul).


Em anos de El Niño, os ventos alísios enfraquecem. Com isto, todo o oceano Pacífico Equatorial começa a aquecer gerando evaporação e formando nuvens, com movimento ascendente.
Há um deslocamento da região com maior formação de nuvens e a Célula de Walker fica bipartida. Pode-se observar águas quentes em praticamente toda a extensão do Oceano Pacífico Equatorial. E a termoclina fica mais profunda junto à costa oeste da América do Sul devido ao enfraquecimento dos ventos alísios.

Nos últimos anos, o CPTEC/INPE vêm monitorando as condições atmosféricas e oceânicas para alertar as comunidades meteorológica, climatológica e oceanográfica para a possibilidade da evolução de uma situação de El Niño ou La Niña através de seus boletins. As previsões climáticas são fundamentais para a tomada de decisão por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais e, também, pela iniciativa privada.


Fonte:Inpe-Cptec

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