sábado, 28 de maio de 2011

Chuvas em Petrópolis - Não Podemos esquecer

Audiência pública consolida dados e promove colaboração entre legislativos municipal, estadual e federal O bispo de Petrópolis D. Filippo Santoro abriu a audiência pública realizada nesta segunda-feira (02) pela Câmara de Vereadores reunindo representantes dos legislativos municipal, estadual e federal. O líder da Igreja em Petrópolis reafirmou sua preocupação no esquecimento da importância da preservação de desastres como o de janeiro, foco da reunião convocada pela CPI das Chuvas da Câmara de Vereadores. Parlamentares das três esferas fizeram coro em torno de investimentos em mapeamento urbano e geotécnico, sistema de Defesa Civil, política habitacional e preservação de áreas de risco. Os parlamentares fizeram críticas à falta de investimento governamental, mas acreditam em uma mudança política gerada pela cobrança da sociedade. O saldo de 906 mortes, 400 desaparecidos e um investimento de R$ 3,4 bilhões para a recuperação da Região Serrana em um prazo de mais de dois anos direcionaram os debates. Uma nova audiência pública será convocada antes da consolidação dos trabalhos e todas as perguntas feitas pelo público que não foram respondidas serão encaminhadas aos órgãos afins para que sejam atendidas. O presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Igor (PMDB) destacou a importância histórica do encontro e a participação expressiva da sociedade representada por entidades empresariais, de classes, de moradores, cidadãos comuns e “partidos políticos como o PSol que não tem cadeira na Casa, mas está presente e atuante”. Para Igor, a pluralidade do público no encontro sinaliza “ações promissoras, pró-ativas e permanentes”. O presidente da CPI das Chuvas da Câmara de Vereadores, Toão Tobias, diz que o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito “caminha para a proposição de soluções definitivas, baseadas em registros históricos e depoimentos e estudos técnicos” . Já o presidente da CPI das Chuvas da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Luiz Paulo Corrêa da Rocha, foi mais além: “também queremos punição para os responsáveis. Não é possível que serviços públicos como água, luz e telefone sejam ligados em casas construídas irregularmente de quem as próprias prefeituras depois cobram IPTU”, afirmou. As duas comissões já acertaram a troca de informações e dados colhidos em documentos oficiais e depoimentos. A audiência foi acompanhada ainda pelo deputado estadual Marcus Vinícius Neskau (PTB), também membro da CPI das Chuvas, que reclamou da demora da prefeitura de Petrópolis em apresentar áreas edificáveis para os desabrigados e conclamou “todos os homens públicos a buscarem soluções compartilhadas com a sociedade”. Já o deputado estadual, Bernardo Rossi (PMDB), também membro da CPI das Chuvas da Alerj, ausente na audiência por compromissos assumidos anteriormente, enviou uma mensagem saudando os participantes do encontro e falando do empenho do governo estadual. “Serão aplicados R$ 500 milhões e temos de destacar ainda que uma política habitacional foi apresentada depois de 30 anos sem que o governo tocasse no assunto. São 70 casas em caráter emergencial, na Posse, e outras 1.500 unidades previstas. O deputado Luiz Paulo Corrêa também contabilizou R$ 9,3 milhões que serão usados na construção, inicial, em Petrópolis, de 208 unidades habitacionais divididas entre Itaipava e Mosela até o final de 2012.

Fonte: http://diariodepetropolis.com.br/2011/05/02/906-mortos-400-desaparecidos-e-prejuizo-de-r-34-bilhoes-para-reconstruir-regiao-serrana/

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