As questões relacionadas aos
problemas ambientais ganharam relevância em esfera planetária após a realização
da RIO-92, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro. Dentre as principais questões abordadas, a de maior
destaque foi relacionada ao clima. Tanto que a partir deste momento as
conferências das partes, fórum de discussões, foi implementado a fim de
estabelecer normatizações para um novo modelo de economia com ênfase na
sustentabilidade. O resultado mais visível desse cenário foi o
Protocolo de Kyoto (1997), um Tratado Internacional com compromissos rígidos de
redução da emissão de gases que agravam o Efeito Estufa. Em
meio a esse contexto, no ano de 1992, na UNESP-Rio Claro, organizou o primeiro Simpósio
Brasileiro de Climatologia Geográfica (SBCG). Em
2010, no X SBCG, na cidade de Fortaleza, alguns professores começaram a construir a ideia de
fortalecer as relações entre os profissionais de Climatologia Geográfica
atuantes nas IFES e demais instituições de pesquisa do Brasil. Uma das consequencias desse movimento foi criação de um grupo de estudos em Dinâmica das Paisagens, com a participação de
pesquisadores e professores da UFES, UERJ-FFP, UFMG, INPA e UFV, que culminou na
organização de um seminário intitulado “Geografia e Climatologia: A gestão da
cidade”, realizado em maio de 2011, nas dependências UFV. Ainda
no ano de 2011, a realização do XIV Simpósio Brasileiro de Geografia Física
Aplicada, em Dourados-MS, permitiu o fortalecimento da proposta de se estreitar
as relações entre profissionais de Climatologia Geográfica, com a incorporação
de novos colaboradores, como os professores/pesquisadores Charlei Aparecido da
Silva (UFGD), Diego Maia (UFBA) e Érika Collischonn (UFPel). Por
conseguinte, algumas decisões foram tomadas. Dentre elas a divulgação dos novos
profissionais, no cenário nacional, por meio da publicação de um número
especial de uma revista a ser divulgada no mês de novembro de 2012, quando da
realização do XI SBCG, na cidade de Manaus (UFAM), momento em que o evento
completará 20 anos de existência. Por
felicidade, a Revista Acta Geográfica (UFRR) nos cedeu espaço para organizarmos
um número especial em comemoração aos 20 anos da realização do I SBCG,
aproveitamos essa ocasião para agradecer aos precursores desse evento, que há
20 anos acreditaram em um sonho de construir uma Climatologia Geográfica em
âmbito nacional. Depois deste tempo, algumas conquistas foram alcançadas, como
a criação de uma Associação Brasileira de Climatologia (ABClima) e a Revista Brasileira de Climatologia (RBCLIMA). Com
intuito de fomentar discussões e ampliar os horizontes da Climatologia
Geográfica no Brasil, o presente volume da Revista Acta Geográfica traz em seu
escopo artigos que abordam a Climatologia sob diversas frentes, buscando
apresentar variadas possibilidades de entendimento e estudos que vem sendo
desenvolvidos no território nacional.
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