quinta-feira, 29 de maio de 2014

XI SBCG - Curitiba - 2014 - Veja a Programação


XI – SBCG / SIMPOSIO BRASILEIRO DE
CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA
V SIMPEC - SIMPOSIO PARANAENSE DE
ESTUDOS CLIMÁTICOS
CoC–IGU : REUNIÃO DA COMISSÃO DE CLIMATOLOGIA

Curitiba / Brasil

De 14 a 17 de outubro de 2014


CONFERENCISTAS-PALESTRANTES


Conferencias I, II e III
Dr Michel Boko – IPCC/GIEC e Univ Aboumey/Calavi (Benin)
Dr Gerald Mills – IAUC – International Association of Urban Climate / President (Irlanda)
Dr Francisco Mendonça – Univ Fed Paraná / UGI-CoC Member (Brasil)

Fórum Climatologia e ensino
Coordenação:
Profa Dra Ercilia Steinke – UNB (Brasil)
Dra Adriana Olivia Alves – UFG (Brasil)

CONFERENCISTAS-PALESTRANTES


MRI – Mudanças climáticas e cidades
Dra Monica Cristina Garcia – Universidad La Plata (Argentina)
Dr Ricardo Ojima – REDECLIMA / UFRN (Brasil)
Dr João Lima Santana Neto – ANPEGE e UNESP (Brasil)
Coord.: Dr Carlos Sait - UFPI (Brazil)

MRII – Agroclimatologia: Cenários e perspectivas
Dra Latifa Henia - Association International de Climatologie - Presidente (Tunisia)
Dr Gilberto R. Cunha – EMBRAPA / RS (Brasil)
Dr Paulo Caramori – IAPAR (Brasil)[
Coord.: Dra Gislaine Luis – UFG (Brasil)

MRIII – Clima e saúde
Dra Juli Trtany - NOAA (USA)
Dra Ana Monteiro – UGI-CoC Member e Univ Porto (Portugal)
Dr Paulo Cesar Mendes – UFU (Brasil)
Coord.: Dra Natacha C. R. Aleixo – UEA (Brasil)

MRIV – O estudo do clima: Modelização e tecnologias
Dr Vincent Dubreuil – AIC-Assoc Internat Climatologie e UHB/Rennes II (France)
Dra Cassia de Castro Martins Ferreira – UFJF (Brasil)
Dr Francis Wagner Silva Correa – UEA/INPA (Brasil) 
Coord.: Dr Wilson Flávio Feltrim Roseghini – UFPR (Brasil)

MRV – Desastres climáticos: Riscos, vulnerabilidades e resiliência
Dra Simona Frattiani – AIC - Assoc Int Climatologie e Univ Turim (Italia)
Dr Hugo Romero – Univ Santiago (Chile)
Dra Cleuza A. G. P. Zamparoni - UFMT (Brasil)
Coord.: Dr Jose Carlos Ugeda Jr – UFMT (Brasil)





 MRVI – Climatologia tropical
Dra Maria Teresa Reyna Trujillo – UNAM (México)
Dr Joao Afonso Zavatini – UNESP (Brasil)
Dr Ranyere Nóbrega – UFPE (Brasil)
Coord.: Dra Maíra Suertegaray – Col Aplicação-RS (Brasil) [U1] 

MR-Painel Especial:
O CLIMA NA ESFERA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

Representante da Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.

Representante do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas
Representante do Ministério da Ciência e Tecnologia – Direção de Mudanças Climáticas
Representante da SBMET – Sociedade Brasileira de Meteorologia
Dr Charlei A. Silva– ABClima / Presidente
Coord.: Dr Edson Fialho - ABClima) / Secretário

MINI-CURSOS
Mini-cursos. Quatro minicursos, com duração entre nove e doze horas, serão ofertados aos participantes do evento. Eles serão realizados nas noites dos dias 15, 16 e 17 de outubro, nas dependências do Departamento de Geografia da UFPR e/ou nas dependências do Centro de Eventos da FIEP. As temáticas escolhidas para os mini-cursos são relacionadas a aspectos teóricos, metodológicos e técnicos do campo da climatologia. Eles serão ofertados por iminentes professores do Brasil e do exterior e o valor da inscrição é de R$ 50,00 por participante.

SIG e Hidroclimatologia (30 vagas)
Dra Saida Kermagi – Univ. Lyon (França)

Analise rítmica em climatologia (50 vagas)
Dr Victor Borsato – UNESPAR (Brasil)

Eventos climáticos extremos (30 vagas)
Dr Guillaume Fortin - Univ Montreal (Canadá)

4.   Estatística e climatologia (50 vagas)

Dr João Lima e Drtdo Miriam Silvestre – UNESP (Brasil)



LOCAL DO EVENTO e CONTATOS
FIEP –FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO PARANÁ
CENTRO DE EVENTOS DO SISTEMA FIEP
Avenida Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico
Curitiba/PR

Email: brazilclima2014@gmail.com
Endereço para correspondência: 
UFPR – Dep Geografia / LABOCLIMA 
Secretaria do XI SBCG / V SIMPEC / CoC-UGI Meeting 
Edifício João José Bigarella – Sala 210 
Centro Politécnico – Jardim das Américas 
81531-970. Curitiba / PR (Brasil)





quarta-feira, 28 de maio de 2014

Divulgação do VII Simpósio Latinoamericano de Geografia Fisica e IV Simpósio Iberoamericano de Geografia Física



VIII SLAGF – SIMPOSIO LATINOAMERICANO DE GEOGRAFIA FISICA
IV SIAGF - SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE GEOGRAFIA FISICA
“RIESGOS, VULNERABILIDADES Y RESILIENCIA SOCIOAMBIENTAL PARA
ENFRENTAR LOS CAMBIOS GLOBALES“
Santiago (Chile), 03 al 05 de Diciembre 2014


Ejes Temáticos
 
Teorías y metodologías de riesgos, vulnerabilidades y resiliencia ambiental.
Geotecnologías aplicadas a los riesgos y vulnerabilidades.
Planificación y gestión para enfrentar los desastres naturales.
Educación y preparación social ante los desastres naturales.
Desastres naturales, riesgos y vulnerabilidades en América Latina y Península Ibérica.
Dimensiones políticas y culturales relativas a los desastres naturales.
Otros.


Fechas clave
Fin de recepción de ponencias: 15 de agosto, 2014
Confirmación de aceptación y envío de correcciones: 15 de septiembre, 2014
Fin de recepción de correcciones: 15 de octubre, 2014
Habilitación de sitio de acceso: 20 de noviembre, 2014
Pago anticipado de inscripción: 15 - 20 de septiembre, 2014


Envío de resúmenes
 
Lo resúmenes podrán ser enviados desde Mayo, 2014 al email: viiislagf@gmail.com
Cada participante sólo puede inscribir una (01) contribución científica a condición de
Autor principal, y dos (02) en condición de co-autor.
Revisar formato de resúmenes en página oficial del evento:
http://viiisimposiogeografiafisica.uchilefau.cl/


Contacto
Profesor Dr. Hugo Romero - email: hromero@uchilefau.cl
Secretaria ejecutiva: Katherine Wyndham V. - email: viiislagf.chile@gmail.com


Terrenos y tours
Se organizarán terrenos de un día a la Cuenca de Santiago, Cuenca del Aconcagua y
Constitución.
Se ofrecerán diversos pre y post tours, así como excursiones de día completo o medio día,
a través de una agencia de viajes.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Frente parlamentar contra áreas protegidas para quê?

Por que os parlamentares criam uma frente parlamentar para atacar um assunto que está nas mãos deles mesmos resolver? Acaso não foram eleitos para propor, estudar e aprovar leis? Por que não votam leis que permitam financiar as desapropriações e atender com justiça e humanidade os reassentamentos que a lei determina?
A criação formal, sustentada por 42% dos membros da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional do Brasil, de uma "Frente Parlamentar em Defesa das Populações Atingidas por Áreas Protegidas" deixou a sociedade perplexa. O desconcerto cresce quando se lê a justificativa e os objetivos da iniciativa que, dentre outras peculiaridades, demonstram que esses responsáveis pelo futuro da nação na realidade estão simplesmente propondo usar as áreas protegidas e as terras indígenas desenvolvendo nelas atividades econômicas ilegais e incompatíveis ou, melhor, eliminando-as. A única virtude da iniciativa é a sua originalidade que faz dela um caso único na história da humanidade. Com efeito, jamais se tinha visto que representantes eleitos de uma nação decidam de forma tão massiva e óbvia dedicar seus esforços a prejudicar seu próprio patrimônio natural.
A simples leitura do material preparado pelos promotores da Frente, especialmente para quem não está a par da situação das terras indígenas e das áreas protegidas, não parece tão ruim assim. A Frente declara se centrar na defesa dos direitos das supostas vítimas do estabelecimento dessas áreas de uso restrito e propõe ações que a priori são lícitas. Mas, começando pelas afirmações falsas e erros dos autores, a má fé da proposta resulta evidente. Afirma-se, por exemplo, que "o Brasil é o país com maior número de áreas protegidas do mundo" ou que esse "importante mecanismo de proteção foi transformado em meras efemeridades ambientais, foco de conflitos sociais". Também se afirma que há "uso de violência e abuso de poder como instrumentos de desocupação das áreas" e que a demora nos processos de indemnização constitui "ato repugnante que deteriora todo o sistema democrático de direito" e que os atingidos pelas áreas protegidas e terras indígenas são colocados "em situação de vulnerabilidade econômica e social". Para resumir, as terras indígenas e quilombolas e as áreas protegidas seriam a causa de uma gravíssima situação de injustiça, que coloca em perigo a paz social. E tudo isso seria consequência de obedecer à legislação, a começar pela própria Constituição.
Confundir para atacar
"As terras que somam ao redor de 110 milhões de hectares outorgadas, ou em processo de outorga a indígenas e quilombolas não são áreas protegidas pela própria definição e, claro, tampouco por lei. Elas são um direito constitucional dos povos indígenas e quilombolas e são geridas pela FUNAI"
Primeiro os promotores da Frente fazem um esforço para confundir denominando as terras indígenas e quilombolas como "áreas protegidas". A única equivalência universalmente aceita para área protegida é o que no Brasil denomina-se Unidade de Conservação. As terras que somam ao redor de 110 milhões de hectares outorgadas, ou em processo de outorga a indígenas e quilombolas não são áreas protegidas pela própria definição e, claro, tampouco por lei. Elas são um direito constitucional dos povos indígenas e quilombolas e são geridas pela FUNAI, organismo adscrito ao Ministério da Justiça. De outra parte, as áreas protegidas ou unidades de conservação se estabelecem para proteger amostras da natureza, manter os seus serviços ambientais e fomentar o turismo. Elas somam ao redor de 90 milhões de hectares, incluindo as que são federais (74 milhões de hectares), estaduais, municipais e privadas. As federais são administradas pelo ICMBio que está subordinado ao Ministério do Meio Ambiente. Não é, pois, admissível acreditar que os deputados federais não saibam isso que todo cidadão conhece ou deveria conhecer desde a escola.
Esse "erro" está na base da afirmação falsa de que o Brasil é o país que tem o maior número de áreas protegidas no mundo. O fato é que embora o Brasil tenha um número elevado de áreas protegidas -- o que longe de ser mérito é problema para a gestão -- não é o país que proporcionalmente mais protege. Apenas na América Latina há uns dez países que em percentual do seu território protegem muito mais terra que o Brasil. Mais adiante o documento da Frente convenientemente esquece o fato de que a maior parte das unidades de conservação, em especial as estaduais, é de uso sustentável, com população no seu interior e com direito ao uso dos recursos inclusive atividades agropecuárias, em alguns casos sem limites como na categoria de Áreas de Proteção Ambiental (APAs). Não existem "atingidos" nessas categorias. Por isso é fácil deduzir que o verdadeiro objetivo da Frente se centra nas terras indígenas e quilombolas.
Todas as outras afirmações feitas na justificativa são igualmente mentiras ou meias verdades. Já outros autores questionaram a veracidade de uso da violência e abuso de poder para retirar ocupantes ilegais das unidades de conservação e no caso de terras indígenas. Se a força policial foi usada nestas últimas é de conhecimento público que isso foi a reação do estado de direito mediante decisões judiciais às atitudes de desobediência e violência dos que deviam sair. Não existem, pois, "atitudes repugnantes que deterioram o sistema democrático de direito".

domingo, 25 de maio de 2014

Hominídeos x megafauna


O termo ‘megafauna’ é usado para definir um conjunto de animais que viveram durante o Pleistoceno (há mais de 11 mil anos). São preguiças, tatus, mastodontes e outros mamíferos que tinham uma característica comum: eram todos de grande porte. Seus restos são encontrados em abundância em praticamente todos os países e sempre fascinaram os cientistas por seu tamanho e diversidade.

Em busca de resposta para perguntas sobre a relação entre hominídeos e elementos da megafauna, o paleontólogo uruguaio Richard Fariña, da Universidade da República, em Montevidéu, e colegas estudaram detalhadamente um depósito no Uruguai formado há 30 mil anos. Para surpresa geral, encontraram indícios de uma das mais antigas interações de hominídeos com a megafauna documentadas até hoje. Os resultados desse trabalho acabam de ser publicados em Proceedings of the Royal Society B.Entre as questões mais discutidas sobre esses animais está a sua extinção. Uma corrente de pesquisadores defende que as variações climáticas foram um dos fatores que mais influenciaram no seu desaparecimento; outros acreditam que a extinção se deveu à ação humana. Para avaliar a última hipótese, são necessárias evidências diretas da interação dos hominídeos com a megafauna. Mas essas evidências são raras e de difícil comprovação.

Arroyo del Vizcaíno

O Arroyo del Vizcaíno é um pequeno rio situado no estado de Canelones, no Uruguai. Durante uma grande seca ocorrida em 1997, seu volume foi bastante reduzido, o que resultou na exposição de alguns ossos em um de seus meandros, nas proximidades do povoado de Sauce.

Desde o início aquele material chamou a atenção. Identificados como restos de gigantes da megafauna, pesquisadores logo se interessaram pelo achado. A possibilidade de estudar um sítio fossilífero praticamente intacto, coletando os fósseis com todo o cuidado, e de estabelecer a posição de cada elemento minuciosamente nas respectivas camadas não é algo que acontece todos os dias. Naquele momento tinha início uma verdadeira luta para a equipe de Fariña.

O primeiro obstáculo foi de natureza burocrática: era preciso obter as devidas autorizações locais para dar início às escavações, sem risco de problemas com as autoridades durante o resgate do material e das informações contidas no depósito.

Depois, outro problema: as condições do tempo. Esse ponto nem sempre está claro para as pessoas: não se pode coletar fósseis a qualquer momento. As chuvas são um dos maiores vilões para uma escavação. No caso do Arroyo del Vizcaíno, havia um empecilho adicional: o sítio fica praticamente 'dentro' do rio. Era, portanto, necessário construir um curso alternativo para desviar as águas, o que requer emprego de maquinário pesado e logística própria, dificultando ainda mais a tarefa de extração dos fósseis.

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/hominideos-x-megafauna

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cientista cria guarda-chuva inteligente para coletar dados sobre o clima

O cientista Rolf Hut, da Universidade de Tecnologia Delft, na Holanda, tem um plano ambicioso: transformar cada guarda-chuva do mundo em uma pequena estação meteorológica.

E ele já tem um protótipo. Seu invento usa um pequeno sensor que detecta gotas de chuva que caem sobre o tecido do guarda-chuva e envia informações por bluetooth, um tipo de rede sem fio, para um celular, que por sua vez transmite os dados para um computador. 
"Hoje usamos satélites e radares, mas não medimos a chuva conforme ela atinge o solo, como costumávamos fazer. É muito caro manter um aparelho de medição tradicional", disse o pesquisador à BBC.Na visão de Hut, milhares desses equipamentos em ação trariam melhorias significativas para a medição do clima.
"Por isso, o número desses aparelhos em uso por agências meteorológicas está caindo, e isso é um problema no gerenciamento de recursos hídricos ou para a pesquisa hidrológica porque não há mais como ter em mão dados suficientes como antes."

Resultados animadores

Hut exibiu seu protótipo de guarda-chuva inteligente na assembleia geral da União Europeia de Geociências, em Viena, na Áustria.
O sensor acoplado à cobertura do guarda-chuva mede a vibração gerada pelas gotas da
água. O sensor fica conectado a um aparelho que transmite sinais por bluetooth para um programa instalado no celular, que envia a informação para um laptop.
Segundo Hut, os resultados dos testes feitos em seu laboratório e no quintal de sua casa foram animadores e indicam que vale a pena seguir desenvolvendo a ideia.
"Alguma dia, todo guarda-chuva viria com esse tipo de tecnologia, ou o modelos mais caros ao menos. Para começar a enviar dados, bastaria abrir o guarda-chuva", diz o cientista.

  

"Teríamos assim centenas de medidores circulando por uma cidade, o que melhoraria muito nossa habilidade para compreender a hidrologia urbana e nossa capacidade de prever inundações e tomar medidas quando houver uma situação crítica."



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Enquanto Brasil sofre com seca, chuvas e neve assolam Europa e EUA


Enquanto o Sul e Sudeste do Brasil sofrem com a maior estiagem de que se tem registro, com risco de racionamento de água e temperaturas recorde, Europa e Estados Unidos enfrentam fortes chuvas e nevascas. Na Eslovênia, no Leste europeu, uma em quatro casas está sem energia. A neve ininterrupta também provocou o fechamento de escolas. Cerca de 40% dos estudantes do país, de apenas 2 milhões de habitantes, estão sem aula.

Sem poder sair de casa, milhares de eslovenos aguardam a ajuda que, se depender do tempo, deve demorar para chegar, uma vez que estradas estão bloqueadas e muitos dos transportes públicos simplesmente não funcionam. Para piorar, as autoridades pediram que os cidadãos não bebam água da torneira. A nevasca tem provocado caos na Sérvia, Croácia e Alemanha.

O mau tempo também está causando problemas na Itália, onde inúmeros rios transbordaram, invadindo casas e deixando centenas desabrigados. As fortes chuvas também afetaram diversas partes do Reino Unido. Em algumas cidades, moradores tiveram de montar barricadas em frente às suas casas para impedir a entrada da água. 

Nos Estados Unidos, os termômetros voltaram a cair, semanas após a passagem da frente fria conhecida como vórtice polar. Milhares de americanos tiveram dificuldade de deixar suas casas em meio a temperaturas abaixo de zero grau. Segundo os meteorologistas, não há previsão de os termômetros voltarem a baixar no curto prazo.
Fonte: BBC-Brasil





Na Europa

Pelo menos três mortos e oito desaparecidos é o saldo das fortes chuvas na Europa central, que causaram inundações e deslizamentos de terra em pelo menos três países. A situação mais grave este domingo estava a ocorrer em Praga, na República Checa, com pelo menos dois mortos e quatro desaparecidos. As fortes chuvadas dos últimos dias levaram as autoridades a tomar precauções para que o centro histórico da cidade não seja totalmente inundado.

A circulação de transportes públicos está limitada e oito estações de metro foram encerradas, depois de as águas do rio Vltava terem chegado a algumas partes da Cidade Velha. "Devido à atual situação, declarei o estado de perigo na região da capital", disse o presidente da câmara de Praga, Tomas Hudececk, citado pela agência Reuters. A subida do nível dos rios na República Checa levaram à evacuação de várias localidades e ao encerramento de auto-estradas e de linhas ferroviárias.

Várias barreiras de metal e pilhas de sacos de areia foram já colocadas em locais estratégicos, para evitar a repetição da tragédia das cheias de 2002, que então fizeram 17 mortos e forçaram dezenas de milhares de pessoas a saírem das suas casas. Os prejuízos financeiros foram calculados em vários milhares de milhões de euros só em Praga. Na sequência da catástrofe, o Governo da República Checa instalou um sistema anti-inundações no valor de 115 milhões de euros.

Na Áustria, pelo menos uma pessoa morreu e duas eram este domingo dadas como desaparecidas, havendo ainda cerca de 300 desalojados, em consequência de inundações e aluimentos de terra. As províncias de Voralberg, Tyrol, Salzburgo e Alta Áustria foram colocadas em estado de alerta. Em duas delas, Salzburgo e Tyrol, o tráfego ferroviário foi interrompido. Uma parte da auto-estrada que liga o país à Suíça foi encerrada. No Sul e Oeste da Alemanha, as chuvas torrenciais fizeram transbordar vários cursos de água. Duas pessoas são dadas como desaparecidas em Reutlingen (Sudoeste do país).

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Abordagem alternativa à teoria da biogeografia insular


A teoria da biogeografia insular, desenvolvida no final dos anos 60 para explicar a riqueza de espécies em ilhas, é um dos pilares da biologia da conservação. Até hoje tem sido amplamente utilizada para estimar taxas de extinção, avaliar riscos ecológicos e é aplicada frequentemente na criação de reservas naturais. No entanto, segundo um novo estudo publicado na revista “Nature”, esta teoria pode tornar-se excessivamente simplista e revelar cenários exageradamente negativos na alteração da biodiversidade quando aplicada à maioria das paisagens antropizadas.

O estudo “Predicting biodiversity change and averting collapse in agricultural landscapes” foi realizado por uma equipa da Stanford University, nos Estados Unidos da América, liderada por Chase Mendenhall e Gretchen Daily e contou com a participação de Christoph Meyer, investigador do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Os autores testaram a teoria da biogeografia insular comparando comunidades de morcegos em duas paisagens fragmentadas distintas: uma constituída por um mosaico de fragmentos florestais e áreas agrícolas na Costa Rica, e outra por um sistema de ilhas florestadas numa barragem grande no Panamá. No caso do sistema de ilhas do Panamá, o declínio verificado na riqueza específica de morcegos como resposta à perda de habitat foi concordante com as previsões da teoria da biogeografia insular.

Pelo contrário, na paisagem fragmentada da Costa Rica, um grande número de espécies persistiu em habitats agrícolas, como plantações de café, uma evidência bastante mais promissora do que previsto pela teoria insular. Estes resultados foram ainda reforçados e extrapolados a nível global, através de uma meta-análise que incluiu 29 estudos e englobou mais de 700 espécies de morcegos.

Os autores referem a necessidade de uma abordagem alternativa à teoria da biogeografia insular, para melhor explicar alterações na biodiversidade em paisagens antropizadas e concluem que “a teoria da countryside biogeography é essencial para estratégias de conservação em paisagens agrícolas, que representam aproximadamente metade da superfície terrestre do planeta e com um futuro aumento previsto”.

De acordo com Christoph Meyer, “futuras oportunidades para a conservação da vida selvagem dependerão essencialmente de uma gestão adequada deste tipo de habitats alterados, que compõem a matriz de muitas paisagens antropizadas".


terça-feira, 6 de maio de 2014

Nova Caledônia cria oficialmente a maior Área Protegida do mundo





Iniciativa com 1,3 milhão de quilômetros quadrados faz parte da estratégia de países insulares do Pacífico para a gestão de áreas de grande importância ecológica e econômica. 

O governo da Nova Caledônia, um arquipélago pertencente à França, situado na Melanésia, sudoeste do Pacífico, anunciou oficialmente a criação de uma Área Marinha Protegida (AMP) de 1,3 milhão de quilômetros quadrados – equivalente a três vezes o território da Alemanha.
A área protegida chamada Parque Natural do Mar de Corais engloba ambientes marinhos extremamente ricos em biodiversidade, já declarados desde 2008 como Patrimônio Mundial da Humanidade, uma designação oferecida pela UNESCO para locais de grande importância cultural ou natural.
O parque visa proteger o ambiente marinho, manter os serviços ambientais oferecidos pelos ecossistemas e contribuir com o desenvolvimento sustentável das atividades marítimas, declarou o governo em seu portal na internet. 
Além disso, o governo ressalta que a criação do parque contribui significativamente para o fortalecimento da rede de AMPs francesas, que passam a abranger 16% das águas sob jurisdição do país.
Nos próximos meses, um comitê de gestão será estabelecido com a missão de elaborar um plano de manejo do parque em até três anos. O plano determinará os diferentes usos permitidos em cada área do parque.
Jean Christophe, da ONG Conservação Internacional (CI), que vem apoiando vários países insulares do Pacífico em seus esforços de conservação, enfatiza que a área da nova AMP abrange formações geológicas únicas, como montes marinhos e bacias sedimentares, além de um dos maiores recifes de corais do mundo.
Entre as ameaças presentes na região, Christophe cita a pesca ilegal, o crescente trânsito de embarcações para a Austrália, e as perspectivas de mineração e exploração de petróleo em alto mar.
O anuncio dos planos (Veja a proposta) - agora confirmados - da Nova Caledônia já havia sido feito durante o 43° encontro do Fórum das Ilhas do Pacífico, em agosto do ano passado em Rarotonga, Ilhas Cook.


A iniciativa faz parte do Pacific Oceanscape Framework, uma parceria entre os países insulares da região que visa proteger, gerenciar, e sustentar a integridade cultural e natural em uma área equivalente a 10% da superfície do oceano.  
Os dezesseis países participantes da iniciativa, idealizada pelo presidente de Kiribati em 2009 com apoio da CI, se comprometeram em criar a maior rede de AMPs da Terra.
Assim, a CI também tem trabalhado com as Ilhas Cook e Kiribati na criação de AMPs de grandes proporções. No caso das Ilhas Cook, cerca de 1,2 milhões de km2 devem ser protegidos. Já em Kiribati, a Área Protegida das Ilhas Phoenix, criada em 2008 - a maior AMP do mundo na época -, abrange um dos últimos ecossistemas coralíneos intocados do mundo.
 “A Nova Caledônia quer cumprir o seu papel neste processo de engajamento internacional, regional e local pela gestão sustentável dos nossos oceanos”, disse o porta-voz do governo em nome do presidente Harold Martin no encontro do Fórum das Ilhas do Pacífico no ano passado.

Imagens cedidas pelo Governo da Nova Caledônia

O conteúdo do Instituto CarbonoBrasil possui direitos reservados, porém é liberado para organizações sem fins lucrativos desde que seja citada a fonte e incluída a URL para o portal. Em caso de dúvida, entre em contato. http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias6/noticia=737003#ixzz30wYJ3d3l
Confira também!!


2) Propostas e planos da Nova 

3) Um pouco mais sobre Unidades de Conservação e Áreas protegidas, segundo o Governo Brasileiro: http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/o-que-sao