sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tragédia da chuva que devastou Guidoval completa um mês

Passado um mês da enchente que arrasou Guidoval, na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, o município ainda enfrenta muitos problemas. Segundo a prefeitura, mas de 1,3 mil caminhões de entulhos já foram retirados das ruas. Mas o serviço só deve ser concluído daqui a 60 dias, e os moradores cobram uma solução definitiva para a ponte sobre o Rio Xopotó, que foi levada pela força das águas.

Por toda a cidade, as marcas da destruição continuam bem visíveis. O rio ainda está 80 centímetros acima do normal por causa das chuvas dos últimos dias. Em muitos pontos, o cenário ainda é de destruição, com entulhos, restos de roupas e móveis.

Um mês depois da inundação, o trabalho de construção da ponte que dá acesso à cidade está apenas começando. Ainda é possível ver a estrutura de concreto que não foi retirada do leito do rio.

A loja da comerciante Sônia Caetano ficou isolada do resto da cidade. Os clientes sumiram e para se desfazer do estoque, e diminuir o prejuízo que chegou a R$ 100 mil, ela teve que reduzir os preços. Pelo menos 300 casas estão destruídas. Na da professora Sueli Gomes, três cômodos desabaram. A família começou o trabalho de reconstrução, mas ela ainda tem medo.

No início de janeiro toda a cidade foi inundada. Dos 7 mil habitantes, 2 mil ficaram desabrigados. O Rio Xopotó subiu 15 metros, na maior enchente da história de Guidoval. A água subiu em menos de uma hora e inundou a cidade inteira, que ficou sem energia, telefone e água potável. Faltou pouco para a água encobrir as casas. Para escapar da correnteza, os moradores foram para a parte alta da cidade e o resgate era feito de helicóptero.

O principal posto de saúde ainda não voltou a funcionar e voluntários da Marinha do Rio de Janeiro trabalham na reforma de uma escola municipal. Por causa da destruição, muitas casas foram abandonadas. Segundo a prefeitura, pelo menos 100 famílias deixaram a cidade, porque não têm onde morar. Quem ficou, pede mais assistência para que a situação volte ao normal.

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), estão sendo feitos trabalhos de sondagem no local e a previsão é que a ponte definitiva fique pronta em seis meses. Nesta quinta-feira (2), o Exército começou a montar uma ponte provisória. O serviço deve ser concluído em dez dias.

FONTE: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/02/tragedia-da-chuva-que-devastou-guidoval-completa-um-mes.html

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