O plano de reconstrução elaborado pelo governo do estado será repassado à Secretaria Nacional de Defesa Civil, responsável pela liberação do recurso. Dilma garantiu que a União tomará todas as medidas necessárias para ajudar as áreas atingidas. O site dilma.com.br, inclusive, fez uma interessante análise sobre como o Brasil criou um sistema ágil para enfrentar emergências. O sistema é baseado em quatro pontos: resgate/acolhimento das vítimas; recuperação do serviços essenciais interrompidos (saúde, desobstrução de ruas); reconstrução e prevenção. Antes, os recursos demoravam até seis meses para serem liberados.
No mês passado, foram anunciados recursos para os estados de Santa Catarina e Paraná, que sofreram com as chuvas torrenciais. No final de 2013, a União também ajudou os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Ainda sobre as chuvas, as mesmas sem precedentes também atingem regiões com populações mais ricas.
Como ficarão essas chuvas devastadoras num mundo cada vez mais quente? É o que mostra uma pesquisa publicada em junho pela revista britânica Nature Climate Change, uma subdivisão da prestigiada Nature. O estudo foi coordenado por Yukiko Hirabayashi, do Instituto de Inovação em Engenharia da Universidade de Tóquio, no Japão. O grupo projetou o comportamento das chuvas mais intensas segundo 11 modelos climáticos diferentes até o ano 2100.
O resultado mostra que algumas regiões do mundo sofrerão mais com chuvas fora do normal. As regiões Sul e Sudeste do Brasil entre elas. Outros levantamentos feitos com modelos de computador no Brasil já mostravam esse risco de chuvas torrenciais. O novo estudo japonês confirma isso e dá uma contextualizada global na tendência.
O grupo de Yukiko fez um mapa onde mostra como pode mudar o ciclo de ocorrência de chuvas recordes, as que ocorrem em média uma vez a cada 100 anos. O critério adotado pelos pesquisadores foi o volume de água nos rios logo após essas tempestades. Quanto mais azul, maior a frequência da enchente do século. Quando mais vermelho, menor.
Em praticamente todo o território brasileiro, as chuvas destruidoras ficarão mais frequentes. Chuvas que ocorriam uma vez num século ocorrerão a cada 50 a 75 anos (nas zonas azul mais claro do Brasil) e a cada 25 a 50 anos (nas zonas de azul mais escuro do Brasil).
A tendência global é de mais chuvas intensas porque o aquecimento aumenta a evaporação e intensifica o ciclo da água. Agora, é preciso avisar a Defesa Civil e os prefeitos que promovem ocupação irregular em encostas ou beira de rios.
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