Cientistas da Universidade Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, apontam que as mudanças climáticas podem favorecer o espalhamento de doenças infecciosas. As conclusões foram publicadas no Philosophical Transictions B, site de artigos científicos da Royal Society.
Segundo os zoólogos Daniel Brooks e Eric Hoberg, com o aquecimento global as doenças infecciosas, transmitidas por vírus, bactérias e fungos, conseguem migrar com mais frequência e rapidez para novos hospedeiros.
Isso porque o habitat de certas espécies está sendo geograficamente deslocado, e os agentes patogênicos, organismos responsáveis pela transmissão e multiplicação das doenças, têm carregado o DNA do anfitrião anterior para infectar um novo hospedeiro.
Essa nova teoria contradiz uma anterior, segundo a qual um hospedeiro morto impediria que o parasita continuasse em sua trajetória, já que não seria capaz de evoluir com rapidez suficiente para infectar novamente.
O deslocamento favorece o contágio pois as novas espécies a entrar em contato com os agentes patogênicos não criaram uma resistência anterior a eles. Isso as torna mais vulneráveis. Pior: o risco de epidemias aumenta, já que esses parasitas podem encontrar seres humanos em seu trajeto, conforme ocorre a mudança dos habitats.
Artigo de divulgação do estudo:
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