As teorias de Howard eram surpreendentemente
precisas. Estudos realizados ao
longo do século XX determinaram que as
superfícies urbanas são mais quentes do
que as superfícies rurais por dois principais
motivos. O primeiro é que as superfícies
construídas pelo homem são compostas por
materiais escuros que prontamente absorvem
e armazenam o calor do sol. E para
exacerbar essa alta absorção do calor solar, as
construções e pavimentos formam cânions
que tendem a refletir o calor. O segundo é a
maioria dos materiais de construção é resistente
à água, portanto a água de chuva corre
e vai embora, e não consegue dissipar o calor
por meio da evaporação (ou evapotranspiração
quando existem plantas envolvidas).
Durante o dia, as temperaturas de superfícies insustentáveis e impermeáveis podem
chegar a 87,7ºC; as superfícies com vegetação de radiação em áreas urbanas. Os chamados
cânions dificultam o arrefecimento de áreas
urbanas, principalmente após o pôr do sol.
A Fig. 2.4 mostra resultados de um teste em
escala reduzida onde as proporções de altura
para a largura dos edifícios eram variadas
(Oke, 1981). A diferença entre temperatura
urbana e rural é bem maior após o pôr do sol
em áreas com edifícios altos, e o ar urbano
é resfriado mais lentamente durante a
noite. Esses resultados foram verifi cados
por meio de métodos numéricos (Arnfi eld,
1990; Voogt e Oke, 1991) e observações de
campo em várias cidades (Oke e Maxwell,
1975; Oke, 1981; Voogt e Oke, 1991; Mills e
Arnfi eld, 1993)
Fonte: Gartland, Lisa
Ilhas de calor : como mitigar zonas de calor em
áreas urbanas / Lisa Gartland ; tradução Silvia
Helena Gonçalves. -- São Paulo : Oficina de Textos,
2010.
Disponível:: https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/ofitexto.arquivos/Degustacao-Ilhas-de-Calor.pdf
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