quinta-feira, 26 de março de 2015

Ilhas de calor


As teorias de Howard eram surpreendentemente precisas. Estudos realizados ao longo do século XX determinaram que as superfícies urbanas são mais quentes do que as superfícies rurais por dois principais motivos. O primeiro é que as superfícies construídas pelo homem são compostas por materiais escuros que prontamente absorvem e armazenam o calor do sol. E para exacerbar essa alta absorção do calor solar, as construções e pavimentos formam cânions que tendem a refletir o calor. O segundo é a maioria dos materiais de construção é resistente à água, portanto a água de chuva corre e vai embora, e não consegue dissipar o calor por meio da evaporação (ou evapotranspiração quando existem plantas envolvidas). 

Durante o dia, as temperaturas de superfícies insustentáveis e impermeáveis podem chegar a 87,7ºC; as superfícies com vegetação de radiação em áreas urbanas. Os chamados cânions dificultam o arrefecimento de áreas urbanas, principalmente após o pôr do sol. A Fig. 2.4 mostra resultados de um teste em escala reduzida onde as proporções de altura para a largura dos edifícios eram variadas (Oke, 1981). A diferença entre temperatura urbana e rural é bem maior após o pôr do sol em áreas com edifícios altos, e o ar urbano é resfriado mais lentamente durante a noite. Esses resultados foram verifi cados por meio de métodos numéricos (Arnfi eld, 1990; Voogt e Oke, 1991) e observações de campo em várias cidades (Oke e Maxwell, 1975; Oke, 1981; Voogt e Oke, 1991; Mills e Arnfi eld, 1993) 

Fonte: Gartland, Lisa Ilhas de calor : como mitigar zonas de calor em áreas urbanas / Lisa Gartland ; tradução Silvia Helena Gonçalves. -- São Paulo : Oficina de Textos, 2010.
Disponível:: https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/ofitexto.arquivos/Degustacao-Ilhas-de-Calor.pdf




  






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