Com status de ameaçada e mais de 8.000 espécies endêmicas, a Mata Atlântica é um dos 25
hotspots mundiais de biodiversidade. Menos de 100.000 km2
(cerca de 7%) restam dessa floresta.
Em algumas áreas de endemismo, tudo o que restou foram imensos arquipélagos de fragmentos
minúsculos e muito espaçados. Em adição à perda de habitat, outras ameaças contribuem
para a degradação da floresta, incluindo a retirada de lenha, exploração ilegal de madeira,
caça, extrativismo vegetal e invasão por espécies exóticas – apesar de existir uma legislação para a proteção dessa floresta. Atualmente mais de 530 plantas e animais que ocorrem no
bioma estão oficialmente ameaçados, alguns ao nível do bioma, alguns nacionalmente e outros
globalmente. Muitas dessas espécies não são encontradas em áreas protegidas, o que
indica a necessidade de se racionalizar e expandir o atual sistema de unidades de conserva-
ção. Embora as iniciativas de conservação tenham crescido em número e escala durante as
últimas duas décadas, elas são ainda insuficientes para garantir a conservação da biodiversidade
da Mata Atlântica. Para se evitar mais desmatamentos e perda massiva de espécies na Mata
Atlântica brasileira, o desafio consiste na integração dos diversos instrumentos regulatórios,
políticas públicas e novas oportunidades e mecanismos de incentivo para a proteção e restauração
florestal, além dos vários projetos e programas independentes desenvolvidos pelos governos
e organizações não governamentais, em uma única e abrangente estratégia para o
estabelecimento de redes de paisagens sustentáveis ao longo da região.
Fonte:
Desafios e oportunidades para a
conservação da biodiversidade
na Mata Atlântica brasileira
MARCELO TABARELLI; LUIZ PAULO PINTO; JOSÉ MARIA C. SILVA; MÁRCIA M. HIROTA; LÚCIO C. BEDÊ. MEGADIVERSIDADE | Volume 1 | Nº 1 | Julho 2005
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