A Revista Espinhaço (ISSN: 2317-0611) é editada por professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), localizada em Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Publicada semestralmente, a revista foi lançada na segunda metade de 2012 e está aberta para o recebimento de artigos científicos originais, traduções de artigos, resenhas de livros e entrevistas nas áreas da Geografia e das Geociências. Espinhaço tem caráter interdisciplinar e recebe contribuições de profissionais de todas as áreas do conhecimento.
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Chuvas em Minas Gerais... Um prenúncio de mais prolemas...
Chuva volumosa entre MG, RJ e ES
Fonte: Climatempo.
Na última quarta-feira, 14, as áreas de instabilidade que estavam sobre o Sudeste foram reforçadas pela chegada de uma frente fria. Nuvens de tempestades se formaram entre Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e despejaram muita chuva em algumas áreas. De acordo com medições do INMET, entre 06h de quarta e 06h desta quinta-feira foram acumulados 197 mm de chuva em Teresópolis e 140 mm em Petrópolis, ambas cidades da serra do Rio de Janeiro, e 111 mm em Alegre, no sul do Espírito Santo. A região de Brumadinho, na Grande BH, registrou mais de 200 mm nesse período.
A frente fria ainda está avançando agora em direção ao Espírito Santo e ainda vai provocar mais chuva nos dois Estados. A Climatempo alerta para alagamentos, deslizamentos de terra, já que o solo está encharcado e a chuva não pára.Essas áreas também ficam em alerta para ventania. As rajadas de vento variam entre 60 e 80 km/h.
Em Minas Gerais...
Fortes chuvas que atingiram todo o Estado de Minas Gerais continuam causando muitos estragos e transtornos a população mineira. Na região Metropolitana de Belo Horizonte, em Ribeirão das Neves, quatro pessoas morreram depois de uma enorme cratera “engolir” o caminhão onde seguiam. Em Juiz de Fora, mãe e filho morreram soterrados. Alerta de tempestades e grande volume de chuva devem continuar, alertam meteorologistas.
O grande volume de chuva devem deixar atentos toda a população de Minas Gerais. Isso porque, segundo o Climatempo, diversas áreas do estado estão sujeitas à ação de uma frente fria que deve permanecer na Região Sudeste até quinta-feira (15).
Brumadinho, distante menos de 40 quilômetros da capital, registrou 214,1 milímetros de precipitação. O valor é quase 65% do esperado para todo o mês de dezembro que costuma apresentar média de 330 milímetros de chuva no período.
As principais áreas de alagamento em Belo Horizonte estão sendo monitoradas pela Defesa Civil e moradores dos Bairros Novo São Lucas e Califórnia foram orientados a sair de suas casas em razão do risco de desabamento. No comunicado emitido nesta manhã a Defesa Civil pede que os moradores de áreas de risco, susceptíveis a deslizamentos e escorregamento “fiquem atentos ao aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes em suas residências e terrenos”.
O avanço da estação de chuvas em Minas Gerais fez dobrar em menos de 24 horas o número de mortos que vinha sendo contabilizado desde o início da estação no estado. Em apenas duas ocorrências, o registro de mais cinco vítimas elevou para 10 o total de óbitos relacionados a temporais, balanço que pode subir a qualquer momento, já que pelo menos mais uma criança continua sendo procurada pelos bombeiros.
Fonte: Climatempo.
Na última quarta-feira, 14, as áreas de instabilidade que estavam sobre o Sudeste foram reforçadas pela chegada de uma frente fria. Nuvens de tempestades se formaram entre Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e despejaram muita chuva em algumas áreas. De acordo com medições do INMET, entre 06h de quarta e 06h desta quinta-feira foram acumulados 197 mm de chuva em Teresópolis e 140 mm em Petrópolis, ambas cidades da serra do Rio de Janeiro, e 111 mm em Alegre, no sul do Espírito Santo. A região de Brumadinho, na Grande BH, registrou mais de 200 mm nesse período.
A frente fria ainda está avançando agora em direção ao Espírito Santo e ainda vai provocar mais chuva nos dois Estados. A Climatempo alerta para alagamentos, deslizamentos de terra, já que o solo está encharcado e a chuva não pára.Essas áreas também ficam em alerta para ventania. As rajadas de vento variam entre 60 e 80 km/h.
Em Minas Gerais...
Fortes chuvas que atingiram todo o Estado de Minas Gerais continuam causando muitos estragos e transtornos a população mineira. Na região Metropolitana de Belo Horizonte, em Ribeirão das Neves, quatro pessoas morreram depois de uma enorme cratera “engolir” o caminhão onde seguiam. Em Juiz de Fora, mãe e filho morreram soterrados. Alerta de tempestades e grande volume de chuva devem continuar, alertam meteorologistas.
O grande volume de chuva devem deixar atentos toda a população de Minas Gerais. Isso porque, segundo o Climatempo, diversas áreas do estado estão sujeitas à ação de uma frente fria que deve permanecer na Região Sudeste até quinta-feira (15).
Brumadinho, distante menos de 40 quilômetros da capital, registrou 214,1 milímetros de precipitação. O valor é quase 65% do esperado para todo o mês de dezembro que costuma apresentar média de 330 milímetros de chuva no período.
As principais áreas de alagamento em Belo Horizonte estão sendo monitoradas pela Defesa Civil e moradores dos Bairros Novo São Lucas e Califórnia foram orientados a sair de suas casas em razão do risco de desabamento. No comunicado emitido nesta manhã a Defesa Civil pede que os moradores de áreas de risco, susceptíveis a deslizamentos e escorregamento “fiquem atentos ao aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes em suas residências e terrenos”.
Balanço das chuvas em Minas Gerais.
O avanço da estação de chuvas em Minas Gerais fez dobrar em menos de 24 horas o número de mortos que vinha sendo contabilizado desde o início da estação no estado. Em apenas duas ocorrências, o registro de mais cinco vítimas elevou para 10 o total de óbitos relacionados a temporais, balanço que pode subir a qualquer momento, já que pelo menos mais uma criança continua sendo procurada pelos bombeiros.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Os Jogos no Ensino de Geografia
Os Jogos no Ensino de Geografia
Atividade desenvolvida pela Bolsista do PIBID
Mábia Bárbara
Floresta Batista
O
presente projeto tem como finalidade a utilização de jogos como forma
alternativa para o ensino de geografia. Os jogos pedagógicos são ao mesmo tempo
lúdicos e validos numa variedade de contextos de aprendizagem e oferecem um
contato simulado com a realidade. Este instrumento possibilita um ambiente
descontraído e vivo, pois motiva os estudantes a concentrarem seus esforços
para atingir metas. Os jogos podem ser adaptados para
aplicação de conceitos trabalhados, como reforço e avaliação de uma forma não
tradicional, neste os alunos são sujeitos ativos no processo de ensino/aprendizagem. Eles também
tornam as aulas mais dinâmicas contribuindo para motivação dos alunos.
“Os jogos e as
atividades têm por objetivo a interação do aluno, precisam ir além do processo
de avaliação, devendo ser utilizados
como desenvolvimento intelectual do mesmo. Sendo assim, por meio da utilização dos jogos no processo
de ensino, a atividade pode torna-se mais interessante, atraindo o aluno e
provocando o individuo.” (SOUZA E YOKOO, 2013)
Os
jogos tendem tornar o ensino de geografia mais eficiente e dinâmico por
proporcionar técnicas que permitem desenvolver as habilidades dos alunos,
entretanto o jogo deve ser baseado em pesquisas e investigações, sendo o papel
do professor essencial no planejamento e seleção dos conteúdos a serem
trabalhados, pois as atividades lúdicas (jogos) devem ser aplicadas com uma
funcionalidade, não apenas para distrair os alunos. Outro aspecto importante é
respeitar o tempo de aprendizagem de cada estudante, ou seja, o tempo que cada
um leva para assimilar o conteúdo.
Segundo
Verri e Endlich (2009), ”Especialmente quanto ao ensino de Geografia, têm sido
constantes os registros acerca das grandes dificuldades em o que ensinar e como
ensinar a Geografia. Em meio a problematização que se encontra, uma das
primeiras a ser assinalada consiste em lembrar como essa dificuldade ocorre
pelo fato da Geografia surgir de uma concepção descritiva agravada no cotidiano
escolar pelo descompasso que existe entre o avanço da Geografia como campo
científico e a atualizante lenta, insuficiente dos livros didáticos”.
A partir de então devemos buscar
formas alternativas para o ensino, não somente de geografia, mas de todas as
disciplinas escolares, aprendizagens que irão além do que os livros didáticos,
o quadro e o giz proporcionam, somente assim poderemos ultrapassar as barreiras
da sala de aula e aprender de forma mais prazerosa e dinâmica.
Objetivo
geral:
Desenvolver
uma metodologia baseada no “jogo da velha” para o conhecimento geral dos
aspectos a respeito do surgimento da industrialização na Europa e a industrialização
tardia dos países da América Latina. Proporcionando aos alunos, de forma
dinâmica e lúdica, a revisão de tais conteúdos.
Objetivos específicos:
·
Constatar
as dificuldades enfrentadas pelos professores e estudantes no processo de
ensino/aprendizagem sobre o processo de industrialização;
·
Possibilitar
que os estudantes obtenham conhecimento do processo de industrialização Europeu
e também na América Latina;
·
Desmistificar
a culpa da não contribuição dos conteúdos para o efetivo desenvolvimento do
conhecimento;
·
Comprovar
o problema da utilização de metodologias inadequadas na perspectiva tradicional
do ensino desta ciência;
·
Valorizar
o conhecimento básico e especifico ocorridos no Brasil e no mundo;
·
Refletir
sobre metodologias desenvolvidas por professores em sala de aula a respeito da
temática proposta neste trabalho;
·
Contribuir
para o desenvolvimento de uma nova perspectiva metodológica que possa ser usada
no ensino de Geografia;
·
Desenvolver
uma melhor coordenação motora, ativar o raciocínio lógico e melhorar as
habilidades na tomada de decisões.
Desenvolvimento
A
atividade baseou-se em desenvolver a relação ensino/aprendizagem através do “jogo
da velha” uma “brincadeira” bem antiga, mas muita interessante para auxiliar no
ensino de geografia. O exercício lúdico foi desenvolvido na Escola Estadual Dr.
Mariano da Rocha, localizada na cidade de Teixeiras-Mg, nas turmas de 6º e 8º
ano do ensino fundamental. A sala foi divida em 6 grupos de 5 alunos
aproximadamente, depois de montarem os grupos foi explicado o funcionamento do
jogo, que se deu da seguinte forma:
Objetivo: proporcionar aos alunos de forma dinâmica e lúdica
a revisão dos conteúdos sobre a industrialização na Europa e na America Latina.
Material utilizado: nove cartolinas, tesoura cola, régua
e papel cartão.
Passo a passo: Medir as
dimensões da cartolina 35 cm X 38 cm.
Em seguida dividir a cartolina em 9
partes iguais, e enumera-las de 1 a 9, aderindo um número a cada parte.
Fazer um molde do X e do O, que
simbolizará cada jogador.
Formular 09 perguntas referentes ao
tema da revisão da aula: Industrialização.
Regra: Inicialmente formaram-se
as equipes, a equipe do X e a equipe do O.
A equipe que iniciou o jogo (decisão
feita através de par ou impar) escolheu o quadrado que desejava marcar o seu
símbolo e então o controlador do jogo (professor) fez a pergunta correspondente
ao número do quadrado, a equipe que acertou marcou o símbolo, já a equipe que errou
passou sua vez à outra equipe, sem obter pontuação. A equipe que primeiro
marcou a sequência de três símbolos ganhou o jogo.
Considerações finais
Os jogos são instrumentos valiosos para
o ensino, pois podem ser utilizados como ponto de partida para a construção do
conhecimento, possibilitando o desenvolvimento de conceitos e juízos. Os mesmos
podem ser retirados do cotidiano, de experiências acumuladas e de situações
pensadas e construídas pelo próprio aluno. Dessa forma, o emprego de jogos na
sala de aula possibilitará a criação de um clima prazeroso de estudo, tanto
para o estudante quanto para o professor. A sua utilização na Geografia deve
ser muita bem vista, pois ajuda no aprendizado de conteúdos pertinentes com
esses exercícios de conhecimento. Além de possibilitar que os alunos se posicionem
de maneira crítica, responsável e construtiva, no posicionamento para resolução
de seus problemas cotidianos.
Referências bibliográficas
VERRI. Juliana Bertolino;
ENDLICH. Ângela Maria. A utilização de Jogos aplicados a Geografia.
Revista Percurso – NEMO, Maringá, v.1, n.1, p.65-83, 2009.
SOUZA, I. F ;YOKOO, S. C. Jogo lúdico no ensino de geografia. Publicado
em 2009. Disponível em < http://www.fecilcam.br/nupem/anais_viii_epct/PDF/TRABALHOS-COMPLETO/Anais-CET/GEOGRAFIA/IFSouzatrabalhocompleto.pdf
>. Acesso em 14 de novembro de 2016.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
PROBLEMATIZANDO A INSCRIÇÃO SOCIOCULTURAL DO PENSAMENTO “POLITICAMENTE CORRETO” EM TEMPOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O presente trabalho resulta de uma incômoda constatação; quando o tema tratado em cursos de Formação de Professores de Geografia e em Eventos Acadêmicos é a mudança climática, observa-se que a comunidade acadêmica tem abdicado do raciocínio dialético em favor da perspectiva do “politicamente correto”, que considera a única forma admissível de abordagem. Assim, assimila e reproduz verdades convenientes que a mídia repete à exaustão. Mas por que o ponto de vista “politicamente correto” diante do tema “mudança climática” é tão mais aceito do que em outras temáticas? Neste artigo, procura-se investigar alguns aspectos que ajudam a compreender esse comportamento.
Na primeira seção, reconhece-se o secular interesse das pessoas pelo tempo e pelo clima e faz-se uma apreciação de como os processos e a evolução do tempo e do clima são percebidos. Na segunda, apresenta-se o paradigma clássico do Determinismo Climático. A terceira seção ressalta o banimento racional desse paradigma da ciência. Destaca também a cada vez maior separação das ciências sociais das ciências da natureza e a conseqüente falta de diálogo entre as áreas. Neste contexto considera-se, em especial, a trajetória da climatologia. Na quarta seção, apresentam-se alguns fatos que levaram a uma nova aproximação das ciências sociais com as ciências da natureza. Avaliam-se, também, os fatores que podem favorecer uma ressurgência de determinismos climáticos e apresentam-se algumas novas roupagens com que estes podem se apresentar. Defende-se, em última instância, a permanência do diálogo que diferencie os conceitos envolvidos na discussão para compreender-se o movimento contraditório da realidade de um mundo em mudança climática.
Para ler o artigo clique aqui.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Um ano depois...Reflexões sobre uma Paisagem em transe...
No dia 14 de novembro de 2016, a turma de Geografia das águas - GEO 423 realizou um Trabalho de Campo, onde as cidades de Barra Longa e Rio Doce foram visitadas um ano depois do rompimento da barragem da Samarco, no município de Mariana. Além destas duas cidades, fomos ao encontro dos rios do Carmo e Piranga, ambos formadores do Rio Doce, no município de mesmo nome. E por último ao mirante, no município de Santa Cruz do Escalvado, a fim de visualizar a represa hidroelétrica Risoleta Neves, também conhecida como Candonga.
Um
ano e oito dias depois, a turma de Geografia da UFV, faz a mesma pergunta. “É possível recuperar o Rio Doce e a vida dos que dele
dependem?”.
No início de novembro, pesquisadores se reuniram na UFOP, no
auditório do Instituto de Ciências Sociais aplicadas, campus Mariana, em evento
promovido pelo Greenpeace para tentar responder esta questão.
Um ano depois do ocorrido,
segundo a coordenadora da campanha de água do Greenpeace do Brasil, Fabiana
Alves, de acordo com o conteúdo apresentado pelos especialistas durante o
seminário, que se refere a resultados preliminares dos estudos, ainda não é
possível falar em números. Segundo ela, a previsão é de que as pesquisas sejam
concluídas entre dezembro e fevereiro. "O que é possível afirmar hoje,
segundo esses estudos, é que há um certo nível de toxidade na água do Rio Doce.
Matas ciliares inteiras foram perdidas e ainda hoje, um ano após o desastre,
ainda há árvores morrendo", destacou.
Na revista Galilei, a
afirmação de que o Rio está morto é estampada em matéria. Segundo a mesma, o rompimento
das barragens em Mariana-MG é um desastre social – nove mortos e 18
desaparecidos.
Porém, uma outra face da
tragédia vem se revelando: o desastre ambiental provocado pelo rompimento. Por
enquanto o Rio Doce – o mais importante de Minas Gerais – é a principal vítima. Especialistas
já declaram que ele está oficialmente morto. Uma análise laboratorial
encomendada após o desastre encontrou na água do rio partículas
de metais pesados como
chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio. Segundo Luciano
Magalhães, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando,
órgão responsável pela análise, “parece que jogaram a tabela periódica inteira” dentro do rio. Segundo ele, a
água não tem mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo
animal e humano.
Já na reportagem da BBC, embora esteja considerado
atualmente "morto", o rio Doce, que recebeu mais de 25 mil piscinas
olímpicas de lama proveniente do rompimento da barragem da mineradora Samarco,
em Mariana (MG), "vai ressuscitar" em até cinco meses, no final da
época de chuvas, em abril do próximo ano. A afirmação é de Paulo Rosman,
professor de Engenharia Costeira da COPPE/UFRJ e autor de um estudo encomendado
pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliar os impactos e a extensão da
chegada da lama ao mar, ocorrida no último domingo e que afeta a costa do
Espírito Santo.
Embora especialistas tenham divulgado previsões de
danos catastróficos, que incluiriam danos à reserva marinha de Abrolhos, no sul
da Bahia, e um espalhamento da lama por até 10 mil m², Rosman afirma que os
efeitos no mar serão "desprezíveis", que o material se espalhará por
no máximo 9 km e que em poucos dias a coloração barrenta deve se dissipar.
Essas duas posições que
surgiram a época. Todavia, segundo levantamentos realizados em 2016 pelo IGAM
(Instituto Mineiro de Gestão das Águas), foi de que o rio está completamente
infectado por partículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário,
cobre, boro e mercúrio. Isso torna a água completamente sem utilidade.
André Ruschi, biólogo e
ecólogo atuante na Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz, no
Espírito Santo, estimou o prazo de um século até que estes rejeitos possam
começar a ser eliminados. “Já estamos acostumados a lidar com vários tipos
de sonegação de informação, falsificação de resultados, etc. São empresas
historicamente inadimplentes e sempre com problemas em cumprir as exigências
dos órgãos ambientais nas suas licenças. O primeiro laudo já indicou a presença
de mercúrio na água do Rio Doce”, disse ele em entrevista ao jornal O
Tempo.
Além dos danos com os metais,
a lama fez com a biodiversidade do rio fosse exterminada. Ambientalistas
acreditam que algumas espécies que eram apenas encontradas neste rio foram
extintas. “Essa
lama vai poluindo tudo e deixando resíduos em toda a cadeia, todo o leito do
rio. E como o PH já é muito alto no rio, em 10, e é extremamente cáustico, essa
lama vai matar completamente qualquer coisa do rio, inclusive, espécies
exóticas do Rio Doce que estão extintas a partir de hoje”, disse Ruschi.
Já no início de 2016, o grupo
SOS Mata atlântica divulgou divulgou laudo técnico com
resultados obtidos em Expedição pela bacia do rio Doce. Dos 18 pontos
analisados em campo, 16 apresentaram o IQA (Índice de Qualidade da Água)
péssimo, e 2, regular. Relatório aponta que a água está imprópria para o
consumo em todo o trecho analisado.
A equipe da Fundação SOS Mata
Atlântica realizou de 6 a 12 de dezembro de 2015 uma expedição pelos municípios
afetados pelo rompimento da barragem na cidade de Mariana (MG), com o objetivo
de coletar sedimentos para análises laboratoriais e monitorar a qualidade da
água do rio Doce e afluentes impactados pela lama e rejeitos de minérios. Ao
todo, foram analisados 18 pontos em campo, percorridos 29 municípios e
coletados 29 amostras de lama e água para análise em laboratório. Desses 18
pontos, 16 apresentaram o IQA (Índice de Qualidade da Água) péssimo e 2
obtiveram índice regular.
Após uma análise sobre os discursos
e as informações obtidas, pode-se dizer que o rio biologicamente hoje está
seriamente afetado, podendo sim dizer que esteja morto. Porém, com o reinício
das chuvas, poucos ainda acreditam que as chuvas irão diluir os rejeitos. Mas, esquecem-se
de se pensar nos riscos que ainda existem nas barragens que ainda existem e que
os noticiários dão conta da preocupação do Ministério Público dos riscos de
mais rompimentos de barragens. A
pergunta ainda fica no ar, embora as experanças sejam cada vez menores da revitalização do leito e
da vida dos ecossistemas atingidos pelo mar de lama, que o Rio Doce foi submetido.
Veja dos relatórios disponibilizados.
http://giaia.eco.br/materialdesuporte/
Represa Hidroelétrica Risoleta Neves |
Dessasoreamento da Represa Candonga |
Rio Doce a jusante da Represa |
Retirada de sedimento próximo a Hidroelétrica da Candonga |
Hidroelétrica Risoleta Neves |
Represa Risoleta Neves - Candonga |
Bibliografia consultada
https://www.sosma.org.br/104435/laudo-revela-que-agua-rio-doce-permanece-impropria-para-consumo/
http://www.jornalciencia.com/e-oficial-perdemos-o-rio-doce-e-ele-esta-morto-e-agora/
http://www2.ana.gov.br/Paginas/Riodoce/default.aspx
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