O presente trabalho resulta de uma incômoda constatação; quando o tema tratado em cursos de Formação de Professores de Geografia e em Eventos Acadêmicos é a mudança climática, observa-se que a comunidade acadêmica tem abdicado do raciocínio dialético em favor da perspectiva do “politicamente correto”, que considera a única forma admissível de abordagem. Assim, assimila e reproduz verdades convenientes que a mídia repete à exaustão. Mas por que o ponto de vista “politicamente correto” diante do tema “mudança climática” é tão mais aceito do que em outras temáticas? Neste artigo, procura-se investigar alguns aspectos que ajudam a compreender esse comportamento.
Na primeira seção, reconhece-se o secular interesse das pessoas pelo tempo e pelo clima e faz-se uma apreciação de como os processos e a evolução do tempo e do clima são percebidos. Na segunda, apresenta-se o paradigma clássico do Determinismo Climático. A terceira seção ressalta o banimento racional desse paradigma da ciência. Destaca também a cada vez maior separação das ciências sociais das ciências da natureza e a conseqüente falta de diálogo entre as áreas. Neste contexto considera-se, em especial, a trajetória da climatologia. Na quarta seção, apresentam-se alguns fatos que levaram a uma nova aproximação das ciências sociais com as ciências da natureza. Avaliam-se, também, os fatores que podem favorecer uma ressurgência de determinismos climáticos e apresentam-se algumas novas roupagens com que estes podem se apresentar. Defende-se, em última instância, a permanência do diálogo que diferencie os conceitos envolvidos na discussão para compreender-se o movimento contraditório da realidade de um mundo em mudança climática.
Para ler o artigo clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário