quinta-feira, 16 de julho de 2015

Livros de Climatologia



Lucí Hidalgo Nunes investiga o vínculo entre os processos recentes de urbanização e as catástrofes ambientais na América do Sul – região cada vez mais caracterizada pela concentração de pessoas em megalópoles. Em Urbanização e desastres naturais a pesquisadora apresenta um grande levantamento dos desastres hidrometeorológicos e climáticos, geofísicos e biológicos registrados nesta parte do continente americano entre 1960 e 2009, considerando suas evoluções temporais quanto ao número de ocorrências calamitosas, óbitos, afetados e prejuízos econômicos.
Com a crescente urbanização, as atividades de planejamento e prevenção requerem esforços financeiros e intelectuais cada vez mais intensos. Por sua consistência de pesquisa e interesse público na solução de problemas, este livro surge já como marco para uma nova abordagem sobre o assunto, que no futuro pode evitar imensos prejuízos e, acima de tudo, contribuir para que vidas humanas sejam poupadas de tragédias evitáveis.



Experimentos em Climatologia Geográfica retrata pesquisas realizadas no Brasil, em Portugal, na França e no Chile, envolve a articulação de grupos de pesquisas de diversas instituições de ensino superior, programas de pós- graduação e institutos de pesquisa. O livro, com dezenove capítulos, apresenta textos contendo técnicas de pesquisa em estudos climáticos em diversas temáticas e escalas, prioriza e aponta os procedimentos e os métodos utilizados. Discorre sobre o uso de equipamentos, e avaliação de métodos estatísticos, de SIGs e de Geoprocessamento no âmbito da Climatologia Geográfica.O objetivo da obra é contribuir essencialmente na execução de trabalhos nos níveis de graduação e pós-graduação, demonstrar as potencialidades de pesquisa exigentes, a diversidade das temáticas e aquilo que está sendo pesquisado na Climatologia Geográfica.




 

 O livro apresenta artigos de docentes e pós-graduandos dos laboratórios de climatologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP de Presidente Prudente (Brasil) e da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal). Ainda que o tema central das contribuições seja o da climatologia urbana, o livro foi bem organizado em 12 capítulos. Os seis primeiros apresentam contribuições teóricas e metodológicas da climatologia geográfica.

 Escrita para alunos e professores dos cursos de graduação e de pós-graduação — em Geografia, Arquitetura, Ecologia, Ciências Ambientais, Meteorologia, Engenharia Ambiental, dentre outros —, a obra tem como principal objetivo ampliar, dentro da disciplina Climatologia, a abordagem do clima, vinculando-o às interações atmosfera-superfície e tratando-o como um “complexo vivo”. Apresenta os princípios basilares da Escola Brasileira de Climatologia Geográfica e vários conceitos que apoiam a tomada de decisão no tratamento das informações meteorológicas (coleta, tabulação e organização de dados). Ensina a tratar estatisticamente os dados meteorológicos, a abordá-los sob o ponto de vista rítmico (dinâmico) e descreve algumas das inúmeras aplicações que a Climatologia Geográfica oferece à melhor compreensão do clima.




 O que faz a asa-delta voar? O que é o fenômeno El Niño? Como são formados os desertos? Qual a diferença entre furacão e tornado? Perguntas cotidianas, feitas por alunos e reunidas pela autora durante seus mais de 15 anos de experiência no ensino de Climatologia, servem como ponto de partida para explicar conceitos e fenômenos climáticos de forma prática e original.
Ricamente ilustrada, a obra utiliza exemplos práticos para explicar os principais conceitos da Climatologia Geral, como movimentos de rotação e translação da Terra, radiação solar, umidade, precipitação e circulação atmosférica. Ao final do livro, a autora discute o aquecimento global e as polêmicas que o envolvem, levando o leitor a refletir sobre esse importante tema.
Climatologia fácil é uma referência prática e descomplicada para alunos de graduação em Geografia e Meteorologia e professores de ensino fundamental e médio, assim como todos aqueles 
interessados em conhecer mais sobre os fenômenos
 climáticos a partir de exemplos do nosso dia a dia.






A esta altura de minha vida, ultrapassados os oitenta anos, apelei para os co-autores do presente trabalho, a fim de discutirmos a diretriz a ser tomada sobre a “divulgação” de uma obra que tem demorado a atingir uma prática mais efetiva, já que se desenvolve por mais de meio século. Espero que o presente esforço de divulgação surta algum efeito em benefício dos estudantes de Geografia e jovens geógrafos, e que, no exterior, ele possa merecer alguma atenção como meio de constatar que, no hemisfério sul, na América Latina e, mais especificamente, no Brasil – em esforço de desenvolvimento econômico e cultural –, também podemos propor algo relativo à área.
Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro





Nenhum comentário:

Postar um comentário