quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tornado no Paraná

Os moradores de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, que tiveram várias casas destruídas por causa do tornado que atingiu a região na noite de segunda-feira (13), enfrentam a cheia do Rio Marrecas, que cruza a cidade. Para evitar a possibilidade de alagamentos, algumas famílias em área de risco tiveram que deixar suas residências na manhã desta quarta-feira (15).

A chuva atinge todo o Paraná desde sexta-feira (10) e deve continuar ao menos até esta quinta-feira (16). Segundo o Corpo de Bombeiros, até a manhã desta quarta, o nível do Rio Marrecas tinha subido quatro metros acima do normal.

O último boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado às 18h de terça-feira (14), mostra que as tempestades dos últimos dias deixaram 71 pessoas feridas em 42 municípios atingidos. Ao todo, 21.263 pessoas foram prejudicadas por causa dos alagamentos e destelhamentos.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural de Francisco Beltrão estima que os prejuízo no interior do município, área mais atingida, passem de R$ 5 milhões. De acordo com o levantamento, pelo menos 25 propriedades rurais foram atingidas.

Em apenas uma propriedade, onde uma área de reflorestamento foi devastada com os ventos, o prejuízo chega a R$ 1,2 milhão. Em outra propriedade, dois aviários foram destruídos e 60 mil pintinhos morreram. Perda de cerca de R$ 800 mil.

Um tornado é uma coluna de ar que gira em forma de redemoinho em uma velocidade que pode ultrapassar os 400 km/h. A Escala Fujita, de classificação dos ventos, começa em 65 km/h e chega a mais de 500 km/h. O F0 é o mais fraco e o F5 é considerado o mais forte.

Por meio de análise de imagens, o Sistema Tecnológico Simepar, que atua em parceria com o Governo do Estado, e a Somar Meteorologia já haviam classificado o evento meteorológico como tornado. Porém, ainda não é possível comprovar a intensidade do fenômeno.

“O fenômeno surge da formação de uma grande nuvem de tempestade, chamada de supercélula, provocada por um grande contraste de massas de ar diferentes, uma quente e uma fria, se chocando e forçando ventos fortes saírem da nuvem, em formato de funil, que toca o solo, funcionando como um aspirador gigante e que vai sugando tudo o que encontra. Mas, diferente de uma tempestade, os estragos são concentrados em pequenas áreas”, completa a especialista.
 






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