Thomas Lovejoy parece igualmente à vontade vestindo roupas adequadas para andar no mato ou paletós e gravatas-borboleta de estampas variadas. A versatilidade denota uma rara habilidade de transitar entre a selva, produzindo ciência, e as salas de governo, discutindo políticas ambientais, que valeu a esse biólogo norte-americano uma série de prêmios por suas contribuições à compreensão e defesa da biodiversidade. Lovejoy ganhou o reconhecimento da comunidade científica também por ter criado a expressão diversidade biológica, hoje de uso corriqueiro. “Falávamos sobre diversidade biológica, mas não tínhamos o termo”, ele contou.
Formado em biologia em Yale e professor na Universidade George Mason desde 2010, Lovejoy foi à Amazônia pela primeira vez em 1965 para fazer o doutorado. Não saiu mais. Ao lado de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ele ajudou a criar e, desde os anos 1970, lidera um experimento de grande escala que investiga o funcionamento de fragmentos florestais e os efeitos do desmatamento sobre a diversidade de espécies de animais e plantas (
ver Pesquisa FAPESP n. 205). Desde o início, esse trabalho norteou o planejamento de áreas de preservação na Amazônia.
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Thomas Lovejoy |
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