sábado, 12 de novembro de 2011

Mensurando o campo térmico de Copacabana-RJ - Parte 6

Boa noite, Galera. Desculpem-nos pela demora do post número 6 sobre Copacabana, mas agora apresentamos as fotos que foram registradas por dentro de Copacabana no dia 29 de outubro de 2011, dia onde foi realizado as medidas dos parâmetros climáticos de campo, bem como as entrevistas com a população residente.


Para muitos dos acadêmicos, a oportunidade de copacabana despertaram várias impressões. Mas para resumir, gostaríamos de apresentar a poesia luar em copacabana, como trilha sonora das imagens que seguem este post.

LUAR EM COPACABANA


Autor - Celso Japiassu


Névoa e gás envolvem a lua,

paredes e muros de Copacabana.

Reflexos imitam a lua, deságuam

nas línguas negras,

são estranhos animais.

Invisível-indivisível, o corpo

anda : corpos velhos sob a lua.

Os velhos passam, não são vistos.

São peixes transparentes contra a água

de outros corpos na rua.

Entre o mar e os edifícios

o areal rompe as ondas,

suja os olhos e a boca,

constrói no ar seu roteiro.

Deixa traços no caminho.

Uma noite sem mistério

ou sonho. Um homem senta-se ao bar,

aspira o hálito do tempo,

bebe ao futuro. As horas,

uma a uma, desperdiçam seus sinais.

O movimento dos vultos,

cães silenciosos, homens apagados

misturados ao trânsito da noite.

O tempo espelha sua lâmina

no refluxo das águas.

O sereno, as sombras e o silêncio

juntam-se nas esquinas das ruas

e avenidas do Leme ao Posto Seis.

Transitam além dos olhos, na alma

que não consegue adormecer.

Há um território do sono

explorado pelo mar e seus ruídos ,

habitação do medo , onde fantasmas

balbuciam sortilégios e os mortos

são aves recolhidas pelo vento .






















Fotos - Bioclima - UFV

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