quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Brasil não assina acordo da Cúpula do Clima


A Cúpula do Clima terminou com o compromisso assumido por 150 países e organizações de reduzir o desmatamento pela metade até 2020, e zerá-lo totalmente até 2030. Porém, o Brasil não assinou a Declaração de Nova York, pois, segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro não foi convidado a participar do processo de preparação do documento e por isso não pôde se comprometer com as metas estabelecidas.

O Itamaraty explicou que a carta não é um documento oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) e que, portanto, só deve ser seguido pelos signatários. Além do objetivo de acabar com o desmatamento, o documento estabeleceu outras metas, como a redução das emissões de gás carbônico de 400 milhões a 450 milhões de toneladas por ano, nos próximos seis anos, ou 2 bilhões de toneladas no total, também até 2020.

Já a assessoria do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio) acrescentou que a carta permanece aberta para outros países e entidades assinarem. Destacou ainda que as negociações acerca dos compromissos que os países devem assumir para combater o aquecimento global seguem até o ano que vem, quando será realizada a 21ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-21), em Paris.

A cúpula do clima ocorreu nesta terça-feira (23/9/2014), na sede das Nações Unidas, em Nova York. Participaram chefes de Estado, de Governo e representantes de 125 países. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou o encontro para engajar os países a se comprometerem com o tema, dada a necessidade de um consenso quanto ao acordo político sobre o clima. Segundo a ONU, a reunião foi o maior encontro já organizado para discutir as mudanças climáticas.

Dilma defende que a luta contra as mudanças climáticas não é nociva à economia

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff defendeu, durante discurso na Cúpula do Clima, que o combate às mudanças climáticas não é danoso para a economia.

– A redução das emissões e as ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável – afirmou a presidente, que defendeu que os países desenvolvidos devem ter maiores responsabilidades no combate ao aquecimento global.

*Agência Brasil

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