quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Chuvas no Sul do Brasil - 2/9/2014


Novas áreas de instabilidade crescem entre o Paraguai, a Argentina e a Bolívia e avançam para o Sul do Brasil nesta terça-feira (2/9/14). As nuvens carregadas voltam a se formar devido a queda da pressão do ar que está ocorrendo entre estes três países. Além disso, ventos marítimos de uma massa polar vão levar muita umidade para o interior da Região Sul do Brasil, o que facilita o crescimento das nuvens e aumenta o potencial para chuva. Os ventos nos níveis elevados da atmosfera vão ajudar a aumentar e a espalhar as nuvens carregadas sobre o Sul do Brasil.




As nuvens muito carregadas que provocaram ventania, chuva intensa e granizo nos Estados do Sul estão saindo da Região. A sequência de imagens de satélite mostra que pouco antes das 21 horas, as nuvens de tempestade se concentravam sobre o centro-leste e norte do Paraná. O Rio Grande do Sul, onde os temporais ocorreram pela manhã, já estava com pouca nebulosidade. Em Santa Catarina, as nuvens também já haviam diminuído bastante, depois dos temporais à tarde.



Nesta quarta-feira, as áreas de instabilidade enfraquecem sobre o Sul, mas ainda vão deixar muitas nuvens sobre a Região. Pancadas de chuva voltam a ocorrer sobre Santa Catarina e Paraná, mas sem a ocorrência de ventania. Não deve chover sobre o Rio Grande do Sul.

Porém, a população do Rio Grande do Sul deve ficar atenta, pois uma nova frente fria vai influenciar o Rio Grande do Sul no sábado e a ventania deve voltar.

A tabela mostra as rajadas de vento mais intensas registradas sobre o Sul do Brasil em 2 de setembro de 2014, com dados do Instituto Nacional de Meteorologia. A ventania, a chuva forte e o granizo causaram estragos em muitas cidades dos três estados.



Nuvens muito carregadas passaram sobre a serra gaúcha causando temporais com muita chuva e ventania nesta terça-feira. Às 14 horas, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou uma rajada de vento com 150 km/h em Vacaria, na serra gaúcha. Esta velocidade é extremamente elevada e é compatível com a ocorrência de tornado. Uma rajada é um vento de curta duração e com velocidade acima da média que vinha ocorrendo num dado período.

A análise das imagens do radar meteorológico do Morro da Igreja, operado pela Aeronáutica, mostrou áreas de chuva muito intensa (representadas pelos tons de vermelho) que passaram sobre o norte e nordeste do Rio Grande do Sul  atingindo a serra gaúcha, e avançando sobre a serra de Santa Catarina e outras áreas do interior deste estado.





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