domingo, 8 de maio de 2016

As marcas do Homem na Floresta

As marcas do homem na floresta: história ambiental de um trecho urbano de mata atlântica, publicado pela Editora PUC-Rio, faz uma análise interdisciplinar das resultantes de ocupação históricas na zona oeste do Rio de Janeiro, em especial na região do maciço da Pedra Branca e no bairro do Camorim. Revela que no período colonial, época em que a população da cidade ainda era bastante reduzida, a produção de açúcar exigiu um consumo relativamente alto de recursos florestais; traça, também, o caminho de Magalhães Correia, um dos primeiros a descrever, no periódico O Sertão Carioca, da década de 1930, a vida dos moradores dessa região; e, ainda, fala dos efeitos, para a região, da expansão desordenada de atividades econômicas agro-pastoris das últimas décadas.

O livro, organizado por Rogério Ribeiro de Oliveira, está divido em seis capítulos que, um por um, tratam das marcas deixadas por cada um dos “instrumentos” utilizados pelo homem em sua expansão territorial, tais como a enxada (no desenvolvimento da agricultura), o machado (na época dos engenhos), e a fumaça (que chega com a indústria).

Em um projeto desenvolvido pelo Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente da PUC-Rio (Nima), professores e alunos se aliaram a moradores da região no sentido de resgatar sua história e o sentido de pertencimento ao lugar onde habitam. Juntos, moradores, historiadores, ecólogos, geógrafos e botânicos estudaram o passado e os signos impressos na mata atlântica do maciço da Pedra Branca para, por fim, entender o presente e balizar o seu futuro.


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