quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Região Serrana do Rio de Janeiro: Abandonada à própria sorte.

Cadê o governo? Ninguém faz nada, só promete. Casa, casa... Eu ajudei muito e agora que eu preciso, ninguém ... é duro”, suplica, com a voz embargada pelo choro, o aposentado Procó, que há seis viu sua casa ficar debaixo d’água, no Buraco do Sapo, em Itaipava, distrito de Petrópolis. Ele é um moradores que perdeu tudo na tragédia da Região Serrana do Rio, em janeiro deste ano. O aposentado, que mora há 35 anos no mesmo local, conta que a casa dele ficou debaixo d’água. Até hoje ele não sabe para onde vai com a mulher. Ele integra o grupo de 61 famílias das 1.700 que ficaram desabrigadas, que não foram incluídas no aluguel social e que continuam vivendo em áreas de risco que foram devastadas pela enchente, que matou 74 pessoas no município. Das casas que sobraram no Buraco do Sapo, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ainda decidiu quais terão que ser derrubadas. A indefinição impede que os moradores tomem decisões sobre o futuro. “Estou morando num cômodo que é da gente, numa quitinete pequenininha. Mas minha filha sente falta de ter um quarto dela”, disse a moradora Margarida Quintella. O marido, o artesão Daniel Quintella, complementa: "Por enquanto a gente não sabe o que fazer, eles não dão decisão nenhuma”. A prefeitura de Petrópolis admitiu que foi um erro não ter incluído esses moradores no aluguel social. Mas o prefeito ainda não sabe o que fazer com essas famílias. "A prefeitura vai acompanhar de perto todo o processo para que possamos resolver caso a caso. Essas pessoas trabalharam a vida inteira para construir suas casas. Então, é preciso ter respeito”, explica o prefeito Paulo Mustrangi.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/07/ninguem-faz-nada-so-promete-diz-vitima-da-tragedia-da-regiao-serrana.html

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