A passagem de ano é um momento para muitos de alegria e
confraternização. Momento de fazer o balanço do ano que se foi e de planejar as
novas conquistas. E no mês de janeiro, verão no hemisfério sul, as chuvas se
avolumam, porém, de maneira nefasta os problemas decorrentes do aumento da
vulnerabilidade do espaço que apenas cresce, mas não se urbaniza acarreta
desastres, catástrofes, que ocupam as manchetes dos jornais em mais um início
de ano. E uma das causas mais conhecidas dos problemas das enchentes, cheias,
inundações, alagamentos e outros fenômenos decorrentes da relação entre
superfície e os sistemas atmosféricos é a maneira pela qual nos apropriamos do
espaço, muitas das vezes sem uma organização adequada e uma urbanização
necessária, antes mesmos de se ocupar. Além disso, há um fator tão importante
quanto, que se refere a aplicação dos recursos financeiros que os governos das
cidades já atingidas anteriormente.
Segundo levantamento realizado pelo
jornal o globo no portal transparência, da secretaria estadual de Fazenda, dos
600 milhões de reais previstos para serem aplicados nos sistema de recuperação
de localidades atingidas por catástrofes, sob responsabilidade da secretaria
estadual de obras, apenas 33% do montante foi utilizado após as chuvas de
janeiro de 2011, ou seja, dois anos depois . No levantamento feito pelo
GLOBO, há outros programas cujos recursos não foram gastos totalmente. O Morar
Seguro, que paga aluguel social e ajuda a retirar famílias de áreas de risco,
por exemplo, tinha uma previsão no ano passado de R$ 153 milhões, mas apenas R$
81 milhões (52%) foram aplicados. Segundo o Portal da Transparência, a execução
desse programa é de responsabilidade das secretarias de Obras e de Assistência
Social. Já o programa Infraestrutura e Urbanização em Municípios, do
Departamento de Estradas de Rodagem (DER), tinha uma estimativa inicial de R$
107 milhões, que caiu para R$ 89 milhões. Mas só foram de fato liquidados R$ 60
milhões (67% de R$ 89 milhões). A construção de casas populares também não
acompanhou a programação apresentada pelo estado. De um total de R$ 100
milhões, a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) liquidou R$ 71 milhões. A
Cehab nega e diz que aplicou R$ 150 milhões, contrariando os dados obtidos pelo
GLOBO no site da Secretaria de Fazenda.
Estado tem 2.611 desabrigados e desalojados
De acordo com balanço divulgado na sexta-feira pela
Defesa Civil estadual, uma pessoa ainda está desaparecida em Caxias. No total,
já são 2.611 desabrigados ou desalojados. Caxias é a cidade mais prejudicada,
com mil desalojados e 276 desabrigados, seguida de Belford Roxo (550
desalojados e oito desabrigados) e Angra dos Reis (320 desalojados e 160
desabrigados). Em Paracambi, há registro de 30 desalojados. As chuvas atingiram
também Teresópolis, Petrópolis, Mangaratiba e Seropédica.
Fonte: Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/estado-utilizou-apenas-um-terco-do-orcamento-para-recuperar-areas-atingidas-por-desastres-7203128.html#ixzz2H7pM91w2
A seguir está na sequencia as cartas sinóticas (da marinha - DHN) do evento de chuva causado pela chegada de uma frente fria (sistema extra-tropical), que atuou na região sudeste entre os dias 2 e 3 de janeiro de 2012.
Carta Sinótica do dia 2/1/2013 - 00 z. Fonte: DHN |
Carta Sinótica do dia 2/1/2013 - 12 z. Fonte: DHN |
Carta Sinótica do dia 3/1/2013 - 00 z. Fonte: DHN |
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