sábado, 5 de janeiro de 2013

Águas de Janeiro - Parte 1.

A passagem de ano é um momento para muitos de alegria e confraternização. Momento de fazer o balanço do ano que se foi e de planejar as novas conquistas. E no mês de janeiro, verão no hemisfério sul, as chuvas se avolumam, porém, de maneira nefasta os problemas decorrentes do aumento da vulnerabilidade do espaço que apenas cresce, mas não se urbaniza acarreta desastres, catástrofes, que ocupam as manchetes dos jornais em mais um início de ano. E uma das causas mais conhecidas dos problemas das enchentes, cheias, inundações, alagamentos e outros fenômenos decorrentes da relação entre superfície e os sistemas atmosféricos é a maneira pela qual nos apropriamos do espaço, muitas das vezes sem uma organização adequada e uma urbanização necessária, antes mesmos de se ocupar. Além disso, há um fator tão importante quanto, que se refere a aplicação dos recursos financeiros que os governos das cidades já atingidas anteriormente.

Segundo levantamento realizado pelo jornal o globo no portal transparência, da secretaria estadual de Fazenda, dos 600 milhões de reais previstos para serem aplicados nos sistema de recuperação de localidades atingidas por catástrofes, sob responsabilidade da secretaria estadual de obras, apenas 33% do montante foi utilizado após as chuvas de janeiro de 2011, ou seja, dois anos depois . No levantamento feito pelo GLOBO, há outros programas cujos recursos não foram gastos totalmente. O Morar Seguro, que paga aluguel social e ajuda a retirar famílias de áreas de risco, por exemplo, tinha uma previsão no ano passado de R$ 153 milhões, mas apenas R$ 81 milhões (52%) foram aplicados. Segundo o Portal da Transparência, a execução desse programa é de responsabilidade das secretarias de Obras e de Assistência Social. Já o programa Infraestrutura e Urbanização em Municípios, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), tinha uma estimativa inicial de R$ 107 milhões, que caiu para R$ 89 milhões. Mas só foram de fato liquidados R$ 60 milhões (67% de R$ 89 milhões). A construção de casas populares também não acompanhou a programação apresentada pelo estado. De um total de R$ 100 milhões, a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) liquidou R$ 71 milhões. A Cehab nega e diz que aplicou R$ 150 milhões, contrariando os dados obtidos pelo GLOBO no site da Secretaria de Fazenda.

Estado tem 2.611 desabrigados e desalojados
De acordo com balanço divulgado na sexta-feira pela Defesa Civil estadual, uma pessoa ainda está desaparecida em Caxias. No total, já são 2.611 desabrigados ou desalojados. Caxias é a cidade mais prejudicada, com mil desalojados e 276 desabrigados, seguida de Belford Roxo (550 desalojados e oito desabrigados) e Angra dos Reis (320 desalojados e 160 desabrigados). Em Paracambi, há registro de 30 desalojados. As chuvas atingiram também Teresópolis, Petrópolis, Mangaratiba e Seropédica.



A seguir está na sequencia as cartas sinóticas (da marinha - DHN) do evento de chuva causado pela chegada de uma frente fria (sistema extra-tropical), que atuou na região sudeste entre os dias 2 e 3 de janeiro de 2012.

Carta Sinótica do dia 2/1/2013 - 00 z. Fonte: DHN

Carta Sinótica do dia 2/1/2013 - 12 z. Fonte: DHN

Carta Sinótica do dia 3/1/2013 - 00 z. Fonte: DHN


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