Chuvas e dinâmica atmosférica no Estado do Rio de Janeiro
Fonte: Climatempo.
As imagens de satélite do fim da tarde desta terça-feira mostraram
claramente o enfraquecimento das áreas de instabilidade sobre o Rio de Janeiro.
Na imagem de 8h59, a cor azul clara indicava nuvens com potencial para muita
chuva. Na imagem das 18h28, mais de 10 horas depois, a área de chuva volumosa
não aparecia mais. As nuvens mais carregadas (azul médio) estavam se afastando
da região de Nova Friburgo. A maior parte do Grande Rio estava debaixo de
nuvens com potencial para chuva fraca a moderada. A previsão para esta
sexta-feira (6/1/2013) é de que o centro-sul do Estado do Rio permaneça nublado
e tenha mais chuva. Mas a chuva não deve ser contínua e generalizada como
hoje e nem tão volumosa. Para o fim de semana, a previsão é de períodos com sol
e maior aquecimento do ar, o que vai gerar pancada de chuva especialmente à
tarde e à noite, mas em áreas isoladas.
Chuva supera 100 mm em várias áreas da cidade do Rio de Janeiro
Por volta das 18 horas, a chuva começou a enfraquecer no Rio. No período
de 24 horas, o Sistema Alerta Rio registrou mais de 100 mm de chuva em várias
regiões da cidade. Entre 18h50 de 2 de janeiro de 2013 e 18h50 de 3 de
janeiro, choveu 167 mm em Mendanha e aproximadamente 156 mm em Campo Grande,
128 mm em Bagu e 127 mm em Santa Cruz. As regiões do Alto da Boa Vista e
Jacarepaguá/Tanque acumularam cerca de 111 mm neste período. Os volumes de
chuva acumulados em 24 h foram muito elevados. Tecnicamente, volumes de chuva
de 100 mm, em 24 horas, já são excepcionais e não ocorrem com freqüência. Esta
quantidade de chuva pode ocorrer em qualquer local e tem normalmente causa
grandes alagamentos e transbordamento.
Última
Atualização: 18:50 – 03/01/2013 – Horário Brasileiro de Verão
Estação
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Hora Leitura
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16,6
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Situação
da chuva no Estado do RJ
A chegada
de uma frente fria ontem ao Rio de Janeiro favoreceu a formação de nuvens muito
carregadas que provocaram temporais em áreas do centro-sul do Estado. Os
volumes que já foram acumulados na Serra e na Baixada Fluminense são
extremamente altos e estas áreas seguem em alerta nesta
quinta-feira (3/1/13) para o risco de enchentes e deslizamentos de terra, pois
há condições para mais chuva.
De acordo
com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia, entre às 15 horas de do dia
2/1/13 (quarta-feira) e às 6 horas desta quinta-feira (3/1/13), foram
acumulados 169 mm em Xerém. Em Teresópolis foram acumulados 130
mm entre às 18 horas de 2/1/2013 e às 6 horas do doa 3/1/2013. A
imagem abaixo, do radar meteorológico, mostra que por volta das 6h30 da manhã
muitas áreas de chuva ainda eram observadas no Estado do Rio de Janeiro e
haviam alguns núcleos de chuva forte no Grande Rio.
Clipping!
Os municípios de Teresópolis e Petrópolis, na região serrana do
Rio, continuam em estado de alerta devido à chuva que atinge todo o estado. Em
entrevista à Rádio Nacional, o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo,
informou no dia 4/1/2013 que cerca de 30 pessoas ainda estão desalojadas em
casas de parentes e que o serviço de engenharia da prefeitura está fazendo o
laudo técnico para saber se houve perda total ou parcial dos imóveis dos
moradores. "Acabamos de assumir a prefeitura, e ainda estamos dando
um diagnóstico muito superficial da situação”, disse. “Este período é muito
crítico, por isso é muito importante contar com a colaboração de todos. Nós
estamos trabalhando de maneira muito entrosada com a Defesa Civil. Com a
diminuição da chuva e a queda de temperatura, tenho a esperança de que nós
conseguiremos melhorar a limpeza da cidade, que estava cheia de lixo, uma
situação bem similar à de Caxias [município da Baixada Fluminense".
Em Teresópolis, mesmo com a diminuição da chuva, o risco de
deslizamentos na cidade também preocupa as autoridades. De acordo com o último
boletim da Defesa Civil, divulgado hoje (4), 50 pessoas estão desalojadas. Não
houve registros de ocorrências na noite de ontem (3) nem na madrugada desta
sexta-feira. Treze moradores da Ilha do Caxangá, no bairro do Caxangá, foram
encaminhados para um ponto de apoio da prefeitura, após a queda de uma árvore.
Além do bairro Caxangá, sete áreas permanecem em estado de atenção: Santa
Cecília, Vale da Revolta, Fonte Santa e Quinta Lebrão, assim como as
comunidades do Rosário, Pimentel e Perpétuo, no bairro de São Pedro, onde os
agentes fazem vistorias para confirmar o número de desabrigados.
Segundo a Defesa Civil de Teresópolis, nas últimas 24 horas houve
um acumulado de 70 milímetros de chuva, volume máximo registrado este ano no
bairro da Tijuca, onde fica a sede do órgão. A chuva também obrigou as
autoridades a interditar a BR-116 no trecho da serra na madrugada desta
sexta-feira. O bloqueio vai do km 89 até o km 104, entre Guapimirim e
Teresópolis. Segundo a Concessionária Rio-Teresópolis, que administra a via que
liga o Rio a Teresópolis, a medida foi tomada por precaução por causa do alto
risco de deslizamentos. O trecho, que deveria ser liberado às 19h45, só deve
ser aberto ao tráfego às 22h, segundo a empresa.
Clipping!
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mercado de
seguros privados nacional colocou-se à disposição do governo federal para
ajudar a montar um seguro anticatástrofe no país. A informação é do presidente
da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), Jorge Hilário Gouvêa
Vieira.
“Não é possível o governo arcar
sozinho com a responsabilidade de indenizar flagelados da seca ou gente que
teve suas propriedades destruídas pelas enchentes e deslizamentos que tivemos
nos últimos tempos”, disse. Segundo Gouvêa Vieira, o mercado está à
disposição do governo “para mitigar esse custo do Tesouro [Nacional], para
ajudar na prevenção do risco e também na cobertura”. Para ele, dessa forma, também
o povo brasileiro terá um custo menor. Dados da CNseg mostram que cerca de
mil pessoas morreram em consequência de deslizamentos e enchentes no país no
ano passado. As perdas materiais totalizaram R$ 1,6 bilhão e as perdas
seguradas, cerca de R$ 90 milhões. A enchente da região serrana fluminense
foi a terceira maior catástrofe natural, em número de mortes, registrada em
2011 no mundo, perdendo apenas para o terremoto seguido de tsunami no Japão, em
março, com mais de 20 mil mortos, e para as tempestades tropicais nas
Filipinas, no final do ano. De acordo com estudo recente do Lloyd's de
Londres, o Brasil enfrenta um déficit de seguro anualizado de US$ 12,68
bilhões. Isso representa riscos para o país, “incluindo um ônus desnecessário
cobrado do Estado e um custo mais alto de recuperação após desastres",
mostra o estudo. Para a CNseg , isso significa que em países com um baixo
nível de seguros, o Estado arca com uma proporção excessiva do custo das
catástrofes naturais. Segundo a entidade, um aumento de 1% no alcance dos
seguros em um país pode reduzir a responsabilidade do Estado em até 22%.
Clipping - Petrópolis.
A Coordenadoria de Defesa Civil de Petrópolis registrou 44
ocorrências devido às fortes chuvas que atingem a cidade desde a madrugada
desta quinta-feira (3/1). No bairro Siméria, duas casas foram destruídas por
deslizamentos de terra, três foram parcialmente danificadas e outras três
interditadas, deixando oito famílias desalojadas. O prefeito Rubens
Bomtempo, que na última quarta-feira decretou estado de calamidade pública na
saúde, chegou às 4h30 na Defesa Civil para comandar pessoalmente as operações.
Ele anunciou que a prioridade é restabelecer os acesso as das regiões mais
atingidas e já solicitou dez caminhões da Comdep e equipes de limpeza para a
retirada do lixo, entulho e das barreiras.
O maior índice pluviométrico foi de 165 milímetros, em 24 horas de
chuva, registrado na região do Siméria e Alto Independência. A Rua Coronel
Veiga, o Centro e o Bingen tiveram pontos de alagamento. Por conta de
deslizamentos de terra, as ruas Vital Brasil e Manoel Francisco de Paula, no
Siméria, foram interditadas, mas liberadas após serem limpas.
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