Os municípios de Teresópolis e
Petrópolis, na região serrana do Rio, continuam em estado de alerta devido à
chuva que atinge todo o estado. Em entrevista à Rádio Nacional, o prefeito de
Petrópolis, Rubens Bomtempo, informou no dia 4/1/2013 que cerca de 30 pessoas
ainda estão desalojadas em casas de parentes e que o serviço de engenharia da
prefeitura está fazendo o laudo técnico para saber se houve perda total ou
parcial dos imóveis dos moradores. "Acabamos de assumir a prefeitura,
e ainda estamos dando um diagnóstico muito superficial da situação”, disse.
“Este período é muito crítico, por isso é muito importante contar com a
colaboração de todos. Nós estamos trabalhando de maneira muito entrosada com a
Defesa Civil. Com a diminuição da chuva e a queda de temperatura, tenho a
esperança de que nós conseguiremos melhorar a limpeza da cidade, que estava
cheia de lixo, uma situação bem similar à de Caxias [município da Baixada
Fluminense".
Em Teresópolis, mesmo com a
diminuição da chuva, o risco de deslizamentos na cidade também preocupa as
autoridades. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, divulgado hoje
(4), 50 pessoas estão desalojadas. Não houve registros de ocorrências na noite
de ontem (3) nem na madrugada desta sexta-feira. Treze moradores da Ilha do
Caxangá, no bairro do Caxangá, foram encaminhados para um ponto de apoio da
prefeitura, após a queda de uma árvore. Além do bairro Caxangá, sete áreas
permanecem em estado de atenção: Santa Cecília, Vale da Revolta, Fonte Santa e
Quinta Lebrão, assim como as comunidades do Rosário, Pimentel e Perpétuo, no
bairro de São Pedro, onde os agentes fazem vistorias para confirmar o número de
desabrigados.
Segundo a Defesa Civil de
Teresópolis, nas últimas 24 horas houve um acumulado de 70 milímetros de chuva,
volume máximo registrado este ano no bairro da Tijuca, onde fica a sede do
órgão. A chuva também obrigou as autoridades a interditar a BR-116 no trecho da
serra na madrugada desta sexta-feira. O bloqueio vai do km 89 até o km 104,
entre Guapimirim e Teresópolis. Segundo a Concessionária Rio-Teresópolis, que
administra a via que liga o Rio a Teresópolis, a medida foi tomada por
precaução por causa do alto risco de deslizamentos. O trecho, que deveria ser
liberado às 19h45, só deve ser aberto ao tráfego às 22h, segundo a empresa.
Clipping!
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mercado de seguros privados nacional colocou-se
à disposição do governo federal para ajudar a montar um seguro anticatástrofe
no país. A informação é do presidente da Confederação Nacional das Empresas de
Seguros (CNseg), Jorge Hilário Gouvêa Vieira.
“Não é possível o governo arcar sozinho com a responsabilidade de
indenizar flagelados da seca ou gente que teve suas propriedades destruídas
pelas enchentes e deslizamentos que tivemos nos últimos tempos”,
disse. Segundo Gouvêa Vieira, o mercado está à disposição do governo “para
mitigar esse custo do Tesouro [Nacional], para ajudar na prevenção do risco e
também na cobertura”. Para ele, dessa forma, também o povo brasileiro terá um
custo menor. Dados da CNseg mostram que cerca de mil pessoas morreram em
consequência de deslizamentos e enchentes no país no ano passado. As perdas
materiais totalizaram R$ 1,6 bilhão e as perdas seguradas, cerca de R$ 90
milhões. A enchente da região serrana fluminense foi a terceira maior
catástrofe natural, em número de mortes, registrada em 2011 no mundo, perdendo
apenas para o terremoto seguido de tsunami no Japão, em março, com mais de 20
mil mortos, e para as tempestades tropicais nas Filipinas, no final do
ano. De acordo com estudo recente do Lloyd's de Londres, o Brasil enfrenta
um déficit de seguro anualizado de US$ 12,68 bilhões. Isso representa riscos
para o país, “incluindo um ônus desnecessário cobrado do Estado e um custo mais
alto de recuperação após desastres", mostra o estudo. Para a CNseg ,
isso significa que em países com um baixo nível de seguros, o Estado arca com
uma proporção excessiva do custo das catástrofes naturais. Segundo a entidade,
um aumento de 1% no alcance dos seguros em um país pode reduzir a
responsabilidade do Estado em até 22%.
Clipping - Petrópolis.
A
Coordenadoria de Defesa Civil de Petrópolis registrou 44 ocorrências devido às
fortes chuvas que atingem a cidade desde a madrugada desta quinta-feira (3/1).
No bairro Siméria, duas casas foram destruídas por deslizamentos de terra, três
foram parcialmente danificadas e outras três interditadas, deixando oito
famílias desalojadas. O prefeito Rubens Bomtempo, que na última
quarta-feira decretou estado de calamidade pública na saúde, chegou às 4h30 na
Defesa Civil para comandar pessoalmente as operações. Ele anunciou que a
prioridade é restabelecer os acesso as das regiões mais atingidas e já
solicitou dez caminhões da Comdep e equipes de limpeza para a retirada do lixo,
entulho e das barreiras.
O maior índice pluviométrico
foi de 165 milímetros, em 24 horas de chuva, registrado na região do Siméria e
Alto Independência. A Rua Coronel Veiga, o Centro e o Bingen tiveram pontos de
alagamento. Por conta de deslizamentos de terra, as ruas Vital Brasil e Manoel
Francisco de Paula, no Siméria, foram interditadas, mas liberadas após serem
limpas.
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