Uma questão essencial para a compreensão da vida na Terra é perceber a forma como as espécies estão distribuídas no planeta. Este novo mapa global divide a natureza em 11 grandes domínios biogeográficos e mostra como essas áreas se relacionam entre si. É o primeiro estudo a combinar informações evolutivas e geográficas de todos os mamíferos conhecidos, aves e anfíbios, num total de mais de 20 mil espécies.
O estudo, com base no trabalho liderado pelo Center for Macroecology, Evolution and Climate,
da Universidade de Copenhaga, foi desenvolvido a partir de 20 anos de
compilação de dados. A primeira tentativa de descrever o mundo natural
em um contexto evolutivo foi feita em 1876, por Alfred Russel Wallace,
co-descobridor da teoria da selecção natural, junto com Charles Darwin.
"O nosso estudo é uma actualização de um dos mapas mais
fundamentais para as ciências naturais. Pela primeira vez desde a
tentativa de Wallace, estamos finalmente em condições de fornecer uma
descrição ampla do mundo natural baseada em informações incrivelmente
detalhadas para milhares de espécies de vertebrados", segundo disse o Ben Holt, do Center for Macroecology, Evolution and Climate e um dos co-autores do estudo.
O investigador português Miguel B. Araújo, titular da Cátedra «Rui Nabeiro – Delta Cafés» Biodiversidade da Universidade de Évora, também co-autor do estudo acrescentou que “embora o novo mapa de regiões zoogeográficas do mundo tenha diferenças importantes em relação ao trabalho original de Wallace, o que mais me impressiona são as semelhanças entre este e a primeira tentativa de Wallace para entender os padrões gerais de distribuição da vida na Terra".
"Os mapas de Wallace foram baseados no conhecimento adquirido em viagens de campo pelo mundo fora, discussões com colegas e materiais compilados a partir de colecções de museus de história natural. Actualmente existem mapas digitais com a distribuição da maioria dos vertebrados terrestres, bem como hipóteses evolutivas sobre como diferentes organismos se relacionam uns com os outros. Que as nossas conclusões sejam tão próximas às de Wallace confirma quão extraordinário foi o trabalho dele", concluiu o investigador português.
O investigador português Miguel B. Araújo, titular da Cátedra «Rui Nabeiro – Delta Cafés» Biodiversidade da Universidade de Évora, também co-autor do estudo acrescentou que “embora o novo mapa de regiões zoogeográficas do mundo tenha diferenças importantes em relação ao trabalho original de Wallace, o que mais me impressiona são as semelhanças entre este e a primeira tentativa de Wallace para entender os padrões gerais de distribuição da vida na Terra".
"Os mapas de Wallace foram baseados no conhecimento adquirido em viagens de campo pelo mundo fora, discussões com colegas e materiais compilados a partir de colecções de museus de história natural. Actualmente existem mapas digitais com a distribuição da maioria dos vertebrados terrestres, bem como hipóteses evolutivas sobre como diferentes organismos se relacionam uns com os outros. Que as nossas conclusões sejam tão próximas às de Wallace confirma quão extraordinário foi o trabalho dele", concluiu o investigador português.
A recente catalogação pode ser dividida em detalhes geográficos para cada classe de animais e está disponível gratuitamente,
de forma a contribuir com uma ampla gama de ciências biológicas, bem
como com o planeamento da conservação e gestão da biodiversidade.
Ecologia, conservação e evolução
Tecnologia moderna, como sequenciação de DNA, e uma enorme compilação de centenas de milhares de registos de distribuição de mamíferos, aves e anfíbios em todo o mundo, tornou esta produção possível.
O mapa fornece informações de base importantes para estudos futuros em ecologia e evolução. Tem também um significado importante na conservação, tendo em conta a crise da biodiversidade e mudanças ambientais.
“Considerando que a base para o planeamento da conservação tem sido a identificação de áreas prioritárias, baseadas na singularidade de espécies encontradas em determinado lugar, podemos agora começar a definir prioridades de conservação com base em milhões de anos de história evolutiva", explicou o Jean-Philippe Lessard, outro dos autores.
Ecologia, conservação e evolução
Tecnologia moderna, como sequenciação de DNA, e uma enorme compilação de centenas de milhares de registos de distribuição de mamíferos, aves e anfíbios em todo o mundo, tornou esta produção possível.
O mapa fornece informações de base importantes para estudos futuros em ecologia e evolução. Tem também um significado importante na conservação, tendo em conta a crise da biodiversidade e mudanças ambientais.
“Considerando que a base para o planeamento da conservação tem sido a identificação de áreas prioritárias, baseadas na singularidade de espécies encontradas em determinado lugar, podemos agora começar a definir prioridades de conservação com base em milhões de anos de história evolutiva", explicou o Jean-Philippe Lessard, outro dos autores.
Fonte: Ciência Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário