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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Anastasia e Dilma debatem auxílio aos municípios atingidos pelas chuvas em MG
MP libera R$ 533 milhões para prevenção de catástrofes e defesa civil
Para o Ministério da Defesa, o governo liberou R$ 77,6 milhões, com o objetivo de financiar atividades de cooperação em ações de defesa civil. A ministra do Planejamento explica que os recursos serão investidos principalmente em salvamento, saúde e sustentação das tropas, obras de engenharia e apoio aéreo e de comunicações. Já os R$ R$ 450 milhões do Ministério da Integração Nacional terão duas finalidades – R$ 140 milhões para obras preventivas de desastres e R$ 310 para ações de defesa civil. Conforme explica Miriam Belchior, essas últimas consistem basicamente em atendimento direto à população afetada, como distribuição de cestas básicas, agasalhos, água e oferta de abrigos provisórios.
Tramitação
A medida provisória começa a trancar a pauta da Casa em que estiver – Câmara ou Senado – a partir do dia 17 de março de 2012.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/12/29/interna_politica,269812/mp-libera-r-533-milhoes-para-prevencao-de-catastrofes-e-defesa-civil.shtml
Chuvas em Belo Horizonte
Um árvore caiu na avenida Cristiano Machado, na altura do bairro São Gabriel, já na saída para o Anel Rodoviário. Segundo a BHTrans, embora a árvore tenha caído e impedido o trânsito em ambos os sentidos, o motorista não enfrenta retenções no local. Equipes atuaram para a liberação do trânsito e retirada da árvore do local. No bairro São Luiz, na região da Pampulha, um árvore caiu na rua Alamedas dos Jacarandas e impediu o trânsito no local. Várias fiações da rede elétrica da Cemig foram danificadas e muitas ruas do bairro ficaram sem energia elétrica.
De acordo com a Cemig vários pontos de Belo Horizonte ficaram sem luz, a concentração da queda de energia foi verificada, principalmente, na região Leste e na Pampulha. Os bairros Cidade Nova, Horto, Sagrada Família e Santa Inês, na região Leste, ficaram no escuro. Vários bairros da região da Pampulha também ficaram sem luz, segundo a Cemig, são pontos em diferentes bairros da região.
A previsão da Defesa Civil Estadual para esta quinta-feira (29) é de que chova entre 150 e 200 mm. O volume é considerado grande, já que a média prevista para o mês de dezembro era de 320mm. Belo Horizonte bateu o recorde histórico dos últimos 100 anos em acumulado de chuva, devido à chuva registrada na capital e na região metropolitana nessa segunda-feira (26). Já choveu 106% a mais do esperado para todo o mês de dezembro - 659,4 milímetros, quando o esperado era de 320mm, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=139213,NOT&IdCanal=
Meteorologia alerta para chuva
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Previsão de chuvas no Brasil e no Sudeste para o dia 28-12-2011
Na quinta-feira, a chuva ganha ainda mais intensidade sobre o Sudeste. A ZCAS organiza melhor a umidade da Amazônia e gera acumulado médio em torno dos 50mm no centro e leste de Minas Gerais e 40mm entre o norte do Rio de Janeiro e o sul do Espírito Santo. Há enorme risco de inundações entre os três Estados (Região Metropolitana de Belo Horizonte, Região Metropolitana de Vitória e Vales dos Rios Doce e Paraíba do Sul). Já em São Paulo, também chove, porém o acumulado será menor. A temperatura máxima entre em acentuado declínio no Vale do Paraíba (São Paulo), interior do Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e em boa parte de Minas Gerais, indicando que o dia será completamente fechado e chuvoso. Em muitas cidades, a máxima não passa dos 22°C. Apenas no interior de São Paulo, em parte do Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais, o calor ainda predomina. Na sexta-feira, chove forte entre o centro e leste de Minas Gerais e o Espírito Santo. Na região de Ipatinga, o acumulado passa dos 90mm (40% da média de dezembro). Até pelo menos o dia 05 de janeiro, chove forte sobre Minas Gerais. Em Belo Horizonte, estes 11 dias de chuva forte devem acumular pelo menos 400mm, 100mm a mais que o normal para todo o mês (média dos meses de dezembro e janeiro). Trata-se da maior chuva deste período das águas, que começou no último mês de outubro.
Fonte: http://www.ourofino.com/previsao-tempo/regiao/sudeste.html
chuvas atingem 31 cidades em Minas Gerais
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=139041,NOT&IdCanal=
Uma forte chuva no início da noite desta segunda-feira (26), em Belo Horizonte, trouxe transtornos para os moradores de várias regiões da cidade. No bairro Minas Brasil, na Região Noroeste, uma árvore caiu e interditou a rua. A raiz ficou exposta e quem precisou passar de carro teve que dar meia-volta. Uma padaria funcionou à luz de velas e a alça de acesso à Via Expressa ficou alagada. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi chamada. Imagens feitas por um cinegrafista amador, mostram a chuva de granizo no bairro Camargos, também na Região Noroeste. Segundo moradores, durou apenas dez minutos mas foi o suficiente pra deixar estragos nos carros. No Anel Rodoviário muita chuva e raios dificultavam a visibilidade dos motoristas. No bairro Madre Gertrudes, na Região Oeste, Região Noroeste, parte desta árvore caiu e derrubou a fiação do poste. Galhos e fios de alta tensão ficaram pela rua e a região ficou sem luz. Na Avenida Francisco Sá, a forte chuva espalhou o lixo até a rede de drenagem. No bairro Vila Oeste os moradores de uma casa levaram um susto porque parte do muro desabou, interditando a entrada da casa.De acordo com a Cemig, a energia elétrica foi restabelecida nos bairros Minas Brasil e Madre Gertrudes.
Chuvas na região de Belo Horizonte são as piores em 100 anos.
domingo, 25 de dezembro de 2011
La Niña e ZCAS influenciam chuvas no verão
Elaborada pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e centros estaduais, a previsão mostra que as temperaturas continuam dentro da normalidade no decorrer do trimestre na maior parte do Brasil, com possibilidade de valores ligeiramente abaixo da normal nas áreas onde há possibilidade de chuvas acima da normal.
Segundo a maioria dos modelos de previsão climática, condições de La Niña na faixa equatorial do Pacífico devem persistir até o início de 2012. A atuação desse fenômeno foi notada em praticamente todos os campos oceânicos e atmosféricos no decorrer do último mês. Informações adicionais sobre as condições oceânicas e atmosféricas globais e a situação da chuva em todo o Brasil podem ser encontradas em http://infoclima1.cptec.inpe.br.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Previsão do Tempo para véspera de Natal no Sudeste
Fonte - http://www.ourofino.com/previsao-tempo/regiao/sudeste.html
Número de atingidos pela chuva em Minas chega a 61 mil
Fonte. http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/12/23/interna_gerais,268964/numero-de-atingidos-pela-chuva-em-minas-chega-a-61-mil.shtml
Subiu para 22 o número de cidades em situação de emergência em Minas Gerais, por causa das fortes chuvas, segundo a Defesa Civil. Ao todo, 73 municípios de todo o Estado foram atingidos pelos temporais, afetando mais de 22 mil pessoas.
De acordo com a Defesa Civil Estadual, o último município a integrar a lista foi Paulistas, onde cerca de 180 pessoas estão desalojadas. As chuvas que caem desde o final de semana causaram vários alagamentos e deslizamentos de encostas, que atingiram pontes, muros e algumas residências. Ao todo, 783 pessoas estão desalojadas e outras 93 estão desabrigadas, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil. O número de casas atingidas chegou a 1.512, enquanto 39 foram totalmente destruídas. As chuvas ainda destruíram 12 pontes e danificaram outras dez. Hoje, as chuvas devem continuar atingindo Minas Gerais. Ao longo do dia, as precipitações mais intensas permanecem no norte, centro e leste do Estado. Em Belo Horizonte, entre 13 e 20 de dezembro, choveu 465 mm, 145 mm a mais que o normal para todo o mês de dezembro.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Situação de emergência em Minas Gerais devido à chuva
Ainda sobre o sistema de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), o INPE observou que o memso vem favorecendo acumulados significativos de chuva em áreas do Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, além do oeste da Bahia. Com relação ao Centro-Oeste, o volume de chuva registrado em Brasília do 1° de dezembro até as 9 horas (local) da segunda-feira (19/12) é de 221 mm, conforme medições do Inmet. Este valor representa 90% da média climatológica para dezembro que fica em torno de 246 mm. Ainda de acordo com o Inmet, em novembro a chuva também ficou 44% acima da média. Na tarde de ontem (19/12), uma forte temporal atingiu vários pontos da capital federal provocando alagamentos. No oeste da Bahia, a chuva registrada na última semana foi bastante volumosa, principal característica da atuação e persistência da ZCAS. Segundo medições do Inmet, a chuva registrada em 19 dias de dezembro foi de 215,6 mm em Barreiras e 219,2 mm em Luis Eduardo Magalhães. O mapa abaixo relativo a precipitação acumulada do dia 01 ao dia 19 de dezembro, mostra o volume registrado neste período para as áreas citada acima e demais áreas do Brasil.
Cidades mineiras ainda contabilizam prejuízos causados pela chuva dos últimos dias
Algumas cidades mineiras ainda contabilizam os prejuízos causados pela intensa chuva dos últimos dias. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, nesta quarta-feira (21), em Passabém, na região Central do Estado, o nível de água do córrego Monjolos subiu muito e transbordou. Conforme o órgão, alguns bairros na zona urbana e comunidades da área rural ficam completamente alagados. A enxurrada ainda arrastou três pontes deixando algumas famílias isoladas do centro do município. Uma barreira caiu sobre a estrada que faz o acesso com a cidade de São Sebastião do Rio Preto e a passagem de veículos pesados está interditada por tempo indeterminado. Não há registro de vítimas. Em Paulistas, na região do Rio Doce, próximo aos municípios de Rio Vermelho e Materlândia, a situação foi tão grave que a prefeitura decretou situação de emergência, nessa terça-feira (20). Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas causaram vários alagamentos e deslizamentos de encostas, que atingiram pontes, muros e algumas residências. Cerca de 180 pessoas ficaram desalojadas, contudo, não foram registradas vítimas.
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=138561
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Acaiaca decreta situação de emergência em Minas Gerais
Ainda conforme a prefeitura, uma parte da cidade ficou sem luz depois da queda de uma ponte, mas a energia elétrica foi reestabelecida nesta manhã. A dona de casa Glória da Rocha, de 64 anos, moradora de Florestal, contou que o clima ainda é de apreensão na cidade. Sua residência, na Rua Juvelino Faria, está localizada na Região Central do município, a parte mais afetada pelo temporal e, segundo ela, muitas pessoas estão deixando suas residências. “Os bombeiros nos orientaram a sair das nossas casas por causa de duas represas comprometidas do ribeirão. Se elas estourarem, tudo vai ficar inundado de novo”, disse. “A chuva não parou, desde 6 horas da tarde de ontem e todo mundo fica com muito medo de tudo acontecer outra vez”. Ainda conforme a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estão nos locais afetados tomando providências para reestabelecer a normalidade o mais rápido possível.
Rio Arrudas em Belo Horizonte
Duas faixas no sentido Vitória (ES) foram interditadas e sem previsão de liberação. A PRE (Polícia Rodoviária Estadual) aguarda a avaliação de técnicos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) nesta terça-feira. Ontem (19), o viaduto havia sido interditado durante a manhã devido ao deslizamento de terra que havia abalado a estrutura. Segundo a PRE, o problema foi solucionado à noite, mas surgiram rachaduras na madrugada. O motorista que utiliza a MG-10, no sentido Belo Horizonte, também enfrenta problemas devido a um buraco que ocupa a pista marginal e duas faixas da principal, no km 25, em Vespasiano.
EMERGÊNCIA
Ao todo, as chuvas já fizeram com que 19 cidades decretassem situação de emergência. Ontem, um homem ficou ferido após o desabamento da casa em que morava no bairro Nova Pampulha, também Vespasiano. A Defesa Civil já tinha divulgado um alerta devido à possibilidade de deslizamentos de terra nas encostas. O aviso é válido para toda a região central e até a zona da mata (região de Juiz de Fora, na divisa com o Rio). Desde o começo do período chuvoso, no final de outubro, 1.409 casas foram danificadas e 38, destruídas. Há mais de 21 mil pessoas afetadas, a maioria por conta de alagamentos. Deve continuar chovendo em Minas nos próximos dias, mas a previsão é que a intensidade diminua a partir de amanhã, de acordo com o Climatempo.
Chuvas atingem mais municípios em Minas Gerais
A Defesa Civil de Minas Gerais dá suporte às coordenadorias municipais de Defesa Civil com maquinário e ajuda humanitária e recomenda que alertem a população quanto ao risco de alagamento, queda de árvores e deslizamento de encostas. Belo Horizonte decretou situação de emergência no sábado (17). A chuva registrada até agora na capital mineira chegou a 516 milímetros (mm) e superou os 320 mm esperados para todo o mês. Devido às fortes chuvas, 61% acima da média para dezembro, o município registrou diversos pontos de alagamento, com interrupção de tráfego, pessoas desalojadas e risco de escorregamento de encostas.
Em Iraí de Minas, no Triângulo Mineiro, uma criança de 2 anos caiu em um bolsão de contenção de enxurradas. Não chovia no momento, mas quando a criança foi localizada, já estava morta. Em São João do Oriente, região do Vale do Rio Doce, Vanderley Jacinto da Costa, 36 anos, afogou-se quando se divertia com amigos subindo na ponte e pulando no rio, que tinha grande volume devido às chuvas. Em todo o período chuvoso, de outubro até hoje (20), 21 municípios decretaram situação de emergência e mais 49 foram atingidos. Nesses três meses, 1.512 casas foram danificadas e 39, destruídas. No total, 22.826 pessoas foram afetadas. Segundo a assessoria da Defesa Civil de Minas Gerais, é impossível contabilizar o número de pessoas que estão desabrigadas e desalojadas no momento, devido ao grande número de municípios afetados pelas chuvas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), hoje será mais um dia chuvoso em grande parte de Minas Gerais. Isso se deve à atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul que está sobre o sudeste, desde semana passada, causando grande volume de precipitação.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-12-20/chuvas-atingem-mais-municipios-em-minas-gerais
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Chuvas atormentam o mês de Dezembro em Minas Gerais
No Estado de Minas Gerais, 19 cidades já decretaram situação de emergência por conta das chuvas ocorridas no Estado desde outubro, segundo boletim da Defesa Civil Estadual divulgado nesta segunda-feira, 19. Só em dezembro, sete cidades já se encontram nesta situação, entre elas Belo Horizonte, Acaiaca, Barra Longa, Florestal, Mariana, Buritizeiro e Formiga.
De acordo com o levantamento, 61 municípios foram afetados pelas chuvas neste período, que atingiram 21.480 pessoas. Deste total, 459 ficaram desalojados e 30 ficaram desabrigados. Duas pessoas morreram, uma em outubro, em Reduto, e outra em novembro, em Governador Valadares.
As chuvas deste fim de semana afetaram a estrutura de terra de um pequeno açude em Esmeraldas, perto de um ramal da Ferrovia Centro-Atlântica, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foi feita uma avaliação preliminar no domingo à noite e nesta segunda-feira pela manhã será feita nova vistoria. Nas cidades históricas de Mariana e de Ouro Preto, muitas famílias tiveram que abandonar as casas onde moravam. A situação é pior em Mariana, na região central do estado, onde 300 pessoas foram afetadas e o abastecimento de água e de energia elétrica foi cortado. Já em Belo Horizonte, as chuvas continuam atingindo a cidade, que registrou diversos pontos de alagamento, com interrupção de tráfego, pessoas desalojadas e risco de escorregamento de encostas.
De acordo com as imagens obtidas, junto ao INPE, as chuvas continuaram e a zona da mata já começa a apresentar sinais de emerfência e alerta para municípios as margens do rio Piranga, conforme informação contida na página da CPRM.
Chuva em BH chega a quase 200 mm em pouco mais de 24 horas
Em grande parte do Brasil este período é bastante chuvoso, nos últimos dias o destaque é o estado de Minas Gerais, que vem recebendo chuvas fortes há pelo menos um mês. Os volumes de chuva registrados neste estado sofrem influência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), sistema meteorológico típico deste período primavera-verão, e responsável por volumes expressivos de chuva, principalmente em áreas do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. No período entre novembro e dezembro (até o dia 15) a Capital Mineira recebeu aproximadamente 600 mm, correspondendo a mais que o dobro do normal para o período. Apenas entre 21 horas de quarta e 21 horas da quinta-feira, choveu 165 mm (metade da média climatológica para o mês de dezembro). O período novembro - dezembro tem sido de bastante chuva, a exemplo do ano de 2010, quando neste período choveu quase 700 mm em Belo Horizonte e no ano de 2009, conforme medições do Inmet, o volume de chuva foi ainda maior chegando a quase 850 mm. Na quinta-feira (15/12) conforme previsões do GPT/CPTEC, a chuva foi forte e volumosa em áreas da capital mineira e grande Belo Horizonte. Esta situação de chuvas fortes e por hora intermitente provocou alagamentos em vários bairros da cidade. Segundo a Defesa Civil e publicações (deolhonotempo), casas, lojas, prédios públicos e rodovias ficaram completamente inundadas. Em alguns trechos, a água chegou a mais de 1 metro de altura provocando muitos estragos à população. Segundo dados do Inmet, na região da Pampulha, a chuva acumulada entre 14 horas da quarta-feira (14/12) e 20 horas da quinta-feira (15/12), somou 190,2 mm, resultando em deslizamentos de terra e inundações. Na cidade de Itaguara, na região metropolitana de MG, recebeu entre quarta (14/12) e quinta-feira (15/12) aproximadamente 80 mm, e desde então a chuva ocorre de forma contínua. Este volume de chuva na Capital mineira, segundo o 5º Distrito de Meteorologia, que faz medições desde 1910, é considerado o sétimo maior volume de chuva em 24 horas nos últimos 100 anos. As chuvas não deram trégua durante a madrugada em Minas Gerais e os acumulados foram bastante elevados em algumas cidades. Em Timóteo, o volume chegou a 68,4 mm, o que representa 23% da média climatológica de dezembro. Nas cidades de Capelinha e Pirapora foram registrados 40,2 mm, ou quase 15% da média. Ainda em Minas, João Pinheiro e Governador Valadares receberam 36,2 mm e 30,4 mm, aproximadamente 15% da média para o período.
Esta situação de intensas e volumosas chuvas fez com que na manhã desta sexta-feira (16/12), segundo informações das autoridades locais, fosse decretada situação de emergência em BH. O volume de chuva acumulado até o dia 15/12 está 15% acima da média normal para o mês de dezembro. Nas últimas 48 horas tem chovido mais de 150 mm em Belo Horizonte devido à atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). As chuvas mais intensas estão se concentrando no interior de MG, principalmente no centro do Estado. A tendência para os próximos dias é que a ZCAS persista pelo menos até terça-feira (20/12). Isto significa que os acumulados significativos de chuva deverão persistir sobre MG, principalmente na região central deste Estado. Em algumas localidades, incluindo a Capital, os acumulados diários de chuva poderão ultrapassar os 100 mm nas próximas 48 horas.
ZCAS causa acumulados de chuva expressivos em MG
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) segue atuando pelo país e causando chuva significativa do Norte ao Sudeste. O Estado de MG vem sendo o mais castigado pela persistência da chuva com registro de acumulados de mais de 100 mm em 24 h em algumas localidades. Entre a sexta-feira e a manhã do sábado (17/12) acumulou 149 mm em João Pinheiro (pouco mais de 70% da média para dezembro), na faixa oeste de MG. No domingo (18/12), o acumulado chegou a 100 mm em Dores do Indaiá, no sudoeste do Estado (35% da média histórica da cidade). Em Florestal, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a chuva intensa provocou grandes alagamentos, onde a força da enxurrada destruiu pontes, muros e várias casas. Pelo menos 150 casas tiveram estragos e duas comunidades rurais ficaram isoladas com a queda de pontes. Entre a manhã do sábado e manhã deste domingo (18/12) eram registrados 107 mm de chuva em Florestal.
Em Belo Horizonte, uma das cidades mais castigadas pelas chuvas, o volume acumulado de chuva entre às 21 horas de sábado (17/12) e às 09 horas de domingo (18/12) foi de 92 mm. Conforme medições do Inmet, em Belo Horizonte, a chuva acumulada neste mês de dezembro até o sábado (17/12) somava 430 mm de chuva, valor que já é 35% superior à média do mês de dezembro que fica em torno de 319, 4 mm. A maior parte deste volume de chuva, quase 300 mm, aconteceu entre os dias 13 e 17 de dezembro. Em Uberlândia, segundo informações da Defesa Civil local, vários pontos ficaram alagados e de acordo com o Inmet, a chuva registrada em apenas 60 minutos chegou aos 40,6 mm. Em Pará de Minas, no centro-oeste do Estado mineiro, uma forte pancada de chuva de 64 mm provocou muitos estragos na madrugada de sábado (17/12). Conforme a Defesa Civil, a chuva intensa formou enxurradas que destruíram muros e algumas residências.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, no domingo, o número de municípios que decretaram emergência, desde o início das chuvas somava de 18. Cerca de 460 pessoas ficaram desalojadas e 30 desabrigadas e 2 pessoas morreram. Com relação às chuvas registradas em Belo Horizonte, desde o mês de outubro as mesmas têm ficado acima da média climatológica, situação esta que vem contribuindo para que o solo fique encharcado, o que contribui para inundações e deslizamentos de terra. Em outubro choveu 50% a mais que a média e no mês de novembro, a chuva foi quase 30% acima da média. Entretanto, neste mês de dezembro (mês mais chuvoso nesta cidade) o volume de chuva em 18 dias excedeu a média em 60%, com total de 516 mm acumulados. No decorrer desta segunda-feira (19/12) a ZCAS seguirá atuando e provocando, além de chuva forte em alguns pontos, acumulados de chuva expressivos. Com relação ao Estado de MG há previsão de chuva forte na Zona da Mata Mineira, sul, centro, oeste e nordeste de MG (incluindo a Capital). Nestas áreas os acumulados de chuva estimados oscilarão entre 30 e 70 mm, sendo que os impactos dependerão do grau de vulnerabilidade da área afetada.
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/20290
domingo, 18 de dezembro de 2011
Previsão de chuvas para MG e Brasil
Em Minas Gerais, as chuvas continuam a bater recordes de acumulados. Em Florestal-MG até o dia presente, já choveu 76% do total do mês de dezembro, ultrapassando os 229mm. Na Capital, em Belo Horizonte, as chuvas já acumularam volumes bem superiores à média climatológica para a cidade, onde até o momento foi registrado um acumulado de 423,7mm. Enquanto algumas regiões sofrem com as chuvas, outras sofrem com a estiagem. No Sul do País, o tempo continua seco com baixos acumulados de chuvas.
Na terça-feira, finalmente a chuva começa a enfraquecer no Sudeste, mas mesmo assim há risco para transtornos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Em São Paulo, não chove. Faz calor. De quarta em diante, os temporais voltam a ganhar força, principalmente no norte de Minas Gerais. Serão temporais de longa duração e com elevado potencial para causar estragos. As temperaturas voltam a ficar baixas nestas áreas, enquanto o restante do Sudeste tem dias ensolarados, mas com chuva forte, rápida e isolada no fim da tarde.
Minas tem 15 cidades em situação de emergência
No total, cerca de 21 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, de acordo com último boletim da Defesa Civil. No Estado, 459 pessoas estão desalojadas e 30 estão desabrigadas. Mais de 1.400 casas foram danificadas e 38 foram destruídas em todo o Estado. A previsão é de que continue a chover forte nos próximos dias em Minas Gerais. A previsão é que a média de precipitação para o mês de dezembro seja superada na próxima terça-feira, 20. (AE)
Duas mortes ocorridas nos meses passados, em razão das chuvas, foram confirmadas pela Defesa Civil do Estado. Admardo Pereira, de 43 anos, foi atingido por uma árvore enquanto andava de moto em outubro e Poliane Alves Ferreira, de 27 anos, foi arrastada por um córrego em Governador Valadares em novembro. Seu corpo foi encontrado no último dia 13.
Fonte: http://www.paraiba.com.br/2011/12/17/70770-minas-tem-15-cidades-em-situacao-de-emergencia
Defesa Civil publica alerta meteorológico e utiliza redes sociais para orientar população
O acúmulo de precipitação em milímetros, desde meia noite até às 17h deste domingo, por região da cidade, foi o seguinte: Venda Nova: 83 - Pampulha: 63 - Nordeste: 54,8 - Leste: 69,2 - Noroeste: 92,6 - Barreiro: 55,4 - Oeste: 90,4 - Centro Sul: 98,6 - Norte: 52,4.
A COMDEC continua recomendando à população que evite áreas de inundação e não trafegue em ruas sujeitas a alagamentos localizados. Recomenda ainda atenção especial e redobrada nas áreas de encostas e morros, pois o solo ainda está encharcado devido às chuvas dos últimos dias, e com o volume de chuva previsto, o risco de deslizamentos aumenta.
Redes Sociais para emitir alertas
A COMDEC possui mais duas ferramentas para divulgar informações para a população. As redes sociais Facebook e Twitter estão sendo usadas como ferramentas de alerta do Sistema de Defesa Civil do município. Pelas redes sociais serão repassadas alertas e avisos sobre riscos de chuvas, ventanias e outras intempéries. Os endereços dos perfis são @defesacivilbh, no Twitter, e defesacivildebh, no Facebook. O objetivo é a interação com a imprensa e a população para divulgação de alertas, notícias e dicas de prevenção contra acidentes em Belo Horizonte.
Outras Recomendações da COMDEC:
- Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação;
- Limpe o telhado e canaletas de águas para evitar entupimento;
- Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações;
- Se você morar ou ter comércio em áreas sujeitas à inundação coloque seus móveis e estoques em lugares altos;
- Colabore com a abertura de deságues para evitar o estancamento de água, pois pode causar muitos prejuízos, principalmente para a saúde;
- NÃO utilizar alimentos atingidos pela água de enchente ou inundação;
- NUNCA beba água de enchente ou inundação;
- NÃO jogar lixo nos bueiros (boca de lobo) nem nos córregos e rios, para não obstruir o escoamento da água;
- NÃO amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles entopem a saída de água e desestabilizam os terrenos provocando deslizamentos;
- NÃO deixar crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se, contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;
- NÃO usar equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito;
- JAMAIS se aproxime de cabos elétricos arrebentados. Ligue imediatamente para CEMIG (116) ou Defesa Civil (199).
- Desligue os aparelhos elétricos das tomadas e o gás;
- Se você observar aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes das casas e o surgimento de minas d’água avise imediatamente a Defesa Civil (199).
Chuvas em BH
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/12/18/interna_gerais,268124/defesa-civil-ja-registra-166-ocorrencias-neste-domingo.shtml
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Chuva de granizo assusta moradores e deixa ruas de Belo Horizonte alagadas
A chuva que atingiu Belo Horizonte e região metropolitana, no início da noite desta segunda-feira (12), deixou várias ruas e avenidas completamente alagadas. Em alguns pontos da capital, motoristas procuraram lugares seguros para se proteger da chuva de granizo. No bairro Nova Gameleira, por exemplo, na região Oeste da capital, o tamanho das pedras impressionou os moradores, assim com na avenida Tereza Cristina, altura do bairro Calafate, onde motoristas procuraram abrigo em um posto de combustíveis no sentido Centro.
Até às 19h, o Corpo de Bombeiros tinha recebido três registros de queda de árvore. Na rua Eduardo Porto, no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul da cidade, a árvore atingiu parte da rede elétrica e ninguém ficou ferido. No mesmo bairro, desta vez na rua Manoel Couto, outra árvore caiu e interditou parte da via. O terceiro chamado foi na rua Marechal Bitencourt, no Gutierrez. Há informações ainda de outra árvore caída na altura da praça Raul Soares, complicando ainda mais a situação na região central de BH. Sobre falta de energia elétrica, comum em chuvas fortes na capital, conforme a Cemig, parte dos bairros Gutierrez, região Centro-Sul; Horto, região Leste; Jardim América e Nova Suissa, região Oeste, ficaram no escuro.
Segundo leitores e internautas, parte da avenida Pedro II está alagada e os motoristas encontram dificuldade para passar pelo local. Na avenida Francisco Sá, região Oeste, uma viatura do Corpo de Bombeiros foi acionada para socorrer duas crianças que estariam dentro de um carro arrastado pela enxurrada. Na avenida Platina também há registro de alagamentos. Até o momento não há informações sobre acidentes ou feridos. Outro veículo arrastado foi na avenida Barão Homem de Melo, onde uma Kombi não resistiu à enxurrada sendo arrastada após alagamento da via. Outros pontos de alagamentos citados por internautas são na avenida Silva Lobo, embaixo do viaduto da avenida Amazonas, sentido Centro; na região da Savassi, além da avenida Tereza Cristina, altura do bairro Carlos Prates, sentido Contagem, onde veículos também ficaram alagados em ruas perpendiculares no sentido Padre Eustáquio. Neste ponto, motoristas reclamam que cegaram a ver o semáforo abrindo e fechando dezenas de vezes sem que conseguissem mover os veículos.
Com o volume de água que atingiu a cidade, o nível do ribeirão Arrudas aumentou muito. Motoristas e pedestres que passarem pelo entorno devem redobrar a atenção, principalmente na altura dos bairros Salgado filho e Betânia. E os motoristas devem mesmo ter paciência. Segundo a BHTrans, há também pelo menos 30 semáforos com problemas na capital, complicando ainda mais a volta pra casa. Em nota a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil continua recomendando à população que evite áreas de inundação e não trafegue em ruas sujeitas a alagamentos localizados. Além disso, a população deve evitar lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios e ventos fortes. O órgão recomenda ainda atenção especial e redobrada nas áreas de encostas e morros, pois o volume de chuva pode deixar o solo bastante encharcado, o que aumenta o risco de deslizamentos.
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=137829,NOT
domingo, 11 de dezembro de 2011
Acordo suado na COP-17
O novo Protocolo de Kyoto terá a participação de menos países, com a saída de Rússia, Japão e Canadá, e começará a vigorar no início de 2013. Foi aprovada também a estrutura que possibilitará projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação, o chamado REDD. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi um desfecho "histórico" para o encontro, mas ambientalistas consideraram o progresso modesto, lembrando que as decisões da reunião COP-17 não afastam o planeta da perigosa rota que, segundo cientistas, levará o planeta a um aquecimento entre 3,5ºC e 5ºC acima dos níveis pré-industriais, ou seja, bem acima dos 2ºC recomendados pela ciência.
Já outros disseram considerar o resultado muito pior que o esperado e apontaram o dedo na direção dos Estados Unidos. "Conduzidos pelos EUA, os países desenvolvidos renegaram as suas promessas, enfraqueceram as regras sobre ações climáticas e fortaleceram aqueles que permitem às suas corporações lucrarem com a crise do clima", disse Sarah-Jayne Clifton, da organização Amigos da Terra internacional. O Greenpeace também acusou os americanos de terem enfraquecido o resultado do encontro africano.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,reuniao-do-clima-termina-com-atraso-e-acordo-em-durban,809570,0.htmsábado, 10 de dezembro de 2011
Fonte: http://www.ourofino.com/previsao-tempo/regiao/brasil.html
Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z do dia 09/12, nota-se o estabelecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre grande parte do Brasil, desde o sul do AM e AC até a divisa de SP/RJ e Atlântico adjacente. Nesta sexta-feira (09/12) ainda haverá chuvas entre leste e nordeste de SP (incluindo na região da capital e do Vale do Paraíba), porém, serão chuvas estratiformes e esta área já não está em atenção quanto a chuva intensa e temporais. No entanto, a continuidade da chuva, entre fraca e moderada, ainda deverá causar transtornos. Persiste a previsão de chuva intensa, com significativos acumulados de chuva, entre Triângulo Mineiro e sul de MG (incluindo a região da Zona da Mata Mineira), RJ (principalmente sul e região serrana do RJ). No sábado (10/12) embora a chuva persista, a intensidade da chuva deverá diminuir no sul do RJ (incluindo na capital) e sul de MG (incluindo o sul da Zona da Mata). No norte do RJ, norte da Zona da Mata, Triângulo Mineiro, centro e leste de MG e no sul do ES deverá ocorrer chuva intensa, podendo ocorrer acumulado de chuva significativo em 24h de forma isolada. O acumulado de chuva destes dias deverá passar dos 80 mm em 24h de forma isolada.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Previsão de chuva volumosa para áreas do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil
Entre a quinta-feira e a manhã desta sexta-feira, muitas localidades das Regiões Sudeste e Centro-Oeste já registraram chuvas volumosas. No período entre 9h de ontem e 9h desta sexta-feira (horário de Brasília), o Instituto Nacional de Meteorologia registrou 102 mm de chuva acumulada em Novo Mundo (MT), 84 mm em São João del-Rei (MG), 72 mm em Tersópolis (RJ) e 67 mm em Bauru (SP).
ALERTA
No decorrer desta sexta-feira há condições para mais chuva em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste. A chuva deve ser muito volumosa e provocar problemas com alagamentos e deslizamentos de terra especialmente nas áreas de São Paulo que incluem o Vale do Paraíba, o Litoral Norte e a região de Campos do Jordão; nas áreas do centro-sul do Rio de Janeiro que incluem o Grande Rio, o Vale do Paraíba, a Costa Verde e a Região Serrana; e nas áreas de Minas Gerais que incluem o Sul do Estado e a Zona da Mata Mineira.
No fim de semana a chuva aumenta no Espírito Santo, no centro-norte de Minas Gerais, no centro-norte de Goiás e no Distrito Federal. Há condições para chuvas intensas e volumosas.
Notícias da COP-17
Na noite de quinta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falava, otimista, em um "espírito de cooperação", poucas horas depois de os Estados Unidos terem dito claramente que apoiam o plano da União Europeia de um processo que levaria a um tratado com força de lei e metas de redução de emissões. O possível acordo que se desenha em Durban deve dar sobrevida ao Protocolo de Kyoto, que expira daqui a um ano, com as metas de redução de emissões propostas em Copenhague, ainda que, entre os grandes emissores de CO2, apenas a UE seja incluída. Por outro lado, ele abriria caminho para um pacto inédito, caso o "espírito de cooperação" citado pela ministra Izabella Teixeira se manifeste na forma de flexibilidade e concessões.
Plano europeu
O plano europeu, que conta agora com uma promessa de apoio dos EUA, prevê a assinatura de um roteiro de negociações que culminaria com um novo pacto global legalmente vinculante em 2015, o que daria entre quatro e cinco anos para os países o ratificarem domesticamente, entrando em vigor em 2020. No entanto, além da dúvida sobre um compromisso concreto dos americanos, ainda há outras interrogações. O Brasil vem insistindo em adiar as negociações para depois de 2015, para que as metas negociadas para 2020 sejam baseadas na ciência recomendada pelo próximo relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que só deve sair entre 2013 e 2014.
Com isso, o país vai contra a nova aliança entre os países mais ricos, da União Europeia, e os mais pobres do planeta, representados pelos grupos das pequena nações insulares conhecido pela sigla em inglês Aosis e os Países Menos Desenvolvidos (LDC, na sigla em inglês), além de alguns países africanos, que querem negociar as metas para 2020 o mais rápido possível. Entretanto, essa suposta falta de pressa do Brasil não é uma posição imutável, como ficou claro no discurso de abertura do segmento de alto nível da COP-17 da ministra do Meio Ambiente na quinta-feira. Indicando uma flexibilização na posição brasileira, ela deixou a porta entreaberta para futuras concessões ao falar em "mais cedo possível".
"Se todos, repito, todos, trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", discursou.
Maior poluidor do planeta
Um terceiro ponto ainda não esclarecido é a posição do maior poluidor do planeta, a China, e também da Índia, nas negociações. Enquanto o Brasil não teria maiores problemas com metas obrigatórias no futuro, não está claro a partir de quando indianos e chineses estariam dispostos a aceitar este tipo de limites. Diante da pressão crescente por um acordo, observadores dizem que China, o maior poluidor do planeta, e Índia também podem acabar aceitando negociar o futuro acordo global, embora ambos tenham reiterado que não aceitam ser equiparados aos países desenvolvidos que têm a responsabilidade histórica pela alta concentração de CO2 na atmosfera.
"Ninguém quer ficar marcado como o país que levou Durban ao fracasso", afirmou o integrante de uma delegação que não quis ser identificado. As negociações, que devem varar a noite de sexta-feira em Durban, devem tentar encontrar uma declaração final aceitável para todas as partes.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Entenda as principais mudanças no Código Florestal
BRASÍLIA - O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira o texto-base do polêmico novo Código Florestal, colocando na reta final um processo que se arrasta há meses e vem causando discórdia entre políticos, ambientalistas, ruralistas e acadêmicos.
O texo foi aprovado no plenário por 59 votos contra 7. O relator, Jorge Viana (PT-AC), acatou 26 das 78 dezenas emendas ao texto-base, que ainda serão discutidas antes de serem votadas, algumas em separado.
O texto, modificado, volta agora para a análise da Câmara, que já havia aprovado em maio a versão do deputado e hoje ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Depois da votação dos deputados, ele seguirá para sanção presidencial.
Enquanto muitos senadores elogiaram o projeto organizado pelos relatores Luiz Henrique da Silveira (senador PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC), ambientalistas organizaram protestos em Brasília, na tentativa de pressionar a presidente Dilma Rousseff a vetar a lei.
O novo Código Florestal, que determina como será a exploração das terras e a preservação das áreas verdes do país, está envolto de polêmicas. Entenda as principais delas:
O que é o Código Florestal?
Criado em 1965, o Código Florestal regulamenta a exploração da terra no Brasil, baseado no fato de que ela é bem de interesse comum a toda a população.
Ele estabelece parâmetros e limites para preservar a vegetação nativa e determina o tipo de compensação que deve ser feito por setores que usem matérias-primas, como reflorestamento, assim como as penas para responsáveis por desmate e outros crimes ambientais relacionados.
Sua elaboração durou mais de dois anos e foi feita por uma equipe de técnicos.
Por que ele precisa ser alterado?
Ambientalistas, ruralistas e cientistas concordam que ele precisa ser atualizado, para se adaptar à realidade brasileira e mundial e também porque foi modificado várias vezes por decreto e medidas provisórias.
Uma das urgências citadas pelos três grupos é a necessidade de incluir incentivos, benefícios e subsídios para quem preserva e recupera a mata, como acontece na maioria dos países que vem conseguindo avançar nessa questão ambiental.
Quais as novidades do novo Código Florestal?
Desde que foi apresentado pela primeira vez, o projeto de lei sofreu diversas modificações.
As principais diferenças entre o atual projeto e o código antigo dizem respeito:
À área de terra em que será permitido ou proibido o desmate: uma das principais alterações eleva de 20% ou 35% para até 50% a área de conservação obrigatória em determinados cenários. Ao tipo de cultivo permitido em áreas protegidas: no novo código, atividades enquadradas como de "interesse social", de "utilidade pública" e de "baixo impacto" estão liberadas. Alguns setores, como o dos produtores de cacau, querem ser encaixados nesses parâmetros. À recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs, leia mais abaixo): a autorização para compensar desmatamento ilegal (realizado antes de 2008) passa a ser válida também para os grandes produtores. À anistia: um novo grupo de agricultores pode ficar isento de recompor áreas preservadas que desmatarem se suas propriedades tiverem até quatro módulos fiscais (ler abaixo) Entre as emendas e destaques propostos pelos senadores e efetivamente acatados, quais os mais relevantes?
Um dos destaques determina que áreas desmatadas irregularmente até 2008, em geral, não podem ser consideradas consolidadas, como previa o texto original.
Isso quer dizer que esse tipo de desmatador não pode ser anistiado e deve recuperar as áreas de preservação desmatadas. O mesmo vale para os responsáveis por áreas que foram alvos de queimadas.
Qual a avaliação que ruralistas fazem do novo Código?
Durante o processo, líderes da bancada ruralista apresentaram restrições ao texto, como a defesa de que todas as pequenas propriedades pudessem receber os benefícios previstos no Código e não apenas aquelas que se encaixam no conceito de agricultura familiar, ou seja, no qual apenas membros da família trabalham.
Apesar de tais restrições, os representantes do setor comemoraram o conteúdo do atual texto, já que acreditam que o antigo Código era obsoleto por ter sido criado quando agricultura e pecuária tinham baixa produtividade.
Em entrevista à BBC Brasil, Assuero Veronez, vice-presidente do CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), disse que a votação do novo Código foi um "calvário" e que antiga lei prejudicava o país, atrapalhando o desenvolvimento da nação.
O que dizem ambientalistas e acadêmicos?
Boa parte das ONGs de defesa do meio ambiente e especialistas na área rebate a tese dos ruralistas, afirmando que as terras já exploradas são suficientes para dobrar a produção, bastando para isso aumentar a eficiência das lavouras e dos pastos por meio de tecnologia sustentável.
Para os ambientalistas, o novo Código abre brechas para aumentar o desmatamento e pode pôr em risco fenômenos naturais como o ciclo das chuvas e dos ventos, a proteção do solo, a polinização, o controle natural de pragas, a biodiversidade, entre outros. Tal desequilíbrio prejudicaria até mesmo a produção agropecuária.
Eles também acreditam que a lei não vai coibir desmatamento. Para Ricardo Ribeiro Rodrigo, pesquisador da Esalq e membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um dos pontos mais graves é o perdão, em vários níveis, a quem desmatou ilegalmente no passado e a autorização de atividades agropecuárias ou de turismo em Áreas de Preservação Permamente. A permissão para que produtores reponham áreas desmatadas em outras regiões do bioma também é alvo de críticas.
O que são as APPs, um dos principais pontos de discórdia?
As chamadas Áreas de Preservação Permamente (APPs) são os terrenos mais vulneráveis em propriedades particulares rurais ou urbanas. Como têm uma maior probabilidade de serem palco de deslizamento, erosão ou enchente, devem ser protegidas.
É o caso das margens de rios e reservatórios, topos de morros, encostas em declive ou matas localizadas em leitos de rios e nascentes. A polêmica se dá porque o projeto flexibiliza a extensão e o uso dessas áreas, especialmente nas margens de rios já ocupadas.
Qual a diferença entre APP e Reserva Legal?
A Reserva Legal é o pedaço de terra dentro de cada propriedade rural - descontando a APP - que deveria manter a vegetação original para garantir a biodiversidade da área, protegendo sua fauna e flora. Sua extensão varia de acordo com a região do país: 80% do tamanho da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado nos Estados da Amazônia Legal e 20% no restante do território.
O que é um módulo fiscal?
É uma unidade de medida determinada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que varia de acordo com o estado. Ele pode medir de 5 a 110 hectares. Em Brasília, por exemplo, um módulo fiscal equivale a 20 hectares, enquanto no Acre é de 378 hectares. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.