DURBAN - Na mais longa reunião das Nações Unidas sobre mudanças climáticas até hoje, representantes de 194 países concordaram, por volta das 5h deste domingo (1h de Brasília), em renovar o Protocolo de Kyoto pelo menos até 2017 e iniciar um processo com força legal, cujo resultado será um novo pacto global sobre o clima, a entrar em vigor a partir de 2020.No fim do encontro, cerca de 36 horas depois do previsto, ficou estabelecida também a estrutura do Fundo Verde do Clima - criado para financiar ações de combate às mudanças do clima -, que ganhou promessas de fundos de países europeus como Alemanha, Dinamarca e Grã-Bretanha.
O novo Protocolo de Kyoto terá a participação de menos países, com a saída de Rússia, Japão e Canadá, e começará a vigorar no início de 2013. Foi aprovada também a estrutura que possibilitará projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação, o chamado REDD. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi um desfecho "histórico" para o encontro, mas ambientalistas consideraram o progresso modesto, lembrando que as decisões da reunião COP-17 não afastam o planeta da perigosa rota que, segundo cientistas, levará o planeta a um aquecimento entre 3,5ºC e 5ºC acima dos níveis pré-industriais, ou seja, bem acima dos 2ºC recomendados pela ciência.
Já outros disseram considerar o resultado muito pior que o esperado e apontaram o dedo na direção dos Estados Unidos. "Conduzidos pelos EUA, os países desenvolvidos renegaram as suas promessas, enfraqueceram as regras sobre ações climáticas e fortaleceram aqueles que permitem às suas corporações lucrarem com a crise do clima", disse Sarah-Jayne Clifton, da organização Amigos da Terra internacional. O Greenpeace também acusou os americanos de terem enfraquecido o resultado do encontro africano.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,reuniao-do-clima-termina-com-atraso-e-acordo-em-durban,809570,0.htm
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