A baixa umidade do ar tem castigado todo o Brasil. Nas últimas semanas, algumas cidades da Zona da Mata chegaram a registrar estado de atenção. E os efeitos do tempo seco estão por todos os lados: sejam as queimadas ou a grande quantidade de poeira.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, em Juiz de Fora e Barbacena, por exemplo, não chove desde julho. A umidade relativa do ar chegou a 19% em Juiz de Fora e ficou ainda mais baixa em outras cidades da região, como Carangola, que registrou 11%, estado considerado de emergência pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nesses meses de seca, a umidade relativa do ar chegou a ficar abaixo de 20% em quatro cidades da Zona da Mata e Campo das Vertentes. De acordo com o 5º Distrito de Meteorologia, Juiz de Fora registrou 19% e Muriaé 18%. Em Carangola e São João Del Rei a umidade relativa do ar atingiu um novo recorde nesse inverno: 15%. Em Viçosa e Barbacena o estado é de atenção.
Mas outros problemas são agravados em conseqüência desse tempo, como é o caso de Doenças Respiratórias que só tendem a piorar nessa época. Um problema que tem prejudicado principalmente os trabalhadores, que estão expostos ao calor a maior parte do dia, alem é claro das crianças, considerado os mais vulneráveis. Em uma escola de Juiz de Fora, os alunos de quatro a cinco anos tomam cuidados básicos como beber mais água e evitar a área externa nos horários onde o sol é mais forte. Quanto mais quente e seco, pior para a saúde. Segundo especialistas, além de tomar muita água, recomenda-se evitar a prática de atividade física entre 10h e 17h.
Nessa época do ano, cresce o numero de atendimentos relacionados às doenças respiratórias e alérgicas. Segundo pesquisa de Isabela Lobo, estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF, de cada dez pacientes de Juiz de Fora, sete apresentam algum problema provocado pelo clima seco, o que representa um aumento de cerca de 20% nas assistências médicas. No Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente de Juiz de Fora, a quantidade de pacientes atendidos chega a quase 14 mil, a grande maioria devido a resfriados, gripes e pneumonias, alem de doenças alérgicas, como sinusite e doenças no aparelho digestivo, com sintomas como vômito e diarréia. No inverno é comum que os ambientes fiquem fechados, o que aumenta o risco de transmissão de vírus e bactérias.
Ainda segundo a pesquisa de Isabela Lobo, em entrevista com Augusto Aguiar (Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente de Juiz de Fora), devemos tomar alguns cuidados para evitar problemas de saúde, como por exemplo, "Manter as vacinas em dia, praticar exercícios, evitar ambientes fechados e uma alimentação balanceada são algumas dicas", aconselha o médico.
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