sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Caatinga

Iniciamos este texto, primeiramente, parabenizando todos os mestres. que passaram por nossas vidas. E nessa data tão especial, oportunamente vamos falar sobre a Caatinga, que segundo estudos de Leal et. al. (2010) admitem que a conservação da diversidade biológica da Caatinga é um dos maiores desafios da ciência brasileira. Pois, a Caatinga é a única grande região natural brasileira cujos limites estão inteiramente restritos ao território nacional e proporcionalmente, a região natural menos protegida, pois as unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território. Além disso, a Caatinga continua passando por um extenso processo de deterioração ambiental provocado pelo uso insustentável dos seus recursos naturais, o que está levando à rápida perda de espécies endêmicas e a formação de núcleos de desertificação.

Como conseqüência da destruição da flora Lyra et. al (2009) afirma que muitas espécies já se enquadram na lista das espécies ameaçadas de extinção de acordo com o IBAMA. Outras, como a aroeira e o umbuzeiro, já se encontram protegidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção. Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado catingueiro e capivara), as aves (ararinha azul, pombas de arribação) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural.

Em razão desses problemas, a caatinga que concnetra a maior população em clima semiarido do mundo, cerca de 10 milhões de habitantes, merece a nossa atenção, não apenas pela devastação que ocorre com os elementos físicos da natureza, mas pelas pessoas que lá habitam. Na passagem rápida por Quixadá, Redenção e outras cidades, infelizmente, enxerguei os personagens das leitura de Raquel de Queiroz, como por exemplo: O Quinze, que retrata o sertão durante um período de grande seca no final do século XIX.

Mas independente disso, não podemos corroborar o mito do determinismo geográfico. Existem possiblidades, como no sertão de Minas Gerais, com a irrigação e na divisa entre Juazeiro e Petrolina. Porém, não se pode parar por aí. É necessário um maior comprometimento de todos, e no caso da ciência biogeográfica, devemos aprofundar as discussões sociais dentro da biogeografia, refundando uma biogeografia social, atenta não apenas a preservação da natureza, mas a conservação, que nos faz pensar o ambiente como um produto da relação sociedade e natureza.

Ficamos por aqui. Desejando um feliz dia do mestre. E até a próxima....


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